E-mails vazados sugerem ataque “encenado” na Síria com aval dos EUA

Jornal GGN – O recente ataque com armas químicas na Síria, que deixou cerca de 1.300 mortos e gerou ampla repercussão pelas imagens chocantes de crianças agonizando, pode ter sido financiado pelo Qatar, com aval dos EUA (Estados Unidos), para incriminar o regime de Bashar al-Assad e legitimar uma intervenção militar no país. As informações são do site InfoWars, que publicou reportagem com a denúncia do “plano” no dia 23 de janeiro – sete meses antes do ataque.

Mensagens eletrônicas trocadas entre representantes de uma empresa britânica de segurança e “gestão de risco”, a Britam Defence, foram interceptadas e vazadas por um hacker alemão no começo do ano. Na mensagem, datada de 25 de dezembro do ano passado, David Goulding, diretor de desenvolvimento de negócios da empresa, alerta o fundador da Britam Defence, Philip Doughty, a respeito da “oferta” feita pelo Qatar e que já contaria com “apoio de Washington”.

Apesar de não achar “uma boa ideia”, Goulding afirma que a oferta do Qatar representa “um negócio atraente” e que “as quantias propostas são enormes”. Na curta mensagem, David Goulding mostra certo ceticismo com o citado suposto apoio dos EUA a um ataque com armas químicas para incriminar Assad, ao afirmar que o Qatar “jura que a ideia é aprovada por Washington”. A participação da Britam Defence seria intermediar a entrega das armas para mercenários ucranianos.

Segundo reportagem do InfoWars, atualizada e republicada nesta semana, entre o material interceptado e vazado pelo hacker alemão também estão cópias de passaportes de funcionários da Britam Defence, entre eles, alguns dos mercenários ucranianos citados na mensagem de e-mail vazada. O Infowars também revela que um administrador de sistemas de software analisou os detalhes do “cabeçalho” do e-mail e concluiu que a mensagem era genuína. A resposta do administrador de software, cujo nome não é mencionado pelo InfoWars, consta em reportagem do site Red Hot Russia.

Ainda de acordo com a reportagem de janeiro, assinada por Paul Joseph Watson, desde o ano passado há rumores de que rebeldes sírios apoiados pelos EUA estavam recebendo lotes de máscaras de gás para preparar um futuro ataque químico no próprio país. Há, inclusive, um vídeo publicado no You Tube em 5 de dezembro na qual homens encapuzados testam produtos químicos em coelhos. O vídeo mostra, ainda, centenas de galões e vidros de compostos em embalagens com a marca do laboratório “Tekkim”.
 

 

Os ataques teriam sido atribuídos ao regime de Assad para abrir caminho a uma intervenção militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Após o ataque da última semana, notícias de agências internacionais dão conta de que os EUA já “avaliam” operação militar na Síria. Em agosto do ano passado, Barack Obama chegou a afirmar que o eventual uso ou transporte de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad representaria uma “linha vermelha”, que poderia culminar em intervenção militar.

Na época, o presidente francês, François Hollande, seguiu o mesmo caminho, ao afirmar que o uso de tais armas “seria uma razão legítima para intervenção direta”. Em janeiro de 2013, foi a vez do vice-premiê de Israel, Silvan Shalom, afirmar que a existência de armas químicas de Assad nas mãos de rebeldes sírios seria motivo suficiente para forçar o país a recorrer a “ações preventivas” contra a Síria.

O InfoWars informou, ainda na reportagem de janeiro, que, na época dos discursos de Obama sobre intervenção militar na Síria, o canal de TV sírio Addounia veiculava reportagem na qual uma fonte anônima revelava que uma empresa saudita havia instalado 1.400 ambulâncias com sistemas de filtragem antigás e antiquímicos a um custo US$ 97 mil cada. O ato fazia parte da preparação para um ataque com armas químicas realizado por rebeldes, com uso de morteiros. Outros 400 veículos foram preparados como transporte de tropas.

A reportagem revela ainda que, em dezembro do ano passado, um grupo chamado “Al Nusra” recebeu apoio declarado de pelo menos 29 grupos de oposição sírios e dos próprios EUA. O Infowars informa também que o grupo rebelde, que é a linha direta da oposição, também é afiliado ao grupo terrorista Al-Qaeda, de Osama Bin Laden, responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001. Ainda segundo o InfoWars, um grupo de hackers ainda continua liberando mensagens de e-mail “sensíveis” envolvendo EUA, Arábia Saudita, Qatar e Turquia.

Com informações do InfoWars.com

Redação

2 Comentários

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  1. Fotos publicadas pelo Yahoo

    Nas fotos publicadas peloYahoo br, pode-se verificar que nem todos os corpos “de mortos pelo gás” apresentam o rigor mortis. Tudo sugere que é uma montagem  para impactar a opinião pública.

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