EUA dizem que cessar-fogo beneficiaria apenas o Hamas e seguem contra resolução 

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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Porta-voz da Casa Branca compara ataque do Hamas ao 11 de Setembro e a Pearl Harbor, na Segunda Guerra Mundial

O presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante visita do norte-americano a Tel Aviv. Foto: Haim Zach/GPO

Washington não apoia um cessar-fogo na Faixa de Gaza e para explicar a posição garante que o Hamas seria “o único que se beneficiaria” da medida. A declaração foi feita nesta terça-feira (31) pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Durante uma conferência de imprensa, Kirby foi questionado sobre os Estados Unidos terem votado contra o projeto de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que apelava a uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentável” na Faixa de Gaza.

No último dia 27 de outubro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução liderada pela Jordânia apelando por uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada” entre o exército de Israel e o grupo extremista Hamas. Os EUA foram um dos votos vencidos. 

“Não acreditamos que um cessar-fogo seja a resposta apropriada neste momento. Acreditamos que, neste momento, o Hamas seria o único que se beneficiaria com isso, já que Israel continua a realizar as suas operações contra a liderança do Hamas”, disse Kirby.

Conforme o porta-voz, Washington apoiará apenas “pausas humanitárias temporárias e localizadas, para permitir que a ajuda chegue a populações específicas e para facilitar a evacuação das pessoas que queiram partir”, reiterou ao enfatizar que o país não apoiará um cessar-fogo neste momento.

Apoio a Israel é prioridade

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, questionada sobre o que os EUA precisam para apoiar o cessar-fogo na região, afirmou: “o importante neste momento é apoiar Israel a se defender”. 

Na sua opinião, durante a campanha militar israelita, Tel Aviv “mantém a lei da guerra e protege os seus civis”. Anteriormente, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel não aceitará um cessar-fogo no enclave palestino e afirmou “ser tempo de guerra”

Assim como os Estados Unidos não teriam aceitado um cessar-fogo após o bombardeio de Pearl Harbor ou após o ataque terrorista de 11 de setembro, Israel não aceitará a cessação das hostilidades com o Hamas após os horríveis ataques de 7 de outubro”, afirmou Karine.

Com informações da CNN News

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

1 Comentário

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  1. O Joe Biden, ao comparar o ataque de Hamas com o ataque japonês a Pera Harbor, deve estar orgulhoso pela resposta proporcional que os EUA deram aos japoneses, ao lançarem duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Na cabeçinha torpe dele, as bombas humanitárias dos EUA, só mataram soldados do Japão. Até quando o mundo conviverá com bestas apocalípticas como Netanyhorror e Biden?

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