Israel propõe “pequenas pausas táticas” nos ataques a Gaza em troca de reféns

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Benjamin Netanyahu reiterou, no entanto, que não permitirá um cessar-fogo geral em Gaza

Primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. | Imagem: Captura de tela/Reprodução de vídeo/X

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu descartou novamente um “cessar-fogo geral” na guerra contra o Hamas, mas considerou “pequenas pausas táticas” nos combates na Faixa de Gaza para permitir a saída de reféns israelenses e a passagem de ajuda humanitária. As declarações foram dadas em entrevista veiculada na rede americana ABC News, nesta segunda-feira (7).

No que diz respeito a pequenas pausas táticas, uma hora aqui, uma hora ali. Já as tivemos antes, suponho, vamos verificar as circunstâncias para permitir a entrada de mercadorias, ajuda humanitária, ou a saída de nossos reféns. Mas não acho que haverá um cessar-fogo geral”, disse Netanyahu, em entrevista concedida ao World News Tonight, do âncora David Muir.

A declaração do premier ocorre em meio a pressão de Washington dobre a possibilidade de “pausas táticas” que daria “aos civis oportunidades de sair de maneira segura das zonas de combate, garantir que a ajuda chegue aos que precisam, permitindo possíveis libertações de reféns“, afirmou a Casa Branca em um comunicado.

As autoridades de saúde de Gaza contabilizaram mais de 10.000 mortes de palestinos, incluindo cerca de 4.100 crianças e 2.640 mulheres, em decorrência dos ataques coordenados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) iniciados há um mês, quando os terroristas do Hamas mataram 1.400 israelenses e fizeram 240 reféns.

Netanyahu já reiterou que não permitirá um cessar-fogo geral até que todos os reféns sejam libertados pelo Hamas. Segundo ele, tal ação poderia prejudicar os esforços de defesa de Israel uma vez que a “única estratégia” contra o grupo terrorista “é a pressão militar” sobre o território.

O Hamas, por sua vez, afirmou que não libertará os reféns ou interromperá os combates enquanto Gaza estiver sob ataque.

“Responsabilidade total” sobre Gaza por “tempo indefinido”

Na entrevista transmitida pela ABC News, Netanyahu também disse que Israel assumirá a “responsabilidade geral de segurança” em Gaza por um “período indefinido” após o fim da guerra, acrescentando que o território deve ser governado por “aqueles que não querem continuar o caminho do Hamas“.

Acho que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança, porque vimos o que acontece quando não a temos“, afirmou o premier.

Com informações da Reuters, The Guardian e O Globo.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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