Pedro Sánchez é reeleito presidente da Espanha, com ampla coligação e desafios

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A reeleição de Sánchez pelo Congresso foi conquistada após uma ampla aliança formada junto a 8 grupos políticos diferentes.

Foto: Eva Ercolanese/Congresso Espanha

Pedro Sánchez foi reeleito presidente da Espanha, pelo Congresso do país, nesta quinta-feira (16). A vitória do líder socialista foi obtida pela maioria de 179 deputados, de um total de 350.

A reeleição de Sánchez foi conquistada após uma ampla aliança formada junto a partidos de esquerda, independentes, nacionalistas e regionalistas, de 8 grupos políticos diferentes.

O líder socialista recebeu a indicação para se reeleger ao cargo do Executivo pelo Felipe VI, no dia 3 de outubro. Desde então, Sánchez vem dialogando e fazendo acordos com os partidos. Para obter a vitória, era preciso o apoio de 176 deputados, e o presidente agora reeleito conseguiu 3 votos a mais.

Sánchez convoca oposição a aceitar derrota

Momentos antes da votação, o candidato vitorioso reivindicou a legitimidade da eleição, em claro recado ao seu oponente, o conservador Partido Popular (PP), para aceitar a derrota.

“A democracia só é possível se aceitarmos uma derrota temporal e limitada. Assim é a democracia parlamentar e assim deve continuar se quisermos preservar nossa convivência livre e pacífica”, disse Sánchez.

A nomeação do chefe do Executivo deve ser feita ainda nesta quinta-feira (16) pelo rei Felipe VI, após a presidente do Congresso, Francina Armengol, comunicar oficialmente a decisão da Câmara.

Ampla aliança trará desafios

A eleição do Executivo espanhol foi marcada por tensões frente a aprovação da anistia aos defensores da independência da Catalunha, que gerou polêmica no país. Com a vitória, o premiê assegura mais 4 anos no cargo e o segundo governo que conquistou uma coligação progressista na história recente do país.

Apesar da maioria, Sánchez enfrenta uma legislatura complexa, na qual terá que alinhar diferentes interesses dos partidos que o apoiaram. Caso o PSOE, partido do presidente, não aprove leis acordadas nessas negociações, a governabilidade do socialista poderá estar em risco.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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