PF vai investigar transações bilionárias da Lava Jato

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Apuração busca “determinar é se existiam procedimentos, critérios e parâmetros para a transferência de recursos”

Imagem: Divulgação/Lava Jato

A Polícia Federal (PF) irá apurar a origem, o destino e os procedimentos adotados em transferências que chegaram a milhões de dólares, feitas pela Operação Lava Jato, nas contas sob gestão do poder Judicial e da 13ª Vara Federal de Curitiba. A informação é do colunista Jamil Chade, no Uol. 

Ontem (24), o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que encaminhou à PF o pedido de investigação sobre a cooperação irregular de procuradores da extinta força-tarefa com autoridades de fora do país. 

O objetivo é a investigação sobre a origem e o destino de bilhões de reais e os motivos que levaram a tais acordos com autoridades estrangeiras”, explicou o ministro. 

Segundo Chade, o ofício da PF já foi enviado à 13ª Vara Federal. Com isso, a apuração busca determinar “se existiam procedimentos, critérios e parâmetros para a transferência de recursos”, diante da suspeita de que o “grupo em Curitiba gozava de uma situação de acúmulo de poderes”, escreveu Chade. 

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Mensagens da Operação Spoofing, a partir da Vaza Jato, já apontaram como era comum as trocas de informações e acordos ilegais entre brasileiros e estrangeiros por trás da operação. 

Agora, novos diálogos mostraram que a equipe do procurador Deltan Dallagnol teria ajudado os Estados Unidos a ouvirem testemunhas no Brasil para construir o caso contra a Petrobras, sem o conhecimento do governo brasileiro. 

A partir disso, em 2018, a Petrobras assinou um acordo com os Estados Unidos, que previa pagamento de 853 milhões de dólares pela estatal, com objetivo de enterrar as denúncias que os americanos forjaram com ajuda da força-tarefa em Curitiba.

O acordo previa que 80% do valor seria devolvido em benefício das “autoridades brasileiras”, sendo que metade do dinheiro seria destinado a um fundo privado que a própria Lava Jato tentou criar. A ideia, contudo, foi abortada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que remeteu os recursos para a União.

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