A Receita Federal deverá intimar nos próximos dias o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A ação é parte da investigação sobre a entrada ilegal no país de um segundo pacote de joias trazido pelo governo de Jair Bolsonaro em 2021 como um suposto presente da Arábia Saudita.
O conjunto da marca suíça Chopard com um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, não foi identificado por auditores do órgão no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O pacote, que não foi declarado, teria sido posteriormente entregue à Presidência da República pelas mãos de Bento Albuquerque, que trouxe o estojo na sua bagagem. A caixa de joias, no entanto, só foi para o acervo da Presidência no dia 29 de novembro de 2022, pelo menos um ano mais tarde.
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Segundo a Receita, “o fato pode configurar em tese violação da legislação aduaneira também pelo outro viajante, por falta de declaração e recolhimento dos tributos”.
“Diante dos fatos, a Receita Federal tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para a esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem”, destacou o órgão, em nota à imprensa nesta segunda-feira (6).
Ainda ontem, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, acionou formalmente a Polícia Federal (PL) para investigar a tentativa do governo Bolsonaro de trazer joias ao País sem pagar impostos. Este primeiro pacote, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi recolhido.
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A segunda caixa era a propina do almirante, e veio na mala dele próprio, ficando com ele até treze meses depois. A que veio dentro da base da estatueta equina era do miliciano, mas o almirante “falhou na missão” de entregá-la ao Bozo, e como o Bozo foi ficando mais e mais furioso vendo que não conseguia abocanhar a muamba ilegalmente, nem com ofício pessoal da presidência, o almirante decidiu dar a sua própria propina ao miliciano, como uma espécie de “compensação” – mesmo o valor sendo bem menor.
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