O relatório final elaborado pela Polícia Civil do Paraná sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda tem sido alvo de críticas por diversas autoridades, principalmente por não considerar a morte do militante petista como um crime político.
Em postagem em suas redes sociais, o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Fábio de Souza Camargo, afirmou que tanto a Polícia Civil como a segurança pública paranaense merecem apoio, mas “existe sempre o joio misturado ao trigo”.
“Vemos um inquérito encerrado às pressas, ouvida apenas uma das partes, sem perícia, sem ouvir familiares, onde não se viu crime político, de ódio, de intolerância, num confronto claro entre simpatizantes de candidatos que se opõem radicalmente”, disse Camargo.
“Somente seria um crime político se o autor quisesse impedir os direitos políticos da vítima, concluiu a delegada, numa das frases mais desconexas já proferida nos últimos tempos”, ressaltou o presidente do Tribunal de Contas.
Na visão de Camargo, a peça apresentada pelos policiais é “lamentável”, e foi usada “para manipular uma situação em que uma pessoa foi brutalmente assassinada à frente de câmeras”.
“Manifesto esperança de que o Ministério Público, com sua credibilidade, conserte esta situação inacreditável, criada por policial cujo passado precisa sempre ser revisitado”, ressaltou Fábio Camargo.
Confira abaixo o comentário completo do presidente do Tribunal de Contas do Paraná
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