
Políticos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal repudiaram o crime político ocorrido na cidade de Foz do Iguaçu (PR) no último final de semana.
Na noite do último sábado (09), o bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho assassinou o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, que comemorava seus 50 anos com uma festa temática sobre o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A Câmara dos Deputados repudia qualquer ato de violência, ainda mais decorrente de manifestações políticas”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
“A democracia pressupõe o amplo debate de ideias e a garantia da defesa de posições partidárias, com tolerância e respeito à liberdade de expressão”, disse o deputado federal.
Os representantes da Oposição e da Minoria também divulgaram nota conjunta repudiando o assassinato e a violência política. “Esperamos que o crime que tirou a vida de Marcelo Arruda seja o último desse tipo que testemunhamos no Brasil”, assinam os líderes.
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), usou as redes sociais para afirmar que a morte de Arruda “é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie”.
Líder da Minoria no Senado, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) enfatizou que a “violência é um câncer que deve ser abatido antes que seja tarde demais”, e que o que aconteceu no Paraná não pode ser normalizado.
“Faltam menos de 90 dias para as eleições e já assistimos a várias manifestações de violência com motivações políticas. Drones e bombas foram usados contra comícios do presidente Lula”, lembrou o petista.
“Agora, um jovem dirigente do PT foi abatido a tios na sua festa de aniversário por um fanático. Precisamos de respostas vigorosas contra esse tipo de coisa. A democracia está sendo atacada”, disse Jean Paul.
Por outro lado, o senador Flávio Bolsonaro (PL) considerou o ato cometido por um apoiador de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, como isolado e irresponsável.
“Não somos assim, não precisamos de mais “Adélios”, não podemos e não vamos nos igualar à esquerda”, afirmou o líder do PL no Senado.
Com informações da Agência Câmara e da Agência Senado
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