
A Polícia Civil do Paraná descartou motivação política no assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT na cidade, pelo guarda penitenciário Jorge Guaranho, um declarado apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista coletiva, a delegada Camila Cecconello afirmou que Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum.
Segundo os policiais, Guaranho atirou por ter se sentido ofendido uma vez que Arruda teria jogado um punhado de terra e pedra contra ele devido a provocação política.
Camila ressaltou que a morte de Marcelo Arruda foi causada por conta de uma escalada na discussão, e não por motivos políticos.
Além disso, a delegada diz que Guaranho não planejou o crime por ter cometido o assassinato em segundo momento – mesmo tendo sido informado sobre a festa temática do PT e que teria ido ao local para provocar com músicas de apoio a Bolsonaro.
Vale lembrar que Marcelo foi morto por Guaranho durante seu aniversário de 50 anos, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – e que Guaranho chegou a gritar palavras de ordem a favor de Bolsonaro antes de cometer o crime.
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Segundo a polícia, a motivação do homicídio foi “a escalada da discussão” iniciada por “provocação política”, mas o motivo não foi político! Nessa linha, pode-se alegar até que não houve assassinato. O Guaranhos “só” atirou. O que levou à morte foi a hemorragia decorrente da perfuração pela bala, sem relação com o disparo na lógica da polícia do PR. É um absurdo e um insulto à vítima colocá-lo como origem da motivação do crime.
Delegada,
vai fazer outra coisa na vida pois você é uma ameaça à segurança pública.