Gandra Filho é “identificado” com Temer e contra direitos trabalhistas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O perfil da Folha desta terça-feira (31) sobre Ives Gandra Filho, favorito para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, mostra que o ministro do Tribunal Superior do Trabalho não tem o apoio da corte que preside, está alinhado com os interesses do governo Michel Temer, tem a benção de Gilmar Mendes, admite o conservadorismo exarcebado e é a favor de corte em direitos trabalhistas.

“Ives Filho está identificado com as prioridades do governo Michel Temer. Há anos desenvolve atividades acadêmicas com o ministro Gilmar Mendes, um dos defensores de sua nomeação”, diz a Folha.

Na Justiça do Trabalho, sua proposta é reduzir os efeitos da legislação trabalhista e ajudar os empresários com redução de encargos. “Mas enfrenta forte oposição da maioria dos ministros do TST, de juízes trabalhistas de primeiro grau e de dirigentes sindicais.”

O presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) disse que “sua relação recente com a magistratura tem sido pontuada por restrições de direitos.”

 

Folha aponta que “o que pode dificultar sua indicação são as reações à visão ultraconservadora sobre questões morais”, reveladas pelo portal Justificando. Em livro organizado por Gilmar Mendes, Gandra Filho defendeu que a mulher deve ser submissa ao marido e comparou o casamento gay ao “bestialismo” de uma mulher se relacionar com um cachorro ou um homem com um cavalo.

Gandra Filho nega “postura homofóbica, nem machista” e diz que entende que “indivíduos de orientação heterossexual e homossexual possuem a mesma dignidade perante a lei”.

“Assim como o pai, o jurista Ives Gandra Martins, amigo de Temer há 40 anos, Ives Filho é vinculado à Opus Dei. O perfil conservador não influenciou negativamente sua atuação no Conselho Nacional de Justiça (2009-2011), segundo testemunham três ex-conselheiros”, diz a Folha.

“Ele diz que um país que elegeu um ex-sindicalista presidente da República não pode considerar imaturos os sindicatos e desprezar a autonomia de patrões e trabalhadores para negociar.” 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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    1. Na Trumpolândia, o Papa

      Na Trumpolândia, o Papa Francisco virou persona non grata. De lá surgiram as primeiras dissidências de cardeais com o Sumo Pontífice. Cardeais que, imagino, têm mais a ver com o Opus Dei. Por aí, o tal Ghandra Filho tá na “moda”.

      Por outro lado, há aquele fenômeno com os indicados para a suprema corte: ao menor sinal de independência, um “lembrete” da mídia é suficiente para cortar as asas.

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

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