Bolsonaristas são presos em megaoperação da PF contra atos golpistas

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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PF e PCDF cumprem 32 mandados de prisão e de buscas no Distrito Federal e em outros sete estados

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Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29), uma operação contra apoiadores de Jair Bolsonaro (PF) que praticaram atos antidemocráticos e violentos nas últimas semanas em Brasília, às vésperas da posse do presidente eleito Lula (PT). 

Os alvos da ação participavam das manifestações de teor golpista em frente ao quartel-general do Exército, na capital federal, contra o resultado das urnas que declararam a derrota do atual líder do Executivo.

Esses bolsonaristas são suspeitos de terem protagonizado os atos violentos em 12 de dezembro, quando veículos foram queimados em uma tentativa de invasão à sede da Superintendência da Polícia Federal (PF).

Além disso, a investigação apontou que os organizadores desses atos também foram os responsáveis por planejar um atentado a bomba frustrado próximo ao Aeroporto da cidade, às vésperas do feriado de Natal. 

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OPERAÇÃO NERO

Até às 7h30 desta quinta-feira, a PF prendeu os bolsonaristas: Klio Damião Hirano, Átila Mello e Joel Pires Santana. Nos endereços dos investigados também foram encontradas e apreendidas armas e munições.

No total, são cumpridos 32 mandados de prisão e de buscas no Distrito Federal e em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

A operação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e acontece em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A ação foi batizada de “Nero”, em referência ao imperador que teria provocado um grande incêndio na Roma antiga.

A PF informou à imprensa que “os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão“. 

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta manhã, por meio de uma rede social, que essas ações “visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio. Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo“.

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Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Isso não basta.

    A PF deveria começar a investigar o verdadeiro ideologo do terrorismo praticado no Brasil. Refiro-me obviamente ao norte-americano Steve Bannon.

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