Ministro pede “privilégios” porque “heterossexuais estão virando minoria”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: STJ
 
 
 
Jornal GGN – O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, disse, durante um evento sobre ativismo judicial que quer os privilégios de heterossexual de volta, pois a categoria está virando “minoria” diante de tantos direitos dos homossexuais.
 
Segundo Noronha, o “juiz constitucional não pode ser pautado apenas pelas minorias”. “Aliás, eu já vi que quero meus privilégios, porque os heterossexuais estão virando minoria. Não têm mais direito nenhum.”
 
A declaração, segundo reportagem do portal Jota, foi feta em tom de “brincadeira”. Noronha aproveitou para reclamar do fato do Judiciário ter reconhecido o direito das partes em uniões estáveis e saiu em defesa do Congresso.
 
Por Mariana Muniz
 
No Jota
 
“Heterossexuais não têm mais direito algum”, diz Noronha
 
O corregedor nacional de justiça, ministro João Otávio de Noronha, afirmou nesta segunda-feira (04/12) que o “juiz constitucional não pode ser pautado apenas pelas minorias”. “Aliás, eu já vi que quero meus privilégios, porque os heterossexuais estão virando minoria. Não têm mais direito nenhum”, completou, em tom de brincadeira.
 
A declaração foi feita durante o seminário “Independência e Ativismo Judicial”, realizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
Ao falar sobre os custos do ativismo judicial para o Brasil, o ministro criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou o direito à herança na união estável ao do casamento. “Hoje não sabemos se dá para passar do namoro, porque você passa a ter um vínculo jurídico que não existe”, afirmou.
 
De acordo com Noronha, é preciso medir os limites da intervenção do judiciário – o que, segundo ele, gera um estado de insegurança que é “indesejável”. “O juiz brasileiro tem que aprender a respeitar as normas jurídicas. As regras democráticas impõem uma rígida observância dos princípios constitucionais. ”
 
O corregedor defendeu ainda o papel do Congresso. “Se tem deputado e senador sendo processado, essa é uma outra questão. Mas o poder de julgar do Congresso não se perdeu por causa de corrupção de um ou outro. É um poder que está na Constituição e é a consagração do princípio democrático”, disse.
 
Ao lado de Noronha, participaram do painel “Impactos econômicos do ativismo judicial” o ministro do STJ Ricardo Villas Bôas Cueva e o professor da FGVSP Luciano Timm.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

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  1. Já que tem quem  direitos são

    Já que tem quem  direitos são os homossexuais só resta ao senhor virar viado, ministro. Vira que o senhor vai ver os direitos e o respeito que a minoria Lgbt tem na sociedade brasileira.

    WTNK

  2. Stanislaw Ponte Preta

    Se Sérgio Porto estivesse vivo já teria publicado o FEBEAPÁ (festival de besteiras que assola o país) volume XXX

    É cada uma que a gente ouve, lê, vê que não dá… e ainda vindo de uma pessoa que possui “erudição”.

  3. É tanta piração vindo do

    É tanta piração vindo do judiciário, legislativo e executivo e o único motivo de o Brasil ainda não ter explodido chama-se rede globo!

  4. Não tenho duvidas……

    O Brasil é o pais com a mais alta taxa de juizes “toscos” por metro quadrado do mundo…. somos campeões…….sem sombra de duvida

  5. Urubu que canta é o mesmo que bota

    Mais, privilégios, seu juiz??? Será que algum gay anda querendo a herança dele?

    Não seria justo. Afinal de contas ele é hétero (pfffffffffff!!!!!!!)

  6. então mudem, oras…

    Sim, ele perdeu vários direitos:
    — Perdeu o direito de xingar homossexuais e sair numa boa;
    — perdeu o direito de ser homofóbico sem ser punido;
    — Perdeu o direito de se referir a homossexuais com seres inferiores;

    E por aí vai….

    Realmente, esse heterossexuais estão numa situação tão ruim que estão virando gays só para ganharem alguns direitos.

    Já arranjaram uma desculpa, enrustidos!!!

     

  7. Não tenho palavras para

    Não tenho palavras para externar minha indignação com o Judiciário brasileiro. Quem vai colocar um canalha como esse pra fora do judiciário. Como pode um juiz atacar cidadãos brasileiros num país que é campeão mundial em assassinatos de homossexuais. Dados desse ano revelam que a cada 25 horas um gay é assassinado no país.

    Cadê a defensoria pública para enquadrar esse safado? Até onde irá a permissividade com a corrupção, a irresponsabilidade, o desrespeito às leis praticados pelos juizes brasileiros? Esse daí estava com a filha advogada na lista de compra da JBS. A JBS, para colocá-la na lista de compra deve conhecer a ficha corrida desse cretino.

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