Nassif, o PHA publicou no blog dele (clique AQUI) a transcrição de um diálogo ocorrido na novela “Insensato Coração” entre os personagens Kléber Damasceno (Cássio Gabus Mendes) e Horácio Cortez (Herson Capri).
Interessante o dèjá vu: Kléber é um jornalista que trabalhava num jornal e especializou-se em desvendar crimes econômicos e políticos. Foi demitido do jornal e virou blogueiro independente.
Na cena (a partir dos 11:30 do vídeo) em que acontece a coletiva do banqueiro corrupto, parece que o autor nos leva à obscura realidade de uma história recente: a presumida “inocência” do banqueiro forçada em cima de falhas técnicas na obtenção de provas; a insinuação de que a demissão do jornalista foi causada pelo próprio banqueiro; entre os jornalistas da coletiva, o blogueiro é o único que vai ao cerne da questão…
– Estou aqui para dizer a vocês que não existe nenhuma prova contra mim. O caso está encerrado, diz o banqueiro.
– Não, o caso não está encerrado. A Justiça considerou que houve um problema com as provas. Foi um problema técnico. Não significa que o senhor não tenha cometido um crime, disse o blogueiro, na entrevista coletiva.
– Eu conheço você de algum lugar. Como é o seu nome ?
– Kléber Damasceno, respondeu o blogueiro.
– Você não tinha sido demitido ?, perguntou o banqueiro.
– Fui, mas agora eu tenho um blog, respondeu Kléber.
– Blog ?, reagiu o banqueiro. Eu pensei que blog fosse coisa para meninas adolescentes.
E sai da sala.
– Você vai responder pelos seus crimes !, berrou o blogueiro, na direção do banqueiro.
Na cena seguinte, o banqueiro reclama, com raiva: “aqueles jornalistazinhos vagabundos !”.
Um assessor pondera: “mas, esse blogueiro pode investigar por conta própria.”
– Quem não tem padrinho morre pagão, reage o banqueiro. Qualquer coisa, eu recorro àquele meu amigo de Brasília.
Essa cena se passou no capítulo desta quarta-feira, dia 4 de maio, da novela “Insensato Coração”, na Globo, de Gilberto Braga.
O banqueiro corrupto se chama (na novela) Horácio Cortez.
A vida imita a arte.
Ou será o contrário ?
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