PF quer aprofundar investigação contra Collor na Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Dois inquéritos adicionais foram solicitados pelos policiais, depois de a defesa do senador pressionar pela conclusão das investigações
 
 
Jornal GGN – O Supremo Tribunal Federal (STF) analisará mais dois pedidos de investigação contra o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL), referente ao esquema de corrupção da Petrobras. A Polícia Federal registrou dois inquéritos novos contra o senador nesta quarta-feira (18), que foram encaminhados ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF.
 
De acordo com as informações que constam no acompanhamento processual, os novos pedidos buscam apurar a prática do “crime de corrupção passiva” por Collor, sem contudo, informar do que se tratam, porque estão sob sigilo. O GGN identificou que os pedidos da PF ocorrem logo após uma solicitação da defesa do parlamentar de não prorrogar o prazo para a polícia finalizar as diligências que ainda estão pendentes.
 
O advogado do senador afirmou que a Corte não analisou o seu pedido para não prolongar mais o prazo aos investigadores e juntou essa solicitação aos demais documentos do processo apenas depois de a data limite já estar vencida. Para a defesa, o ato “acarreta irreparável prejuízo ao requerente, posto que implica a perda do objeto do pedido de reconsideração”.
 
Com esse argumento, Collor solicitou que todas as diligências já feitas fossem concluídas “imediatamente” e as que ainda estão em andamento fossem interrompidas.
 
A esse pedido, Zavascki afirmou que consultará o posicionamento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, antes de decidir. Mas adiantou que não havia o “risco de dano” a Collor, uma vez que “qualquer prova nova a respeito dos fatos da denúncia” passará igualmente pela decisão do ministro de aceitar ou não como válidas para o processo.
 
 
O documento foi registrado no dia 22 de outubro. Ainda que não divulgada a decisão final do ministro do STF, o acompanhamento do processo indica que a Polícia Federal deu continuidade às investigações. O inquérito de Collor registra manifestações da Petrobras, seguidas do Ministério Público Federal pedindo providências. 
 
Na última quinta (12), a PF pede novamente a extensão do prazo. A decisão de praxe de Zavascki nos processos da Lava Jato tem sido a de conceder mais dias para os investigadores realizarem as buscas, análises de informações e coleta de depoimentos.
 
Ainda assim, a pressão dos advogados de Collor foi seguida pelo pedido da Polícia Federal, desta quarta-feira, de abrir outros dois inquéritos. Ainda que dentro do mesmo círculo do esquema de corrupção Petrobras, a solicitação por novos processos indica que a PF necessita aprofundar em outros desdobramentos. Com inquéritos iniciados do zero, também há a possibilidade de estender as investigações contra o senador. 
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. A idade não colocou um pingo

    A idade não colocou um pingo de experiência e sapiência em sua vida.

     Continua mais tolo do que na juventude.

      É um caso perdido.

       Que naseceu,viveu e morrerá como um deslumbrado.

       Não escrevo com entusiasmo.

       Tenho pena mesmo.

    1. Mamataturidade!

      Um senador com uma frota de carros de luxo nos EUA seria simplesmente ridicularizado ate o ultimo fio de cabelo do dedao do pe…

      Isso independente de corrupcao.

      O assunto eh maturidade:  o cara nao tem nenhuma.  (e eu sempre o detestei, alias.)

  2. Estou enganada ?

    Ou deram um pouco de sossego ao Lula & Fihos, após a lei do “Direito de resposta” ?

    Quanto ao Collor, pobre ! Na primeira vez foi condenado por uma Elba, agora veio a vingança kkkkkkkkkk

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