A Polícia Civil do Paraná aplicou o entendimento “mais severo” possível no indiciamento do guarda penal bolsonarista Jorge Guaranho pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, cometido no último final de semana em Foz do Iguaçu (PR).
Em nota oficial, a instituição afirma que descartou a motivação política por não existir previsão legal para enquadramento como “crime político”, uma vez que a antiga Lei de Segurança Nacional foi substituída pela Lei de Crimes contra o Estado Democrático de Direito, que não possui qualquer tipo penal aplicável.
Além disso, os policiais ressaltaram que sua atuação é pautada exclusivamente na técnica e “opiniões ou manifestações políticas estão fora de suas atribuições expressas na Constituição”.
“Portanto, o indiciamento, além de estar correto, é o mais severo capaz de ser aplicado ao caso”, conclui o texto.
Contudo, a vigilante Daniele Lima dos Santos afirmou em depoimento que ouviu gritos de “aqui é Bolsonaro” por parte de Guaranho antes de ouvir vários tiros. Ela também disse ter visto o carro entrando inicialmente com o guarda penal e uma mulher.
O inquérito a respeito da morte de Arruda foi finalizado na última sexta-feira (15), com o bolsonarista Guaranho sendo indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e perigo comum, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.
Com informações de O Globo e UOL
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