Teori vê fragilidade em delação que sustenta denúncia contra Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O Supremo pode anular a acusação sobre o triplex contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por falta de provas em relato de Pedro Corrêa
 
 
Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavacski, questionou o acordo de delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa (PP), que sustenta a denúncia da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, pedindo mais apurações nos relatos do ex-parlamentar para decidir se aceitará ou não homologar o acordo. 
 
Teori determinou, no final de setembro, que a Procuradoria-Geral da República realize novas diligências para o Supremo analisar se homologará das delações de Corrêa, que impõe no acordo mais de 70 termos a serem abordados pelo ex-deputado aos procuradores da Lava Jato.
 
A medida foi um sinal de alerta para a fragilidade da delação, sem provas específicas ou contundentes e revelações superficiais de Pedro Corrêa. A decisão de Teori também afeta diretamente a força-tarefa da Operação, equipe de Sérgio Moro, já que a rejeição do acordo pelo STF pode anular a validade dos depoimentos que sustentam a denúncia contra Lula.
 
Os relatos de Corrêa foram feitos a Deltan Dallagnol e à sua equipe de investigadores no dia 1 de setembro. As confissões do ex-presidente do PP, que já foi condenado no mensalão e na Lava Jato, foram umas das principais sustentações da força-tarefa na peça contra Luiz Inácio Lula da Silva, denunciando-o no caso do triplex no Guarujá, no dia 20 de setembro.
 
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Corrêa afirmou ter arrecadado propinas ao PP e apontou Lula como o líder do esquema de cartel e corrupção na Petrobras. A denúncia já foi encaminhada ao juiz Sérgio Moro, que precisa aguardar a homologação dos depoimentos do Supremo para utilizar os relatos como meios de prova contra Lula, dando sequência ao processo. 
 
Mas Teori não só não homologou, como devolveu o acordo para a PGR ajustar o contrato, sobretudo com fatos relacionados aos conteúdos da delação. O ministro forçou a apresentação de mais esclarecimentos contra os delatados para, somente então, poder validar ou não as acusações.
 
Além de Lula, o ex-deputado já condenado a 20 anos de prisão por Moro, cita a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros personagens do meio político, sem aprofundamentos ou confirmações de veracidade nos relatos.
 
Leia também:
Lava Jato acusa Lula de ser o chefe de toda corrupção no governo federal
Janot precisará denunciar Lula como chefe de organização criminosa
 
Leia o acordo de delação firmado entre a PGR e o ex-parlamentar:
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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  1. Novamente o Teori.

    Esse tal de Teori é um velho borrão. Uma hora ve inconsistencias, outras fragilidades e até crimes nas ações das milícias de Curitiba. Mas na hora de agir, é só alguém da platéia bater o pé que ele põe o cansado rabo entre as pernas e oferece uma solução de acomodação. Eh mais uma criatura  pusilânime de mesma natureza de um Ayres Britto, atual servidor da GLOBO, Celso De Melo, que o seu professor Celio Ramos classificou muito bem, o Luiz Fucks, amigo do Sergio Bermudes, e tantas outras excrescências da $$uprema corte de conveniências.

  2. Pedro Corrêa bandido

    Pedro Corrêa é um típico coronel nordestino. Acostumado às benesses da politicagem é um Rei na pobre região do agreste pernanmbucano. Não bastasse isso é um bandido condenado há 20 anos de cadeia. Como pode um sujeio com esse perfil ser levado a sério para prender um cara sem apfresentar provas, e o pior, ser liberado para acabar com o que sobrou na sua região assolada por políticos da sua laia? Por esss e outras o Juiz Sérgio Moro começa a perder a confiança do povo. 

  3. Olha que maravilha! Como a

    Olha que maravilha! Como a Justiça funciona no Brasil!!! No dia em que o Alexandrino da Odebrecht  fechou delação premiada para ferrar o Lula, o professor do Instituto do Gilmar Mendes (aquele ministro amigo do FHC que agora será presidente) e  nas horas vagas ministro do STF não aceitou a delação defeituosa do Pedro Correa.

    E ainda tem gente que tem o desplante de criticar o STF dizendo que a Justiça brasileira não funciona!!!!!!!!!!!!! É um relógio. Teori fez com a delação do Pedro Correia a mesma coisa que fez com o processo do Cunha. Sentou em cima até que lhe conviesse.

    Teori pode tudo atualmente mas jamais conseguirá tirar da sua biografia  o favor que ele deve ao PT e a presidente Dilma por ter conseguido o cargo a que ele não faz juz.

  4. A maioria dos remediados

    A maioria dos remediados amigos, conhecidos e parentes na nunca Santa, Catarina, já estão saindo da posição de conforto. As reclamações agora são ouvidas de quem mais odiava Dilma. Me diziam, ontem, que não confiam “jostissa dos 70%”.

    Por conta de consulta no Sarah de Brasília pude ver que o bicho já pegou por lá… Restaurante Picanha….. 23 horas no último dia 22 tinha exatos 15 clientes.O local acomoda 250 pessoas…

    Amigo, aqui no Sul, vê sua “galinha dos ovos de ouro” emegrecer rapidamente… Ele não viu que quem frequentava seu negócio eram trabalhadores, não os 170 mil mi/bilionários rentistas. Esses,os patrocinadores do Golpe, ele nunca viu na vida.

    E assim por onde passamos começa a surgir uma onda que ninguém saberá onde chegará… 

    Tudo, a jostissa garante 70% prá si …

  5. Cai um rei de ouro, cai um rei de paus, cai, não fica nada

    Eu quero ver o dia em que essas cartas todas cairem. Vai sacudir todo o judiciario. O povo brasileiro confia [até demais] no poder judiciario, mas no dia que descobrir que a Lava Jato é um engodo, um simulacro de justiça, que o judiciario é uma casta, eu espero que rolem muitas cabeças. No sentido figurado é certo, mas que se faça um limpa em todo esse aparato vergonhoso para um Pais que se queira progressista.

    1. A Fraude a Jato é uma ORCRIM institucional.

      Cara Maria Luisa,

      Como tenho escrito nos comentários, não podemos mais ser cerimoniosos com a PF, com o MP, com o PJ e com os servidores públicos da burocracia estatal que usam a falsa bandeira de combate à corrupção para se associarem em ORCRIMs intitucionais, para aplicar um golpe de Estado. Muito mais do que um engodo ou simulacro, a chamada operação ‘Lava a Jato’ é uma ORCRIM institucional composta por policiai federais, procuradores do MP e  juízes, com destaque para sérgio moro, e ministros do STF. A PGR é o alto comando nacional do golpe; o PIG/PPV é agente central do golpe; o alto comando do golpe fica nos EUA.

  6. Se ele visse robustez…

    Se ele visse robustez, ele veria até pelo em ovo.

    Acho que o Moro vai presentar o Teori com par de óculos anti-petistas. Se o Teori não visse fragilidade em delação contra tucano, o Moro lhe presentearia com um par de óculos tucano.

  7. Se de fato há fragilidade na

    Se de fato há fragilidade na acusação Teori deveria não ter homologado a delação e arquivado o inquérito  Devolver para o pgr pedindo prá ele melhorar a obra apenas comprova as suspeitas de perseguição ao ex-presidente.

    1. É o padrão Eduardo Cunha sendo copiado.

      Caro André Oliveira,

      Você se lembra que o gângster Eduardo Cunha recebeu dezenas de pedidos de impedimento contra a prsidenta Dilma Rousseff e rejeitou quase todos, por absoluta inconsistência e falta de embasamento legal? Mesmo aquele apresentado por Janaína paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. teve de ser emendado, ‘remendado’ e modificado, para satisfazer aos trâmites da Câmara; o próprio EC orientou a trinca de acusadores sobre quais modificações precisavam ser feitas; mesmo assim o pedido de impedimento não tinha qualquer base jurídica, como ficou amplamente comprovado, servindo apenas de embuste e embalagem pseudo-legal e pseudo-institucional para o golpe de Estado midiático-policial-judicial-parlamentar. Teori é o Eduardo Cunha do STF; se ele fosse juiz arquivaria o processo, encerrando-o; mas não; ele orienta o PGR a manipular a peça acusatória, para levá-la adiante e dar subsídio para que o nazifascista sérgio moro condene Lula.

  8. Após ler os termos da delação

    ficou bastante claro para mim que tudo não passa de um diz que diz. Não há materialidade nas provas, somente a palavra de alguém que, condenado a 20 anos de prisão, e após satisfazer a saga dos procuradores, quer ver amenizada sua pena. 

    Afora isso, somente blá blá blá, nada de provas. 

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