Há poesia em tudo…

Negritude, lirismo, dor e resistência

 “Já se pode ver ao longe/ A senhora com a lata na cabeça/ Equilibrando a lata vesga”

  [video:https://youtu.be/QLkJLttPcic width:600]

A força que nunca seca é contida dentro de cada Mulher, que constrói, na realidade desafiante do dia a dia, as oportunidades de viver, de ser feliz, de continuar acreditando na vida.

“Mais do que o corpo dita/ O que faz o equilíbrio cego/ A lata não mostra/ O corpo que entorta”

“A força de Mulher brota, geme , entorta, mas a força não se esvai. O poder desta força supera a submissão, a dominação institucional e relacional, o medo, a violência e ganha empoderamento na economia solidária, na vivência do ser Mulher, na afirmação da identidade feminina, no amor despendido nas relações e na construção coletiva de ‘outro mundo possível’.”

“Pra lata ficar reta/ Pra cada braço uma força/ De força não geme uma nota”

“A Mulher Negra, independente do reconhecimento histórico, sempre esteve presente nas lutas de seu povo. Aqui em nosso país, a história da população Negra esteve submersa durante décadas e reconduzida ao seu espaço como forma de resistência e autoestima de seus descendentes por meio das lutas contemporâneas e da reafirmação da participação dos Negros e das Negras na construção desta nação e da luta pela eliminação do racismo herdado da escravidão.”

“A lata só cerca, não leva/ A água na estrada morta/ E a força nunca seca/ Pra água que é tão pouca.”

A canção definitiva do povo que enfrenta a desumana condição da vida e não desiste nunca da luta desigual.

“A FORÇA QUE NUNCA SECA” é uma pérola composta e musicada pelo grande Chico César e a doce Vanessa da Mata.

Texto sampleado do material publicado em Geledes.Org:

http://www.geledes.org.br/mulher-negra-mulher-a-forca-que-nunca-seca/