Manuel Bandeira: Desencanto

Enviado por Anna Dutra

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

– Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira.

 

Redação

6 Comentários

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    1. Patativa, quem compôs?

      é muito comum (e eu já incorri) falsas autorias na web, no youtube. E a colaborativa wikipedia brasileira não é nada confiável. A wikipedia internacional é, pelo menos pelas coisas que já procurei por ambas.

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