Os artefatos de Lia
por Romério Rômulo
1.
São tantos rios tiranos
arfados de entropia
são tantos cantos maganos
da vida sem melodia
são versos podres, insanos
desarmados de poesia
são atos, perdas e danos
atados na mão de Lia.
2.
São olhos sem muito amor
céu, inferno, estrada fria
janelas, pragas, horror
atados na mão de Lia.
3.
A mão única da via
o ato seco do asceta
a solidão do poeta
o olho que desafia
são todos, em linha reta
os artefatos de Lia.
Romério Rômulo
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