Desmatamento bate recorde no fim do governo Bolsonaro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Área em alerta atingiu o mais elevado patamar da série histórica iniciada em 2016, com alta de quase 54% ante 2021

Agência Brasil

A região sob alerta de desmatamento na Amazônia bateu novos recordes, chegando a 4.793 km2 no acumulado de agosto a dezembro, o mais elevado patamar apurado na série histórica iniciada em 2016.

De acordo com os dados do sistema Deter-B, do Inpe, houve aumento de quase 54% em relação aos mesmos cinco meses de 2021.

Segundo análise do Observatório do Clima, tal disparada confirma a corrida pelo desmatamento que foi registrada ao final do mandato de Jair Bolsonaro (PL), revertendo a trajetória de queda vista pelo sistema Prodes de agosto de 2021 a julho de 2022 em relação ao período anterior.

Como a taxa de desmatamento na Amazônia é medida sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte, os indicativos ao fim da gestão bolsonarista serão herdados pelo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023.

“Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023. O governo Bolsonaro acabou, mas sua herança ambiental nefasta continua”, disse o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.

As cidades que registram maior taxa desmatada entre agosto e dezembro foram Lábrea e Apuí, no sul do Amazonas, na região do eixo da BR-319 (Manaus-Porto Velho), obra iniciada pela ditadura militar e que o governo Bolsonaro retomou.

O aumento do corte raso na região é explicado pela expectativa da obra, que corta o maior bloco de florestas intactas do bioma.

Saiba Mais

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador