Presidente do BNDES lamenta a morte de Abílio Diniz: “Uma das maiores lideranças empresariais do país”

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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O BNDES foi um dos grandes apoiadores de Diniz, que construiu ao lado do pai o grupo Pão de Açúcar. O GGN relembra a trajetória do empresário; confira

Abílio Diniz, Aloisio Mercadante, Geraldo Alckimin e Lula no encontro da Esfera Brasil, em setembro de 2022. | Foto: Iara Morselli/Esfera/Divulgação

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, lamentou morte do empresário Abílio Diniz, neste domingo (18). Após um mês internado, em São Paulo, Diniz veio a óbito aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite.

O BNDES foi um dos grandes apoiadores dos projetos de Diniz, que construiu ao lado do pai o grupo Pão de Açúcar, comandou a BRF – uma das maiores companhias de alimentos do mundo -, além de criar uma empresa de investimentos que comprou ações do Carrefour.

Recebo com tristeza a informação sobre a morte do empresário Abílio Diniz, uma das maiores lideranças empresariais do país. Tive o privilégio de conviver e de testemunhar o desempenho de um grande empreendedor, que teve importante contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, escreveu Mercadante, em nota. 

O presidente do BNDES também prestou solidariedade aos familiares e amigos de Diniz, que deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos. “Neste momento de dor, manifesto meus sentimentos e minha solidariedade à esposa, aos filhos, aos demais familiares e aos amigos de Abílio Diniz”, completou.

O corpo do empresário é velado na manhã desta segunda-feira (19), no Salão Nobre do Estádio Morumbis, do São Paulo Futebol Clube, seu time de coração.

Vida política

Ativo também na política, Diniz foi membro do Conselho Monetário Nacional e conselheiro econômico dos governos Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).

Além disso, apesar de ter declarado neutralidade no pleito de 2022, o empresário voltou a integrar o conselho econômico de Lula, apelidado de “conselhão”, após o petista ser eleito presidente do país. 

O atual vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), também lamentou a morte. “Recebi com grande pesar a notícia do falecimento de Abilio Diniz, um dos maiores empresários brasileiros. Sua vitalidade, dedicação ao trabalho e fé no Brasil formaram grandes lições de vida. Que seu exemplo continue a inspirar as próximas gerações de empresários no Brasil. Transmito meus sentimentos a seus familiares e amigos“, escreveu, nas redes sociais.

O sequestro

Entre crises financeiras, um dos episódios mais emblemáticos da vida de Diniz foi o sequestro que ele sofreu em 1989, em São Paulo, por membros do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), que protestava contra a ditadura chilena de Augusto Pinochet.

Diniz foi sequestrado em 11 de dezembro de 1989, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial entre Fernando Collor e Lula, na Zona Oeste da capital, quando estava a caminho de seu escritório.

Ele foi mantido em cativeiro, no bairro Jabaquara, durante seis dias. Os sequestradores pediam 30 milhões de dólares em resgate, valor que não foi pago, já que a polícia descobriu o local onde o empresário era mantido. Contudo, Diniz só foi libertado após um cerco de 36 horas.

Participaram do crime um brasileiro, cinco chilenos, dois argentinos e dois canadenses, que fizeram greve de fome em protesto contra a demora da Justiça sobre o caso. Conforme já noticiado pelo GGN, o presidente Lula agiu diplomaticamente, procurando o governo à época para acelerar negociações por acordo da troca de presos.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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