Kroton e Anhanguera têm muito a ganhar com fusão

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

 

A fusão envolvendo os grupos educacionais Kroton e Anhanguera deu origem a um dos maiores conglomerados do setor no mercado mundial, com 1 milhão e alunos e R$ 12 bilhões em valor de mercado, e foi bem recebida pelo mercado financeiro devido aos ganhos de sinergia à empresa consolidada.

 

“Entendemos que, após a aprovação da referida fusão, aumenta o potencial de crescimento orgânico da nova companhia em função da diluição de custos e despesas operacionais fixas e, consequentemente, maior geração de caixa, além de maior possibilidade de repasse de custos aos alunos decorrente de eventual cenário de inflação de serviços”, afirma a Fator Corretora, em relatório assinado pelos analistas Renato Prado e Rodrigo Faria.

 

Entre os pontos listados pelos analistas, a corretora estima um impacto favorável em termos de menor variação na necessidade de capital de giro, por conta da grande base de alunos EAD (Ensino à Distância) resultante, mais rentável e operação de boa geração de caixa e menor número de dias dos recebíveis do que o FIES (Fundo de Financiamento do Ensino Superior), ao mesmo tempo em que o percentual de receita FIES será menor que a alta exposição da Kroton ao benefício (proporcionando maior espaço para a aceleração da oferta FIES nos próximos ciclos de captação). Outro impacto favorável está ligado ao retorno sobre o capital investido da nova companhia, em função de melhor condição de aquisição de ativo imobilizado e expansão decorrente da construção de novas unidades.

 

“A adoção de estratégias de crescimento diferenciadas em função de maior sensibilidade de preços em cada curso como forma de maior acesso à informação, e seu consequente impacto positivo na margem bruta, também deve ser considerada, seja como resultado de aceleração no crescimento no número de alunos ou através de manutenção de margem bruta em detrimento no crescimento do número de alunos, de acordo com a conveniência de cada estratégia”, pontuam os agentes.

 

Fato relevante divulgado pelas duas companhias indica que em 20 de abril houve a celebração do acordo de associação por meio do qual foram estabelecidos os termos e condições para a respectiva associação entre as empresas. Os termos envolvem a incorporação de emissão de ações da Anhanguera pela Kroton, através da relação de troca de 1,36428904 ações KROT3 para cada ação AEDU3 (de acordo com a média de preço das ações das companhias, ponderada pelo volume financeiro dos últimos 30 dias, inclusive sem considerar os efeitos do desdobramento a ser deliberado na AGE da Kroton em 30 de abril).

 

O prazo para a finalização do negócio ainda não foi apresentado pelas empresas, já que a integração depende de aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A avaliação pelo conselho vai ocorrer dentro dos próximos dez dias e, até lá, as empresas permanecerão totalmente independentes. 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador