Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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Atentados em Paris não aconteceram, por Wilson Ferreira

Acumulação, consonância e onipresença. Essas três palavras definem a atual cobertura da grande mídia brasileira aos ataques em Paris. Ao contrário da autêntica Chernobyl brasileira em que se transformou a catástrofe ambiental e humana em Mariana/MG com o rompimento da barragem de detritos da Vale do Rio Doce/Samarco. Por que essa diferença de tratamento? Há muitos motivos políticos e econômicos em não expor uma empresa privada anunciante na grande mídia. Mas também porque a essência do terrorismo é midiática para ser midiatizável. Os atentados em Paris foram praticamente um kit imprensa dado de mão beijada para as redações com personagens, histórias e roteiros prontos. Será que esse é o motivo da recorrência de relatos sobre a sensação de irrealidade em depoimentos de vítimas e testemunhas? E também o motivo da espiral de especulações sobre uma suposta Operação False Flag? E se os mais de 100 mortos não forem prova de que testemunhamos um acontecimento real?

Terminado o jogo França X Alemanha no Stade de France na fatídica noite de sexta-feira 13 dos ataques em Paris, os torcedores se dirigiram ao gramado à espera da autorização para deixar o local. Depois a TV mostrou ao vivo a multidão dirigindo-se aos corredores de saída. Cantavam a Marselhesa, agitando a bandeira da França e erguendo os punhos.

Certamente não era pela comemoração da vitória da França por 2 a 0. Informados pelos celulares sobre o que transcorria fora do estádio, o clima era de ódio, revolta e evidente desejo de revide contra os terroristas. Essa talvez tenha sido a imagem mais emblemática daquela noite, porque mostrou ao vivo o resultado imediato dos ataques terroristas, de conveniência política e geopolítica – com a maior população muçulmana da Europa e uma das sociedades mais divididas do continente, reforça ainda mais a xenofobia contra a atual onda de imigrantes fugidos da guerra na Síria e Afeganistão.

Além de criar um conveniente Estado policial reforçado pelo medo e tensão popular, reforçar o papel da França na coalização militar liderada pelos EUA contra a Síria e atingir o país mais simbólico da Europa: a terra da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.  

Terrorismo é um fenômeno midiático: não visa tomada de poder, mas a dissuasão – voltado para as ondas concêntricas da mídia objetiva produzir a percepção de pânico, tensão, insegurança, divisão e todo um conjunto de sentimentos mais baixos da psique humana. Fenômeno tão midiático que, certa vez, fez o filósofo francês Jean Baudrillard afirmar que os atentados de 2001 jamais ocorreram. Não teriam sido fatos “reais” ou “históricos” mas fatos midiatizados.

Mesmo com imagens de vítimas sendo arrastadas deixando rastros de sangue e mortos cobertos pelos paramédicos nas ruas, é paradoxal a sensação de irrealidade relatado tanto pelas vítimas como por analistas na Internet.

A “irrealidade” dos atentados

Por exemplo, em poucas horas depois dos ataques já era possível ler publicações que já enumeravam inconsistências e estranhas coincidências no episódio (que abordaremos mais adiante). O que seriam evidências de que estaríamos diante de mais um evento False Flag (Falsa Bandeira) – espécie de auto-terrorismo onde atentados são criados pelo próprio Estado para justificar determinada agenda política ou econômica. Hipótese absurda para muitos (é impensável o Estado matar seus próprios cidadãos) mas já fartamente documentada como estratégia de propaganda para criar tensão, como também veremos adiante.

 Uma testemunha da chegada da polícia na cada de shows Bataclan relatou: “eles agiam como se estivessem em um filme” (clique aqui). Enquanto isso, o jornalista do Le Monde que mora atrás do Bataclan filmou com o celular o desespero das vítimas fugindo da sala de espetáculos. “Estava trabalhando em casa e estava passando um filme em que Jean-Huges Anglada interpreta um policial… tinha gente correndo para todos os lados… pensei nas imagens do 11 de setembro”. Uma meta-memória, sabendo-se que no próprio 11 de setembro testemunhas relataram que acreditavam que o incêndio nas torres era um efeito cenográfico de alguma produção hollywoodiana.

O depoimento do brasileiro João Lira, professor de arquitetura, também é significativo: “vi faíscas do outro lado da calçada. Juro que pensei que eram bombinhas de São João, uma girândola talvez, que poderia fazer parte de alguma brincadeira cenográfica”. O que relembra o episódio do chamado “maníaco do Shopping” em 1999 que abriu fogo em uma sala de cinemas em São Paulo. Muitos acreditavam que faziam parte de alguma “pegadinha” (na época das “Pegadinhas do Faustão” da Globo estavam em evidência) referente ao filme Clube da Luta e demoraram para tomar pé da situação e se proteger.

Em uma das ações terroristas, um policial gritou para o público em uma pizzaria atingida pelos atiradores: “corram para casa, isso não é um filme!”. 

Paris X Mariana/MG

A conveniência dos atentados não é apenas política e geopolítica. É midiática. Esse talvez seja um dos motivos do porquê a Chernobyl brasileira em que se transformou a catástrofe ambiental da Vale do Rio Doce/Samarco em Mariana/MG não tenha merecido a mesma onipresença, consonância e acumulação da grande mídia brasileira – não tem o appeal midiático e icônico de uma Paris com pessoas bonitas, cultas, de bom gosto e com uma certa ideia de civilização para aqueles que acham que a história da arte acabou no impressionismo e na art noveau.

O chamado “Estado Islâmico” sabe disso. Como todos os atentados, visam locais icônicos que parecem seguir o velho roteiro hollywoodiano: era uma vez um lugar bonito e civilizado cuja ordem é quebrada pelo mal para depois a ordem ser reestabelecida  pelos protagonistas – o Estado policial. Eles sabem que seus atentados preenchem os quesitos dos roteiros da coberturas “humanizadas” tão prezadas pelo marketing jornalístico. 

Essas relatos recorrentes de irrealidade em meio a um acontecimento tão realista e violento seriam sintomas de que todos os personagens da cena de terror (vítimas, atiradores, policiais e paramédicos) estão imersos em uma ação essencialmente midiática e midiatizável?

Para tentar responder a essa pergunta vamos nos aprofundar na espécie de Deep Web das informações em torno dos atentados de Paris: estranhas coincidências, inconsistências e clichês que parecem formar um roteiro pronto e oferecido para a grande mídia como fosse um kit imprensa.

(a) O encontro oportuno do passaporte

Ou “passaporte mágico” na ironia dos teóricos de conspirações. Nos atentados de 11/09/2001 nos EUA um passaporte foi inacreditavelmente encontrado a poucas quadras de distância do que sobrou do WTC: era do suposto sequestrador do Boeing 747 que se chocou contra uma das torres. Pouco depois do atentado ao Charlie Hebdo, a policia encontrou o cartão de identidade de um dos terroristas no interior de um carro. E agora, encontra-se um passaporte intacto ao lado do corpo de um dos homens-bomba. Alguém realmente acredita que um homem-bomba traria um passaporte real para o seu último ato em vida?

 

Claro que dai puxa-se uma conexão com refugiados sírios que entraram pela Grécia – a associação de terroristas oportunistas com a falência de um país que ameaça a Zona do Euro é irresistível.

E para não perder a carona, uma repórter da Globo News encontra o que seria o fragmento de um passaporte supostamente sírio na calçada próxima ao Stade de France. E que não fora encontrado momentos antes pela perícia! Orgulhosamente, levou a suposta prova para a polícia para “ajudar nas investigações”. O que vimos depois é a repórter “tocando piano” na delegacia e tendo que recolher saliva para o fichamento do seu DNA, orgulhosa por colaborar com a “inteligência francesa”.

(b)  Estranhos exercícios de simulação

Os chamados “teóricos da conspiração vem encontrando outra recorrência: exercícios de simulação de atentados terroristas envolvendo policiais e paramédicos no dias dos próprios atentados reais. Aconteceu em 2001 nos EUA e nos atentados a bombas no metrô de Londres em 2005.

Na manhã do dia 13 foi realizado em Paris um “exercício de ataques múltiplos”. Patrick Pellloux, médico e presidente do sindicato francês dos paramédicos do EMT (a SAMU francesa) disse numa entrevista à Radio France no dia seguinte aos ataques: “as vítimas tiveram muita sorte, pois na parte da manhã fizemos um exercício de ataques múltiplos coordenando policiais, bombeiros e paramédicos. Por isso todos já estavam envolvidos e preparados”.

Desde 2004 Pelloux publica artigos na revista satírica Charlie Hebdo sobre as situações de um médico de emergências. Coincidentemente Pelloux estava próximo ao prédio da revista no momento do atentado do início desse ano e foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local após o tiroteio e imediatamente ligar para o presidente francês Hollande para descrever o que havia ocorrido.

Pelloux também é ator é trabalhou em filmes como Saint Laurent (2014), Incognito (2009) e minisséries na TV.

Coincidências ou evidência de treinamentos para False Flag?

 

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

34 Comentários

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  1. Reparem… Essa tática de

    Reparem… Essa tática de matança… é justamente isso que o empresariado ganancioso busca com as guerras, despertar o sentimento vingativo das pessoas através de manipulações emocionais com a ajuda da mídia que também lhes pertencem… Eles não dizem que buscam aprisionar, mas matar, é o mesmo discurso de guerras anteriores. Fazem um espetáculo todo noticiado como uma intenção de salvar o planeta mas em verdade querem aumentar suas fortunas, saqueando o petróleo do médio oriente. Primeiro despertam o ódio, depois a total intolerância e por final a realização de ameaças de morte como se fossem os salvadores do planeta. Realmente, o ser humano está vivenciando um jogo político no mundo e não tem nada a ver com terrorismo, mas com dinheiro e muito dinheiro.

  2. somos tdos iguais

    Wilson Ferreira,

    Há poucas semanas, um avião comercial russo foi derrubado quando se encontrava sovre a região dominada pelo EI, e não consegui assisitir qualquer comoção pelas 244 pessoas mortas e muito menos a imprensa nacional e internacional impressionada com o massacre, que, por acaso, teve quase e dobro de vítimas do atentado em Paris.

    Há um ano, o avião da Malaysia Airlines com 295 pessoas a bordo foi derrubado na Ucrânia, em local próximo à fronteira com a Rússia, e a comoção também foi nenhuma. Talvez as vítimas de Paris tenham algum atributo especial que era desconhecido pelos quase 440 que se foram naqueles dois aviões derrubados, nenhum destes tendo merecido a reação midiática que seria normal. 

    Como se diz por aí, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

      1. bomba atrasada

        Nira,

        Demorou um pouco demais para confirmar a existência da bomba.

        Eu considero como bem pouco provável a existência de uma bomba dentro de qualquer avião russo. Dizem que o seviço de intelgência de Putin melhorou bastante nos últimos dez anos, não deixa passar nada.

        1. Mas Alfredo, será que a

          Mas Alfredo, será que a segurança desse voo comercial dependia do serviço de inteligência russo ?Não seria atribuição do pessoal de terra do país de embarque ? 

           

          1. ataque duríssimo

            Nira,

            Teoricamente, me parece que você tem 100% de razão.

            Só não acredito que a Rússia vá deixar um avião passar sobre a cabeça do EI sem verificar cada centímetro do mesmo, ainda mais logo depois daquele ataque duríssimo que o grupo sofreu do governo russo. Mas posso estar errado.

            Um abraço

          2. Você está errado …

            Ninguém menos que o serviço secreto russo afirmou hoje que foi um atentado. Inclusive, o Putin se ofereceu para realizar os bombardeios ao IS em conjunto com a França. Já que é para inventar teorias da conspiração, será que foi a Rússia a verdadeira responsável pelos ataques terroristas? Quem sabe para desestabilizar o Oriente Médio e aumentar o preço do barril de petróleo?

            Pois é, viram como é fácil criar teorias das mais esdrúxulas quando não é necessário produzir provas, bastam ilações bem escritas e um público disposto a acreditar em qualquer coisa que combine com seu background ideológico?

  3. Por mais que faça sentido,

    Por mais que faça sentido, não tem como ir contra isso. Se vc acreditar em parte, passe a apoiar mais investimentos em nossas forças armadas. 

  4. As pessoas (consumidores)

    As pessoas (consumidores) precisam que estas coisas aconteçam, faz parte do show!

    Os governos sabem disso e as empresas também. Quando uma empresa convence 

    você de que é necessário ter um celular de 4 mil pilas, também é terrorismo marketiano, e você cai 

    como um patinho. No Brasil acontece mais ou menos 130 mortes por dia, motivo: crime e você

    preocupa-se mais com Paris, a mídia sabe disso também! 

  5. essa foi a minha primeira

    essa foi a minha primeira sensação…. talvez eu sempre veja false flags, mas foi o mesmo que senti no 11/09 e no episódio de Londres…. mas é isso é questão de fé…ou então ver o que acontece em seguida. 

  6. Acredito piamente que a mídia

    Acredito piamente que a mídia só tem uma razão e um foco: O show deve continuar. Coisa semelhante assim como no filme cujo título original seria traduzido como Eles não matam cavalos, matam?, que teve o título em português A noite dos desesperados.  Retratava a crise de 1929, quando as pessoas, desempregadas,  se inscreviam para concorrerem ao prêmio do par que aguentasse mais tempo dançando para uma platéia curiosa. Pessoas morriam na pista de dança por não terem resistência nem alimento que as sustentassem. Tudo lembra o circo romano, a crueldade é antiga.

  7. Bem lembrado: a França agora

    Bem lembrado: a França agora também tem um 11 de Setembro para chamar de seu. Se pensarmos pequeno, um único dia, um lugar charmoso como o Bataclan, uma vida interrompida, certamente ficaremos chocados. Casos individualizados são sempre chocantes, a mídia sabe bem disso. Mas numa perspectiva histórica, décadas de disputa entre os chamados aliados contra o que Bush chamou de “Eixo do Mal”, num jogo que envolve interesses mundiais, geopolíticos… o que são 300 mortes num mundo de 7 bilhões de pessoas?

  8. De novo esse papo do passaporte …

    Dessa vez há uma razão totalmente lógica e racional (ao menos na lógica perversa do IS) para que o terrorista tenha ido ao estádio com um passaporte: como é um documento sírio, trata-se de uma estratégia para jogar a Europa (o público europeu, principalmente) contra os refugiados, o que é interessante para o “califado” por pelo menos dois motivos: poderia evitar o êxodo populacional na região, que definitivamente traz resultados negativos à economia do IS; e pode motivar muçulmanos vítimas do crescente preconceito na Europa a se unir à causa do movimento.

    Então, esse motivo apenas está longe de ser uma justitificativa para qualquer teoria conspiratória …

    1. sagacidade..

      O que mais me impressiona é que, para alguns, o IS é extremamente sagaz, sempre, e as “potências” estão sempre atrás do prejuízo. Talvez essa sim seja uma lógica conspiratória.

    1. Sério!

      Sério… tão sério que a cada atentado fica mais evidente quem sai ganhando – a reação dos torcedores na saída do Stade de France fala por si só. Ao contrário da catástrofe de MG cuja acumulação, consonância e onipresença das imagens parece não interessar à nossa mídia porque suas vítimas são peças de pouca importância em um jogo global que está sendo decidido, infelizmente, longe daqui. 

      1. Salada mista.

        Uma coisa é a mídia manipular as notícias, ser seletiva, induzir a opinião pública conforme seu interesse, etc.  Coisa, aliás, que estamos carecas de saber. Não só aqui. Cada vez mais gente desconfia da mídia, aqui e alhures. Estão por aí várias pesquisas de opinião que demonstram isso. 

        Outra coisa é saber que essa “Guerra ao Terror” é completamente injustificável, pior que isso, deriva de interesses mais do que escusos e por demais condenáveis. Além de causarem consequências calamitosas como esses atentados em Paris. 

        Outra coisa ainda é viajar na magnose…

        De qualquer modo, a música é muito boa! Adoro João Donato. 

        1. Maioneses e gnoses!

          Srta. Vânia. Não a conheço, mas se eu a conhecesse pessoalmente diria o seguinte: antes de fazer contrações, paráfrases ou seja lá o que for entre maioneses e gnoses para procurar fazer alguma crítica, gostaria que procurasse se informar mais sobre essas duas coisas: maionese é uma iguaria gastronômica caracterizada pela textura viscosa; enquanto “gnose” tem a ver com um princípio metodológico mais “adistringente” que procura uma intervenção radical na “viscosidade” de uma espécie de senso comum que cerca os eventos.

          Sei que talvez aqui não seja o melhor foro para discutir isso, mas o que entendemos por “gnose” é um princípio metológico para interpretar os eventos para além da dicotomia ficção/realidade. Essa dicotomia é o que faz a todos nós criarmos críticas que apenas reproduzem os pressupostos da própria realidade que queremos combater.

          Talvez você ficasse surpresa de como os chamados “três porquinhos” das ciências sociais, Marx, Durkheim e Weber, seguiram esse pressuposto metodológico… mas seus seguidores acabaram reproduzindo a mesma lógica que eles pretendiam mudar… derrapando o pensamento na viscosidade da maionese.

          1. Sr. Wilson Roberto Vieira Ferreira

            Não se ofenda, por favor. Quando escrevi o comentário “Será? (2)” –  observe que eu não fui a primeira – não estava a fim de entrar numa discussão acalorada, digamos assim. 

            O senhor bem que poderia responder a outros comentários que contestaram suas ideias com muito mais argumentos do que eu. Aliás, eu não dei argumento algum, só postei uma música.

            Não queria me aprofundar nesse tema místico/racional (?) que não me interessa absolutmante. Mas, após perder um tempo de leitura, não resisti ao tom dramático do post e acabei fazendo esse comentário maroto.

            Se o senhor quiser discutir, tem outras críticas ao seu post bastante consistentes. logo abaixo. Pode começar pelo Marcos Oliveira que, aliás, fez boas considerações a respeito.

            Att.

          2. KKKKKK!!!! longe de mim se

            KKKKKK!!!! longe de mim se ofender… Cada comentário receberá uma maldição maligna!!! KKKKK!!! abraços!

  9. Melhor deixar em observação

    Enquanto não houver nenhuma prova real me parece que esse tipo de ilação não deveria ser assumida pelo blog do Nassif.

    Acho que depõe contra.

    Eu, particularmente, desconfio muito de toda “conspiração” que para ser aceita necessite da participação de um grande número de conspiradores. Inclusive de conspiradores que se odeiam entre si.

    Tipo: “O homem nunca foi à Lua”.

    Ou então, se não forem conspiradores são todos muito tolos.

    Será que combinaram com os russos?

  10. Fiquei encafifado com as

    Fiquei encafifado com as cenas do estádio: jogo em andamento, acontece a explosão cujo som vai, pelo menos, até a lateral do campo onde um dos jogadores levanta a cabeça e olha para o nada. No entanto, o jogo seguiu e nenhum dos espectadores saiu do seu lugar. Como estamos acostumados, no Brasil, que todos – quase sem exceção – levam seus celulares (ligados) para os estádios (até para acenderem as luzes após os jogos: se seus times vencerem), obviamente que aqueles espectadores (de média para alta renda, vide o preço dos ingressos) lá estavam com seus aparelhos ligados: ninguém recebeu as notícias, nem um whatzap, nem uma mídia social, nem uma atualização dos noticiosos? Estranho, muito estranho.

  11. Avistei uma imagem de um

    Avistei uma imagem de um garoto no jogo do Brasil, com um cartaz pedindo que orassemos por Paris e que também orássemos por Mariana. Qual é a grandeza diretamente proporcional que se encontra em ambos os casos? Mas que está indeterminada no cartaz do menino?

  12. Riocentro e protocolos dos sábios do Sião

    Conspiração sem os protocolos e militares não tem graça.

    Cadê eles?

    Conspiradores amadores?

  13. Tese não original

    De fato, esta tese também foi levantada por Paul Craig Roberts, economista norte-americano. Não estou insinuando o plágio, por favor.

    O fato da tese, aventada por este post, não ser original não significa que seu autor andou plagiando; tampouco que tenha sido plagiado.

    Também não significa que a tese tenha maior probabilidade de ser verdadeira. Pode ser que sim. Pode ser que não. Por enquanto os argumentos, ao meu ver, carecem de maior consistência.

    Sobre Paul Craig Roberts, conheço-o muito pouco. Do muito pouco que o conheço (via Wikipedia) me lembrei de uma outra figura, bastante conhecida de nós brasileiros, com a qual Roberts mostra algumas similaridades. O brasileiro, ao qual me refiro, além de se considerar filósofo, parece ter sido astrólogo em sua juventude. Hoje, mais parece que, distraído, anda pisando nos astros.

    O astrólogo brasileiro andou comprando e vendendo a tese de que Obama não teria nascido nos EUA e de que a sua certidão de nascimento teria sido convenientemente ocultada por uma conjunção astral… corrijo, conspiração nacional (dos EUA), quiçá islâmico-internacional.

    O astrólogo brasileiro também é o grande difusor de que as reuniões do Foro de S.Paulo constituem “uma grande ameaça comunista aos povos livres do continente”.

    Tal como Paul Craigs, o astrólogo brasileiro também possui uma legião de seguidores que o idolatram e dizem amém a tudo o que escreve ou teatralmente esbraveja. Não à toa, o debate no Brasil se tornou mais emburrecido nos últimos tempos, a partir do momento em que a tese do perigo expresso pelo Foro de S. Paulo passou a fazer parte do arsenal argumentativo de quem acha que com isso está abafando ou sendo inteligente.

    Sobre o astrólogo brasileiro, já o conheço bem e posso afirmar que não passa de um grande charlatão. Nem alguns setores da direita o engolem mais. Sobre Paul Craig Roberts, suspeito – mas posso estar enganado – de que também o seja, embora com sinal invertido. Ou elevado a (-1). 

    E sobre a tese do post, já dei minha opinião em comentário anterior.

    E, já que o João Donato acabou entrando nessa discussão, não poderia deixar de destacar o seu bom gosto, bem como o bom humor expresso em suas músicas… como também o de quem o trouxe até nós. Pude rir bastante com os finos comentários… E continuo rindo.
     

  14. Alegações extraordinárias

    Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias. No caso, o autor do post não apresentou nenhuma prova, nem básica, nem extraordinária. Não passa de uma teoria de conspiração chula, sem o menor fundamento, do mesmo rol daquela que diz que o homem não pisou na Lua.

  15. Tenho certeza que os neocon

    Tenho certeza que os neocon que fundamentaram ideologicamenrte a doutrina Bush, não tem problema nenhum em relação às vítimas inocentes do “efeito colateral”, mesmo sendo elas as mais ocidentais possíveis. Aderem ao “os fins justificam os meíos” sem remorso ou peso na consciência, pois isso é algo que os falcões do Bush não tem.

    Também tenho certeza que a doutrina Bush não foi enterrada com a vitória do Obama. A máquina de guerra do império é autônoma. Apenas a doutrina deixou de ter o carimbo presidencial e está lá em algum lugar do Pentágono e da CIA. 

    Também acredito que essa doutrina encontra adeptos que fazem parte da máquina estatal dos países europeus. Dentro das agências de inteligência, das forças de segurança e governos mesmo. Só não acredito que seja forte e majoritária o suficiente para efetivamente articular e executar atentados desse tipo.

    Em suma Wilson, acho pefeitamente possível que exista na esferas do poder nos países europeus, França incluída, quem não descarte “aceitar” sangue ocidental derramado se for para atingir seus objetivos. Só não acho que a atual correlação de forças permita que eles passem da teoria para a prática. É muito radical e arriscado.

    A França por exemplo tem uma democracia tão consolidada que algo desse tipo acabaria aparecendo. E não apenas com coincidências que alimentam “teorias da conspiração” na internet.

  16. conspiração

    Conspirar, significa, em síntese, planejar secretamente. Portanto, a denominação “teoria da conspiração” é absolutamente equivocada, pois, se é que se pode admitir tal termo, ele somente se empregaria aos que conspiram, àqueles que, secretamente, planejam algo contra alguém ou contra um fato.

    Da mesma forma, atribuir essa denominação às reflexões públicas que de algum modo sejam contrárias à aparência, também é um equívoco, pois nada está sendo contrariado secretamente ou na surdina, pelo contrário.

    Tal denominação surgiu com o fito de desmerecer teorias ou reflexões contrárias. Só isso.

    Portanto, alegar que o homem nunca foi à lua, por exemplo, pode ser até uma teoria, mas jamais será uma “teoria da conspiração”. Trata-se tão somente de uma conclusão com base em reflexões próprias. Pode até ser ingênua, ou descabida e sem respaldo científico, mas é uma conclusão motivada em reflexão. Afinal, ninguém está por aí, pelos cantos, sussurrando e teorizando acerca da inviabilidade do homem ter ido à lua.

    E, como se diz por aí, posso não concordar com tudo o que disse o autor do texto acima, mas devo defender, de corpo e alma, o direito que ele tem de dizer. Aliás, parecerá “conspiração” da minha parte, mas, de acordo com o site que coloco abaixo, a frase não foi escrita por Voltaire…

    De meu lado, confesso, não concordo com tudo o que diz o autor do texto. Porém, não tenho o direito de desmerecer a reflexão que fez, nem com rótulos rebuscados, e muito menos com posts debochados.

    Claro que, conforme disseram aqui, estamos carecas de saber que a mídia é manipuladora. Mas é importante lembrar que a mídia não é só manipuladora em virtude de seus próprios interesses. Aliás, quase nunca.

    Esse deve ser o debate, no meu ver. E as reflexões bem formuladas, todas, são sempre produtivas.

     

    http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/44/a-falsa-citacao-de-voltaire-investigacao-afirma-que-a-300467-1.asp

     

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