O Movimento Clube da Esquina

O número 87da revista USP, publicado no final de 2010 – http://www.usp.br/revistausp/87/SUMARIO-87.html, é dedicado à música brasileira e foi organizado pelo Ivan Vilela. Nas palavras dele: “Estou pensando em fazer um levantamento do lado B da música brasileira, do século passado para cá”, com temas e autores que quase passaram em branco na mídia, de uma forma geral.

Ivan escreveu sobre o movimento Clube da Esquina. Outros temas analisados: Sambalanço, moda caipira, a música da década de 50, a gravadora Chantecler, Itamar Assumpção e a vanguarda paulista, Guerra Peixe, a influência de Guimarães Rosa na música de Tom Jobim, o rock rural, o samba e a questão de “raça”, a análise da música “comercial”, Jards Macalé, as primeiras escritas sobre a música popular no Brasil e Waldick Soriano e a música brega.

Para dar um gostinho do extraordinário dossiê, segue o resumo do texto do Ivan Vilela e, em anexo, o pdf do texto completo, que também pode ser buscado em http://www.usp.br/revistausp/87/ivan-vilela.pdf .

Inúmeras foram as transformações ocorridas na canção popular brasileira nos anos 1960. Nesse período, diversos grupos de músicos e intelectuais interferiram na maneira de se pensar e se fazer música no Brasil. Dentre esses grupos de músicos, com enunciações musicais específicas, a crítica e os musicólogos creditaram valor de movimento musical a uns em detrimento de outros, o que orientou toda ordem de estudos que se fizeram desses fenômenos, por longo tempo. Assim, bossa nova, jovem guarda e tropicália foram amplamente valorizadas como movimentos musicais ocorridos na MPB. Um caso de esquecimento, no entanto, decorre dessa ampla valorização: é o caso do Clube da esquina. Este texto busca situar o Clube da esquina no contexto da MPB, mostrando que seus procedimentos e inovações o colocam como um dos mais importantes movimentos musicais surgidos na música popular brasileira.

Luis Nassif

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