Confiança de serviços recua 8,4% em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apurado pela Fundação Getulio Vargas recuou 8,4% entre agosto e setembro, ao passar de 74,7 para 68,4 pontos, na série com ajuste sazonal. Esta foi a sétima ocasião em que o índice registra mínimo histórico em 2015.

O movimento negativo alcançou 11 de 12 atividades em setembro e foi determinado tanto pelas avaliações sobre o momento presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA-S) apresentou queda de 12,7%, após cair 9,6% em agosto; o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 6,1%, ante -1,7% no mês anterior. Ambos os índices chegaram ao menor nível de suas séries históricas.

A piora do ISA-S entre agosto e setembro foi determinada pela queda de seus dois componentes, com declínio mais acentuado do indicador que mede o grau de satisfação com a Situação Atual dos Negócios, que apresentou recuo de 14,1% na margem. A redução do IE-S também foi determinada por seus dois componentes, com destaque para a queda de 7% do indicador que mede o otimismo em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes.

O levantamento destaca ainda que a deterioração da confiança do setor de Serviços ao longo de 2015 tem sido expressiva. Entre dezembro de 2014 e setembro de 2015, o ICS perdeu 32,7 pontos, valor semelhante à perda ocorrida nos 41 meses entre o pico da confiança após a crise de 2008-2009 – ocorrido em julho de 2011 – e dezembro do ano passado, de 33,3 pontos.

Diante do pessimismo em relação à evolução dos negócios, as empresas continuam projetando corte de postos de trabalho: entre dezembro do ano passado e setembro último, a diferença em pontos percentuais (p.p.) entre a proporção de empresas prevendo aumento e diminuição do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes (saldos de respostas) passou de 6,3 p.p. para -18,8 pontos percentuais. O forte ajuste no mercado de trabalho vem sendo confirmado pelos números de emprego formal divulgados pelo Caged/Rais.

“Ao fim do terceiro trimestre os indicadores confirmam o aprofundamento do pessimismo nas empresas de Serviços. As avaliações negativas, tanto em relação às condições correntes quanto ao cenário para os próximos meses, atingem de modo cada vez mais disseminado as várias atividades. Além do enfraquecimento da demanda, há um aperto nas condições de crédito e, assim, uma perspectiva de novos ajustes no quadro de pessoal. Esses indicadores apontam para uma nova queda no PIB do setor neste trimestre”, destaca Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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