Empresas planejam reduzir investimentos em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As empresas brasileiras pioraram sua percepção sobre o ambiente dos negócios em 2014 em relação ao visto em 2013: segundo a sondagem divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os quatros setores analisados (indústria, serviços, comércio e construção) informaram ter reduzido os investimentos de um ano para o outro. As cerca de 4 mil empresas ouvidas no levantamento de outubro para novembro também declararam menor disposição para investir em 2015.

Na Indústria de transformação, 38% das empresas reportaram aumento do investimento produtivo e 31%, diminuição. A diferença de 7 pontos percentuais (p.p.) é inferior à observada há um ano, de 15 pontos percentuais. Movimento semelhante foi visto no setor de serviços, onde 36% das empresas informaram aumento nos investimentos no corrente ano em relação a 2013, e 15%, redução, uma diferença de 21 pontos percentuais. Há um ano, a diferença havia sido de 31 pontos percentuais.

Contudo, o comércio registrou o maior percentual de empresas indicando aumento nos investimentos em 2014 (42%) e o menor percentual de empresas informando redução (12%), uma diferença de 30 pontos percentuais. Quando comparados ao saldo de 43 pontos percentuais apurados no ano anterior, os números mostram a mesma tendência à perda de dinamismo observada nos outros setores. O pior resultado setorial foi o da Construção, onde 26% das empresas perceberam aumento dos investimentos em relação ao ano passado, e 24% diminuição, compondo um saldo de apenas 2 pontos percentuais. Há um ano, essa diferença havia sido de 16 pontos percentuais.

O fraco desempenho econômico atual e as incertezas em relação a 2015 se refletem nas previsões das empresas para a realização de investimentos no ano que vem. Entre as empresas industriais, 41% programam ampliação dos investimentos, contra 47% que previam o mesmo no 4º trimestre do ano passado. A parcela das que projetam diminuição de investimentos ficou praticamente estável, ao passar de 19% para 18% no mesmo período.

No segmento de serviços, 45% das companhias projetam aumentar os investimentos produtivos no próximo ano, número inferior aos 48% que projetavam o mesmo no ano anterior. O percentual de empresas que projetam diminuição de investimentos também variou ligeiramente, ao subir de 7% para 8%, nas projeções para 2014 e 2015, respectivamente.

Assim como nas avaliações sobre o ano de 2014, o Comércio também lidera a intenção de investimentos para 2015, com 52% das empresas prevendo aumento de investimentos e 8% reportando a intenção de reduzi-los. Ainda assim, a perda de ímpeto é considerada relevante: ao final de 2013, 63% projetavam ampliar e apenas 3% das empresas comerciais previam redução em 2014. No setor da Construção, 34% projetam aumento dos investimentos em 2015, uma redução de mais de 10 pontos percentuais em relação aos 45% registrados nas previsões feitas ao final do ano passado. As empresas que planejam diminuir os investimentos em 2015 totalizam 21%; no ano passado eram de apenas 11% do total.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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