A covardia de Paulo Guedes com os aposentados

Este ano começou a vigorar a exigência de preencher um cadastro a cada dois anos. Não houve sequer trabalho de informação aos aposentados.

Recebo telefonema do meu amigo Almeida. Tem mais de 80 anos e sua aposentadoria foi bloqueada. Todo ano ele apresentava comprovação de vida.

Este ano começou a vigorar a exigência de preencher um cadastro a cada dois anos. Não houve sequer trabalho de informação aos aposentados. Almeida só descobriu que não receberia a aposentadoria quando foi ao banco retirar o dinheiro.

Vou ao posto e informaram que, depois de preenchido o cadastro, demoraria mais 180 dias para a liberação. Aí, problema de má informação do funcionário.

De um lado, o governo desburocratizando ao máximo as exigências para empresas e para a contravenção, ao desmontar sistemas de regulação e licenciamento.

Em relaçao à parte mais vulnerável da população, os idosos, essa covardia inominável de burocratizar para atrasar os pagamentos, para garantir a tal Lei do Teto.

Luis Nassif

6 Comentários

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  1. Nassif, admiro sua coragem de denunciar os assassinos poderosos.

    Mas fique Velhaco, Mano, se eles mandam matar até Milicianos do peito para queimar arquivos, imagine o que não fariam com você.

  2. O documento IB2, para ter direito a assistência medica nos países conveniados com o Brasil, era de uma simplicidade cristalina, chegava-se na repartição com as copias exigidas em duas horas o IB2 estava em mãos.
    Desde novembro 2019 o documento é emitido somente via plataforma gov.br, o sistema está em versão beta. O coitado precisa de impressora, conhecimento bons de informática e depois de esperar deitado, recebe a informação que se o documento não for enviado em 45 dias deverá refazer tudo.
    Tenho paciência até para a estupidez já que agora na nova remessa dos documentos, a distinta me pediu atestado de emancipação (passei dos 70!!!).
    E tudo funciona!

  3. Revista Piauí
    EDIÇÃO 144 | SETEMBRO_2018
    vultos da república I
    O FIADOR
    A trajetória e as polêmicas do economista Paulo Guedes, o ultraliberal que se casou por conveniência com Jair Bolsonaro
    MALU GASPAR

    Trecho:
    “Por ironia do destino, a guinada que fez Guedes começar a pensar seriamente em ir para o governo foi um episódio ocorrido nos estertores do mandato de Dilma Rousseff. Em meados de dezembro de 2015, dias depois de o processo de impeachment ter sido instaurado no Congresso, ele foi chamado para jantar no Palácio da Alvorada com a presidente. Após meses de idas e vindas com seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Dilma havia decidido demiti-lo e tentava encontrar um substituto. O nome de Guedes foi lembrado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, os dois do PSD. O economista fizera o plano de governo de Afif em 1989, quando ele concorreu à Presidência da República pelo Partido Liberal com o lema “Juntos chegaremos lá”. No jantar, porém, não se falou do convite, mas, segundo o próprio Guedes, da condução da política econômica. “Primeiro ela deu uma informação. Falou: ‘Vou tirar o Levy e, se não achar uma solução externa, vou colocar a interna.’ Depois, ela me fez uma pergunta: ‘Por que você nunca veio, Paulo? Eu já soube que você foi convidado. O Delfim me contou que te convidou.’”

  4. Boa tarde, Nassif!
    O valor que seu amigo recebe é aposentadoria ou é o BPC (benefício de prestação continuada)?
    Salvo engano, é exigido o cadastro único apenas para esta segunda opção. A prova de vida deve ser feita nas duas situações, na agência bancária.
    Obrigado,
    Fernando

  5. Meu respeito e solidariedade ao Almeida, mas, convenhamos, os aposentados votaram massivamente no Bozo, inclusive foram as ruas defender a reforma da previdência, muitos deles conscientes de que estavam prejudicando a aposentadoria futura dos que hoje contribuem, egoisticamente pensando que, assim, estavam garantindo caixa para si. Acontece que lobos não cumprem tratados e acho que os aposentados aprenderam isso.

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