Após polêmica do aborto, Lula investe em ataques a Bolsonaro no campo religioso

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"O povo evangélico precisa saber que o presidente atual não acredita em Deus", dispara Lula

Lula participa da convenção do PSB em Brasília, com a presença de Geraldo Alckmin. Foto: Ricardo Stuckert
Lula participa da convenção do PSB em Brasília, com a presença de Geraldo Alckmin. Foto: Ricardo Stuckert

Após a “polêmica” declaração sobre aborto, que dividiu opiniões na política e culminou na troca do publicitário do PT, o ex-presidente Lula passou a investir mais em ataques a Jair Bolsonaro no campo da religião.

Nesta semana, Lula procurou dialogar com o eleitorado mais religioso sobre como Bolsonaro manipula a fé das pessoas. O ex-presidente chamou Bolsonaro de mentiroso, falso cristão, “fariseu”.

Eleito com apoio maciço dos evangélicos em 2018, Bolsonaro procura consolidar o voto neste nicho usando a máquina pública e estratégias imorais, como a abertura das portas do Ministério da Educação para pastores suspeitos de cobrar propina para viabilizar a distribuição de verbas federais para prefeituras.

Em encontro com a Rede Solidariedade na quinta (28), para oficializar a aliança com vistas à eleição de outubro de 2022, Lula disparou que Bolsonaro “não é evangélico, não é católico, ele é um fariseu. Ele se utiliza da boa fé de milhões de brasileiros, evangélicos e católicos, que votaram nele porque também estávamos entorpecidos pela quantidade de mentira e pela negação da política.”

“O povo evangélico tem que saber que o presidente atual não acredita em Deus”, disse Lula um dia antes, durante entrevista coletiva com youtubers e sites independentes. “(…) A vida dele não é condizente com a de um cristão, um homem temente a Deus, que crê em Deus. A história dele, da família dele, é o outro lado dessa história. (…) Ele fica mais religioso na época da eleição. Ele dá mais dinheiro do MEC para alguns pastores”, cutucou Lula.

Lula ainda mandou uma mensagem ao próprio eleitorado de esquerda, ao dizer que “não podemos confundir o povo evangélico com alguns pastores. O povo evangélico é muito grande no País, e não é menos inteligente do que de outras religiões. Pelo contrário, são espertos, inteligentes e cuidam da família como devem cuidar.

Nas sequência, Lula indicou que o povo evangélico deverá ponderar sobre a situação do País e a piora na vida dos brasileiros. Carestia de preços, inflação, desemprego, descontrole da Petrobras, entre outros temas, também são constantes nos discursos do ex-presidente, que lidera todas as pesquisas de opinião faltando seis meses para o primeiro turno.

“Eu tenho convicção que os evangélicos nunca forma tão respeitados como no tempo em que fui presidente da República. No tempo do Lula, o povo evangélico comia mais, ganhava mais porque o salário mínimo era aumentado todo ano. Quase 76% de aumento real. As pessoas traziam o dobro de comida que trazem hoje com o mesmo dinheiro. O botijão de gás, durante todo o meu governo, nunca aumentou na Petrobras. Nós temos que tratar o gás como se fosse item de cesta básica”, apontou Lula.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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