Bolsonaro estuda acabar com 13º salário, férias e FGTS dos jovens

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Mudanças colidem com a Constituição e seriam viabilizadas por meio da nova Previdência com ajuda da reforma trabalhista aprovada no governo Temer

Jornal GGN – Os jovens trabalhadores que serão enquadrados no modelo de capitalização previsto na Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro devem perder uma série de direitos trabalhistas se optarem pela prometida carteira de trabalho verde e amarela. É o que informa reportagem de O Globo nesta quinta (7).

A ideia discutida pela equipe de Paulo Guedes é criar um modelo de trabalho em que o jovem pode “optar” por abrir mão de direitos que estão em cláusula pétrea da Constituição, como FGTS, férias e 13º salário.

Por se tratar de uma série de direitos constitucionais, o governo Bolsonaro não pode simplesmente acabar com esses pontos. Por isso, a ideia é “criar condições para que o próprio empregado” desista de seus direitos, usando como base legal a reforma trabalhista feita sob Michel Temer. O argumento para seduzir os jovens é que, retirando os “encargos” das costas dos empregadores, mais postos de trabalhos serão gerados.

“O governo deve usar a data de nascimento para definir a linha de corte para os trabalhadores que terão a chamada carteira verde e amarela. Os celetistas continuarão com a carteira de trabalho tradicional, a azul”, afirmou O Globo.

Quem optar pela carteira verde e amarelo terá de recorrer à Justiça comum caso se sinta prejudicado. Dessa forma, a Justiça do Trabalho tende a se tornar “obsoleta com o tempo”.

“O novo regime vai constar no projeto de lei complementar que o Executivo enviará ao Congresso e que vai definir os detalhes do regime de capitalização. Eles terão uma conta individual — uma espécie de poupança, visando a uma renda complementar na aposentadoria. Serão definidas algumas situações de saque em caso de desemprego e doenças. Quem tem FGTS poderá transferir parte do saldo para essa conta”, anotou O Globo.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

29 Comentários

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  1. Daqui a pouco vão dizer que se restaurar a escravidão haverá emprego para todos…..

    Ou nem isso já que a escravidão acabou quando os sinhozinhos descobriram que era mais lucrativo pagar um salário de fome do que sustentar um grupo de escravos……

    Cada dia que passa tento compreender como os brasileiros puderam eleger uma sucia dessas…………. incrível……….

    1. Naldo, você lacrou, com L maiúsculo. Ademais, seu comentário me fez lembrar da seguinte passagem, extraída do Manifesto Comunista, de Marx e Engels:

      “Toda a sociedade até aqui repousava, como vimos, na oposição de classes opressoras e oprimidas. Mas para se poder oprimir uma classe, têm de lhe ser asseguradas condições em que possa pelo menos ir arrastando a sua existência servil. O servo conseguiu chegar, na servidão, a membro da comuna, tal como o pequeno burguês, a burguês sob o jugo do absolutismo feudal. O operário moderno, pelo contrário, em vez de se elevar com o progresso da indústria, afunda-se cada vez mais abaixo das condições da sua própria classe. O operário torna-se num indigente e o pauperismo desenvolve-se ainda mais depressa do que a população e a riqueza. Torna-se com isto evidente que a burguesia é incapaz de continuar a ser por muito mais tempo a classe dominante da sociedade e a impor à sociedade como lei reguladora as condições de vida da sua classe. Ela é incapaz de dominar porque é incapaz de assegurar ao seu escravo a própria existência no seio da escravidão, porque é obrigada a deixá-lo afundar-se numa situação em que tem de ser ela a alimentá-lo, em vez de ser alimentada por ele. A sociedade não pode mais viver sob ela [ou seja, sob a dominação da burguesia], isto é, a vida desta já não é compatível com a sociedade.

      A condição essencial para a existência e para a dominação da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos de privados, a formação e multiplicação do capital; a condição do capital é o trabalho assalariado. O trabalho assalariado repousa exclusivamente na concorrência entre os operários. O progresso da indústria, de que a burguesia é portadora involuntária e sem resistência, coloca no lugar do isolamento dos operários pela concorrência a sua união revolucionária pela associação. Com o desenvolvimento da grande indústria é retirada debaixo dos pés da burguesia a própria base sobre que ela produz e se apropria dos produtos. Ela produz, antes do mais, o seu próprio coveiro. O seu declínio e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.”

      Eles falavam que a reforma trabalhista geraria empregos. Mas a referida reforma não criou empregos, apenas suprimiu direitos.

      O Movimento Sindical e os demais Movimentos Sociais não reagem. Parece que estão engessados.

    2. Naldo, observe uma coisa:
      Pela lógica da tal “reforma” do Posto Ipiranga, se o jovem quiser, pode abrir mão de cláusula pétrea por opção. Então, se o jovem “quiser” ser escravo, ele pode.

  2. Talvez o Bolsonaro só saia do Hospital Albert Einstein para ir dar água aos bodes na cidade dos pés juntos. Ora, como é que o elemento é internado no melhor hospital do país a fim de que seja retirada uma bolsa de bosta, e sofre três cirurgias?
    A Lumpenburguesia brasileira já se deu conta de que Bolsonaro, por conta dos escândalos das frutas – Açaí da Wal, Goiaba da Damares e Laranja do Flávio Bolsonaro -, por conta também do cheque depositado pelo Motora na poupança da sua patroa, pela moção de louvor a Milicianos na Alerj, pelo Rachid dos assessores, por causa da sua pesca ilegal e por otras cosistas más, não tem força para aprovar a reforma da previdência. Em razão disso, ele provavelmente ‘contrairá’ uma superbactéria contra a qual nenhum antibiótico atuará. Assim, muito provavelmente ele terá alta do Albert Einstein num paletó de madeira.
    E o Mourão, cujo filho só ganhou competência após ele assumir a vice-presidência, assumirá o posto do Bolsonaro.

    Agora deve ser o Mourão que tá dizendo para os seus botões:

    “Presidente não apita em nada mas atrapalha muito”.

  3. Imaginem um banco que resolve fazer uma modificação no seu sistema de informações e deixa seus clientes dois dias sem acesso às contas? O que pensar dos analistas de sistemas que fizessem uma barbeiragem dessa ordem?

    Desculpe, mas há uma tremenda falta de profissionalismo, para não falar em incompetência, em quem modificou o sistema do GGN. Não se faz modificações de sistema que não preserve a base de dados. Se o GGN fosse um banco, seria o mesmo que ele expulsasse os clientes e se apropriasse do que a eles pertence.

    A minha página foi “rebatizada” e inteiramente bagunçada, é impossível acessar a conta. O sistema não reconhece o e-mail, nem o nome original do usuário ou o “rebatizado”; tento acessar por essas três alternativas e aparece a mensagem: “We can’t find an account registered with that address or username”.

  4. Lamento apenas pelos jovens que lutaram para que Bolsonaro não fosse eleito. Os outros, aqueles que bancaram o valentão e ficaram gritando “mito” pelas ruas, quero mais é que se lasquem mesmo, para apenderem a não brincarem com a democracia elegendo extrema direita.

  5. Se os nossos jovens aceitarem numa boa…
    sinal de que para eles o normal é serem enganados para depois serem prejudicados com a perda de quase 3 salários por ano trabalhado

    e pensar que já ocuparam as ruas contra o aumento de 30 centavos nas passagens

    e que até já desfilaram por aí a cantar elegremente:
    Bolsonaro é amiguinho e não tem nada contra a gente

  6. Quando os brasileiros vão perceber que no período de 2003 a 2014 o desemprego caiu sistematicamente, com TODAS as regras da CLT, carteira assinada, ministério e justiça do trabalho. Tínhamos pleno emprego em 2014, com índice 4,8%, sob um mundo em crise.
    Isto é demonstração cabal de que o problema NÃO está nas leis trabalhistas, mas na crise e recessão causada pelos mesmos neoliberais que assumiram o comando da economia, inclusive no segundo mandato de Dilma, sequer permitindo que ela governasse, sem nenhuma reação ativa.
    O problema não é diminuir o peso cortando as pernas do corredor, é ativar o organismo como um todo.

  7. “O argumento para seduzir os jovens é que, retirando os “encargos” das costas dos empregadores, mais postos de trabalhos serão gerados.”

    Primeiro, que o jovem vai chegar à conclusão de que é melhor ser informal. A precariedade é a mesma, a falta de perspectivas para a aposentadoria é a mesma (garantida pelo sistema de capitalização) e não precisa abrir mão de nada.

    Segundo, que os tais empregos gerados vão ser, na sua imensa maioria, de substituição de celetistas por precarizados oficiais.

    Terceiro, que, caso apareça um ou outro emprego novo, vai ser em coisas tipo Havan. Nada contra o varejo, mas a expansão que o aparecido dono da empresa está fazendo para justificar a coerção aos funcionários nas eleições vai bater no limite de uma população empobrecida e sem dinheiro; daqui a pouco a rede começa a fechar lojas, vão vendo.

  8. A escravidão está de volta. Que decepção Bolsonaro. Vamos fazer abaixo assinado contra isso. O ministro que propõe isso deve ter tido algum problema na infancia , deve ter comido ECA sem querer.

  9. Vi uma verdadeira aula de história nesses comentários pena que vivemos em um país de covardes e mal agradecidos e nunca seremos uma nação forte pois o culpado disso não são nossos políticos e sim o nosso povo que não estuda história e só querem whatsapp , Facebook,e baile funk

  10. Está aí um belo exemplo de uma mídia esquerdista que deveria ser exterminada. Um título sensacionalista, um texto detencioso onde o único propósito é deturpar e confundir o leitor. Informar que é bom nada. Pobres coitados de quem leva um texto desses como base ou fonte para uma opinião lógica e inteligente.

  11. Se pagar aquilo q o funcionário merece sem a ctps, ótimo… quem ganha 1000, passaria a receber 1800… 2000, ia para 3100.. . E talvez seja ótimo vc pegar o seu dinheiro e fazer o que quiser com ele… melhor do q colocar na caixa pro governo usar a seu bem prazer…. afinal a maioria dos brasileiros querem ir para os EUA … pq la ganha mais.. será? La nao tem férias, 13, e bem seguro desemprego… mas o q ia para o governo e férias e 13, são acrescentados no salário.. dobrando assim o sei valor…

    1. Legal!!!! Parabéns pela sua burrice, quando você aposentar depois voce comenta aqui que ta sem sua aposentaria que vc trabalhou sua vida inteira.. blz??
      Tenho 19 anos, e já tô vendo tudo isso, por isso que prefiro dizer que o meu único governante é Deus só ele é a justiça, enquanto a da terra faz todos sofrerem, lá no céu está preparado o nosso galardão..
      brasileiro que votou nele(Bolsonaro) tem que se fuder mesmo, seu inúteis, agora querem tirar ele????? Aguentem viu, porque vai ser disso pra pior… Não adianta nada tirar 13°, aposentadoria, e nem férias, Brasil tá quebrado por causa desses políticos corruptos que nós brasileiros votam, se o Brasileiro saísse pra rua para protestar o Brasil melhoraria, mas como que não saem nas ruas, tem que aceitar o que o governo propõe..
      RESUMINDO…
      BRASIL: “UMA JUSTIÇA OBESA E PARASITA, SUSTENTADA POR UM POVO MISERÁVEL”.

  12. Nossa, que decepção Bossonaro, além de querer mexer no horário de verão, quer mexer com os benefícios trabalhistas.

    FORA BOSSONARO

    FORA BOSSONARO

  13. Isto demonstra claramente que o desemprego não é um problema para Guedes, mas sim é um instrumento para retirar direitos. Guedes e este governo tem usado o momento conjuntural de desemprego, para mudanças estruturais na legislação trabalhista e previdenciária. A inexistência de políticas economicas e de investimentos, e a estagnação da economia, é o mecanismo através do qual querem justificar toda as privatizações. A privatização da previdência, e a carteira verde amarelo, sem 13 ou férias vai tornar nossos trabalhadores com os mesmo direitos de um empregado americano, talvez preparando o terreno para a invasão de empresas de serviços e ou indústrias estrangeiras. A obrigatoriedade do inglês seja talvez para que os empregados entendam as ordens do futuro patrão. Aos que esperam de Guedes uma política economica, verão apenas um ministro manipulando a economia para gerar reformas estruturais e implementa-las na legislação. Esta tem sido a tonica que se iniciou com a célebre PEC do orçamento. Manietando e destruindo a capacidade do estado em intervir na economia, Guedes agora usa isto como um sinal de incapacidade do Estado. Enquanto seus grupos empresariais do mercado lucram, com as privatizações e com a destruição de nossa industria e de nossas empreiteiras, Para Guedes falta agora adaptar nossos trabalhadores aos interesses de grupos estrangeiros. A carteira verde amarela é na verdade azul branca e vermelha.

  14. Gente ninguém será obrigado a nada, escolhe se quiser, será que não entenderam nada? se hoje meu Patrão me pagar mais e o que eu quiser ganhar eu abro mão sim, faço minha própria poupança, quando eu não quiser mais, saio.

  15. Acorda povo , está na hora de sair pras ruas , esse novo governo está tirando todos os nossos direitos do trabalhador, eles só pensa em mexer na previdência , estamos voltando no tempo da escravidão

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