Cor e raça – Negros e pardos sofrem mais com desemprego

Nassif, uma boa pesquisa.

Abraços, Gustavo Cherubine.

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2011/11/07/desemprego-e-maior-em-cidades-com-mais-negros-ou-pardos-aponta-pesquisa-da-fgv-21462.php

pesquisa
Desemprego é maior em cidades com mais negros ou pardos, aponta pesquisa da FGV
O estudo dissociou a questão de escolaridade do desemprego, mostrando que a falta de trabalho tem relação com a cor
Publicado em 07/11/2011, às 17h46
Agência Brasil
/ Foto: reprodução da internet
Foto: reprodução da internet

Uma pesquisa divulgada nesta segunda (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que o desemprego é maior em metrópoles com maior número de pessoas negras ou pardas. O estudo, coordenado pelo economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, dissociou a questão de escolaridade do desemprego, mostrando que a falta de trabalho tem relação com a cor, sem relação obrigatória com os anos de estudo.

“A gente sabe que a taxa de desemprego dos brancos é mais baixa do que dos outros grupos. Dado esse fato, quando se observa uma composição populacional majoritariamente branca, comparando com outros estados, como a Bahia, onde a participação de negros e pardos é muito mais elevada, isso acaba determinando o diferencial de desemprego entre essas duas regiões”.

Segundo dados da pesquisa, enquanto a taxa de desemprego em Salvador chegava a 14,2%, em Porto Alegre o desemprego era 6,8%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) de 2009, citada no trabalho, na Bahia 30% da população são formados por negros e 53% por pardos. No Rio Grande do Sul, os brancos são 80%, 7% são negros e 10,8% pardos.

Barbosa Filho ressaltou que o estudo não deixa claro se o maior desemprego entre negros e pardos pode estar associado à questão do racismo, o que demandaria outra pesquisa, para aprofundar a questão. Segundo ele, também deve se levar em conta as estruturas econômicas de cada região.

“Uma coisa que se percebeu no estudo é que, aparentemente, esse diferencial na taxa de desemprego explicada por raça não está diretamente relacionado somente à escolaridade, como se suspeitava. Quando se faz essa mesma análise separando por grau de escolaridade, isso explica muito menos a diferença de desemprego entre as regiões metropolitanas estudadas. O que implica que somente o investimento em educação não vai ser eficaz. Simplesmente universalizar a educação não vai solucionar o problema.”

A íntegra da pesquisa pode ser consultada no endereço www.fgv.br/ibre.

http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5336FB09501337FA3F4E7448B

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Cor e raça ainda influenciam desemprego
07-Nov-2011 | Notícias IBRE | Análises Econômicas

Apesar de os índices de desemprego no país terem diminuído consideravelmente na última década — fruto de maior educação e qualificação para o trabalho — as cidades com maior população negra e parda, a exemplo Salvador e Recife, apresentam maiores taxas de desemprego do que aquelas com menor população dessas raças e maior índice de população branca, como Porto Alegre e Belo Horizonte. A conclusão é resultado de estudo elaborado pelos economistas Fernando de Holanda Filho e Samuel Pessôa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV).

Baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2008, as taxas de desemprego mais baixas — 7% e 6,8% — foram registradas em Porto Alegre e Belo Horizonte, respectivamente. São Paulo apresentou taxa de 9%, enquanto a do Rio de Janeiro foi de 9,9%. As regiões metropolitanas com taxas de desemprego mais elevadas foram Recife, com 15,2% e Salvador, com 14,2%. Segundo Holanda, os dados mais recentes da PNAD (2009) apontam que na Bahia 30% da população é formada por negros e 53% por pardos. No Rio Grande do Sul, os brancos são 80%, 7% são negros e 10,8% são pardos. “Esta situação deverá permanecer visto que é uma variável com inércia gigantesca. Fatores como raça e gênero mudam muito pouco e a migração interna não foi capaz de mudar a composição da população nos últimos anos”, afirma.

A decomposição da taxa de desemprego foi realizada com diferentes cortes da amostra. Os cortes escolhidos foram gênero, cor/raça, anos de escolaridade, faixa etária, experiência, ciclos escolares e capital humano. No link abaixo é possível ler a íntegra do estudo.
Cor e raça ainda influenciam desemprego [pdf – 49Kb]

Redação

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