Governo brasileiro privatizou central de distribuição de vacinas em 2018

Mudança foi realizada durante o governo de Michel Temer e comprometeu prestação do serviço, necessário em tempos de pandemia

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A distribuição de vacinas em um país como o Brasil é um ponto fundamental no combate à pandemia do coronavírus, mas o serviço passou por uma turbulência pouco falada em 2018.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o então ministro da Saúde do governo Michel Temer, Ricardo Barros (atualmente no PP-PR, e escolhido do atual presidente Jair Bolsonaro para ser a liderança do governo na Câmara dos Deputados),fechou a central nacional que era responsável por tal logística há mais de duas décadas no Rio de Janeiro e contratou uma empresa privada em São Paulo para tomar conta do serviço.

“Para nós foi um balde de gelo seco. Tínhamos a estratégia toda pronta, tecnologia de ponta e criamos um transporte com perda de vacinas quase zero. Botaram para fora técnicos altamente qualificados, todos com o curso de especialização em rede de frios que criamos com a Fiocruz”, afirma João Leonel Estery, coordenador da central de 1996 a 2016.

A companhia escolhida, a VTCLog, do grupo Voetur, recebe, armazena e controla a distribuição de todas as vacinas, soros, medicamentos, praguicidas, kits para diagnóstico laboratorial e outros insumos do Ministério da Saúde, incluindo os da Covid-19. Desde então, os profissionais encarregados de receber as remessas nos estados reclamam de problemas na logística, como itens errados, atrasos nas entregas e desorganização na comunicação.

 

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Redação

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