IPCA reduz ritmo de alta em outubro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Inflação oficial chega a 0,24%, abaixo dos 0,26% vistos em setembro; variação acumulada chega a 3,75% no ano, e 4,82% em 12 meses

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou outubro em alta de 0,24%, pouco abaixo dos 0,26% registrados no mês anterior, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No ano, a inflação acumulada do país é de 3,75%, enquanto a variação apurada nos últimos 12 meses foi de 4,82%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa registraram alta nos preços, com destaque para os grupos transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que têm maior peso no índice.

Segundo o IBGE, o maior impacto individual no resultado de outubro veio dos preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior. Esse item já vinha de uma alta de 13,47% em setembro.

Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como destaque as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), único item dos combustíveis (-1,39%) que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram.

No caso do grupo de alimentação e bebidas, que vem de quatro deflações consecutivas, a alimentação no domicílio subiu 0,27%. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).

Por outro lado, os preços das carnes vinham em queda desde janeiro, e a deflação acumulada no período é de 11,08%. Outros itens básicos tiveram queda em outubro, como o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).

O economista André Perfeito lembra que o grupo Alimentação “teve sua primeira alta após meses de deflação, mas os demais componentes estão sob controle com destaque para os Serviços Subjacentes que veio mais fraco que inicialmente projetado”.

“Serviços tem sido o grande tema inflacionário e objeto de atenção uma vez que é sensível a salários e dado que o desemprego está em queda poderia haver ali uma fonte de inflação mais persistente, mas não é o que está acontecendo”, ressaltou.

Variação em 12 meses

Quando analisamos a variação acumulada em 12 meses por cada grupo, é possível verificar no gráfico abaixo que o grupo Transportes continua a exercer o principal impacto no total acumulado.

Em 12 meses, a categoria acumula 1,32% de alta, ao passo que alimentação e bebidas – segundo grupo em termos de impacto no índice geral – encontra-se estável (0,00%) em um período de 12 meses.

No gráfico abaixo, é possível verificar que a inflação acumulada em 12 meses em outubro perdeu força no comparativo com os 12 meses de setembro, apresentando um total acumulado de 4,82%.

Pode-se dizer que, caso o índice continue a se ajustar de tal maneira, tudo indica que a meta de inflação projetada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) para 2023 será atendida.

Embora o centro da meta de inflação de 2023 seja de 3,25% neste ano, ela será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.

Nas redes sociais, André Perfeito ressalta que o resultado da inflação oficial veio “muito bom para outubro” quando se faz uma comparação com as médias de outros anos.

Fonte: X (ex-twitter) – @perpheito

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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