MP classifica Os 300 do Brasil como milícia armada

Grupo bolsonarista está acampado na Esplanada dos Ministérios e, segundo líder do movimento, parte dos integrantes está armada

Foto: Reprodução/YouTube

Jornal GGN – Os bolsonaristas acampados na Esplanada dos Ministérios viraram alvo de ação civil pública das 1ª e 2ª promotorias de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Segundo informações do jornal Correio Braziliense, o órgão foi à Justiça pedir a desmobilização do grupo denominado Os 300 do Brasil em caráter de urgência, além de proibir a retomada do movimento. A líder do acampamento, Sara Fernanda Giromini, 27 anos, conhecida pela alcunha de Sara Winter, foi denunciada na ação civil pública.

Os promotores responsáveis pela medida, Augusto Milhomem e Nísio Tostes Filho, classificaram o grupo Os 300 do Brasil de “milícia armada” e “organização paramilitar”, e alertaram que a presença do grupo “na região central da capital federal representa inequívoco dano à ordem e segurança públicas”.

O MPDFT também sugeriu operações de busca e apreensão de armas de fogo em situação irregular no acampamento, ou que estejam em mãos de pessoas sem posse autorizada.

O grupo se reúne em Brasília desde o final de abril para “treinar” apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Entre outros objetivos, os bolsonaristas buscam “expor e combater o totalitarismo da esquerda”.

Outro ponto que colocou os promotores em alerta foi a entrevista que Sara Winter concedeu ao portal BBC News Brasil, onde revelou que os integrantes do grupo estão armados “para a proteção dos próprios membros do acampamento”.

Autoproclamado como “o maior acampamento de ações estratégicas contra a corrupção e a esquerda do mundo”, o grupo bolsonarista é o principal incentivador dos protestos antidemocráticos na Esplanada dos Ministérios a favor de Bolsonaro e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

 

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Redação

2 Comentários

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  1. E há cerca de 20 dias, 775 “abnegados patriotas” vêm contribuindo com essa milícia pelo sítio Vakinha. Já foram arrecadados, até as 23h de 13/5, R$ 71.885. A meta era de R$ 50 mil. Dinheiro para arma e munição é o que não falta. E depois do recente decreto que aumentou a quantidade de munição que se pode adquirir, a grana arrecadada vai ser muito bem empregada.

  2. Em algum momento da filosofia iluminista e libertária, não muito distante, uma milícia armada já foi necessária para assegurar um estado de liberdade. Removeu-se qualquer entendimento sobre o que é liberdade e grupos armados de escravos agora defendem o direito de seus mestres em escravizá-los. Pior, aqueles que deveriam se opor a ambos, aos defensores dos escravocratas e aos próprios escravocratas, e lutar por liberdade, lutam na verdade pelo privilégio dos escravocratas terem o monopólios das armas. Já não é passada a hora de abandonarmos dialéticas inúteis sobre divisões políticas que há gerações só fortalecem corruptos, grandes corporações e banqueiros? É hora de abandonar nossas falsas crenças!!! Não é esquerda e direita com o que devemos nos importar, o importante É o que é DIREITO E ERRADO!!! ACORDEM!!

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