O consumo de maconha no mundo do esporte

Sugerido por Tamára Baranov

Do Yahoo

Atletas que já fumaram maconha

Defendida como boa para potencializar o efeito anestésico ou como relaxante, a polêmica do uso da maconha também entra em debate no esporteMesmo suavizado nas punições pelo órgão máximo de regulamentação do doping, a AMA (Agência Mundial Antidoping) , a substância é proibida e uma vez detectada, é causa de suspensão, punição e ou até perda de patrocínios. Veja alguns dos atletas a favor do uso, alguns que foram flagrados utilizando ou pegos no doping pelo consumo da droga.

Gary Hall

Gary Hall Jr. é filho e neto de campeões olímpicos na natação. Em 96, rival de Alexander Popov, disputou sua primeira Olimpíada em Atlanta. Garantiu dois ouros e duas pratas e despontou como promissor talento do esporte. Dois anos depois foi suspenso pela Federação Internacional de Natação por maconha detectada no doping. A suspensão foi de três meses. Depois desse episódio ficou um tempo fora do esporte e voltou a competir nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, e Atenas em 2004.

Giba

Um dos casos mais marcantes de esportistas brasileiros pegos no doping foi o jogador Giba, da seleção brasileira de vôlei. Ele já era atleta profissional e com grande experiência quando foi flagrado no exame por uso de maconha. Em 2002 Giba defendia o time italiano Estense 4 Torri Ferrara e o resultado detectou metabolito de THC , um subproduto da cannabis. Foi suspenso por nove jogos pelo Comitê Olímpico e ficou 4 meses fora das quadras.

Renato Silva

Além de Regis Pitbull, jogador do Bahia, flagrado em 2001 e Fabrício Diel Vieira, jogador a série C suspenso em 2006, outro do futebol punido pelo uso de maconha foi Renato Silva. Em 2007 ele era atleta do Fluminense e seu exame de doping indicou tetrahidrocanabinol. Além da punição de 120 dias, foi dispensado do clube carioca por justa causa. Baladeiro e polêmico, o zagueiro atualmente defende o Vasco da Gama após uma temporada pelo São Paulo e pelo Shandong Luneng Taishan , da China.

Gervasio Deferr Angel

Outro atleta olímpico flagrado no doping foi o ginasta Gervasio Deferr, integrante da seleção espanhola. Ele foi suspenso por três meses depois do exame realizado em 2002 durante o Mundial da Hungria. Deferr, um dos mais bem sucedidos atletas da modalidade na Espanha, além da suspensão, foi advertido e perdeu a medalha de prata conquistada no solo.

Estefânia de Souza

Uma das únicas mulheres flagradas no doping por uso de maconha, Estefânia do vôlei foi pega no exame em 2004. A ex-atacante defendia o Rexona Ades (atual Unilever) e sofreu uma punição bastante curiosa: teve que cumprir 20 dias de trabalho comunitário, uma pena leve e fora das regras internacionais.

Holger Fischer

A explicação menos convincente para o doping por maconha foi dada pelo alemão Holger Fischer. O tenista foi suspenso por três meses quando disputava um torneio na Suíça. Ele alegou que comeu alguns biscoitos em uma discoteca e que a erva era um dos ingredientes da suspeita bolachinha.
 

Thiago Silva

O UFC é um dos esportes que mais geram polêmica com o uso e defesa do consumo de maconha. O lutador paulistano Thiago Silva é um dos que admite o vício e já sofreu punição pela substância detectada no doping. Em 2012 ele foi pego no exame depois da disputa do UFC on Fuel TV 6, na China. Na ocasião o brasileiro venceu o búlgaro Stanislav Nedkov, mas foi suspenso por seis meses e recomendado para um programa de reabilitação. Em maio de 2013 voltou a treinar e integrou o card na final do TUF Brasil 2, realizado em julho. Thiago cumpriu o afastamento, mas continua admitindo que consome porque, segundo ele, não tem outros vícios e fumar o ajuda a relaxar.

 

Nate Diaz

Outro lutador do UFC que defende o uso é Nate Diaz. Ele é irmão do também integrante do UFC, o peso-médio Nick Diaz. Nate constantemente fala da droga nas redes sociais e foi através dela que se expressou sobre a suspensão de Pat Healy. Na edição 159, Pat venceu Jim Miller e foi o destaque como melhor luta e nocaute da noite. Perdeu todo o dinheiro da premiação, cerca de 100 milhões de dólares, ao ser pego no doping. Nate, também suspenso na ocasião, não deixou barato e foi para a internet reclamar. O UFC se pronunciou oficialmente depois do post lamentando os comentários do lutador.

Wilder Medina

A atual atacante do Santa Fé, da Colômbia, defendia o Tolima em 2011 e foi flagrado no doping. Ficou um ano afastado dos gramados e foi encaminhado para um programa de desintoxicação. Voltou a jogar em 2013 e foi artilheiro do campeonato colombiano. A superação para se livrar do vício é recorrente na carreira do jogador e, esta última, é considerada pelos fãs e mídia especializada como uma das mais recentes “ressurreições” de Medina.
 

Michael Phelps

Antes de se tornar o nadador com mais medalhas numa Olímpiada, em Londres 2012, Michael Phelps passou por um momento bastante difícil e desacreditado da carreira. Após garantir oito medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), o norte-americano estampou a capa do polêmico tablóide inglês News of the World. Na foto, o nadador aparecia fumando um bong – um dos objetos usados para consumir a maconha. A partir do episódio, além de muita confusão na mídia, seguiu-se uma série de tentativas de acordos para não divulgação de mais notícias e fotos feitas entre o jornal e a Octagon, agência de marketing que cuidava da imagem do atleta. Phelps admitiu que era ele mesmo na foto e pediu desculpas publicamente sobre o incidente.

Redação

5 Comentários

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  1. A questão maconha & esportes

    A questão maconha & esportes é puramente ideológica, dado que os efeitos da maconha em nada melhoram o desempenho esportivo.
    Existem, sim, drogas que aumentam a resistência, aceleram o metabolismo e a resposta muscular, e estas defendo que sejam proibidas com rigor. Sou favorável ao livre uso das drogas no dia a dia, mas se elas forem permitidas no esporte, tornaremos qualquer competição uma disputa de drogas, qual a mais potente, qual a mais eficiente, perdendo-se completamente o objetivo que é comparar corpos humanos na luta pelo desempenho máximo. Vamos ter competições de química, e não esporte.
    Mas em relação à maconha (ou a outras drogas narcóticas, que trazem sonolência e letargia ao usuário), a proibição é basicamente moral.

    1. Drogas de relaxamento

      Prezado,

      Há esportes, como arco e flecha ou tiro ao alvo, que necessitam de relaxamento, no lugar de adrenalina, para que sejam obtidos melhores resultados. Não digo que THC  seja o melhor agente dopante nestes casos, mas alerto que a questão de qual droga pode ser usada como doping é mais sutil do que parece. 

      Diuréticos são proibidos, por exemplo, pois sua função é, muitas vezes, mascarar o uso de outras drogas, ao aumentar a eliminação urinária e diluir e dificultar a detecção de tudo que possa vir na urina. Sim, eles podem ser usados também para perder peso de maneira acelerada, às vezes com consequências trágicas, mas sua proibição geral obedece o princípio de que seriam ‘drogas acessórias’ de outros processos dopantes.

      Abraços

  2. O corpo humano não foi

    O corpo humano não foi “feito” para o esporte (da forma que é praticado o esporte chamado de alto nível) pois é muito mais comum vermos os atletas, com pouca idade já com partes exigidas de seu corpo, detonadas. O corpo foi feito para o movimento, para o exercício. A droga não é saudável nem para o corpo, nem para a mente, nem para o cérebro, nem para os relacionamentos, nem para a economia, nem para a família (sociedade). Querer que as pessoas se droguem livremente, é desistir da humanidade.

    1. Por isso faça como eu e passe

      Por isso faça como eu e passe a defender a proibição de outras drogas como o alcool e o tabaco, que matam muito mais inclusive. sem falar dos diversos alucinógenos de farmácia que deveriam ser exterminados na minha opinião.

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