Parabéns Sampa!

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

Em 25 de janeiro de 1554 surgiu a povoação de São Paulo de Piratininga com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú, para melhor se proteger dos ataques dos índios. O colégio tinha, por finalidade, a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de Serra de Paranapiacaba. O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio, 25 de janeiro, é o mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Aí, a Companhia de Jesus criou seu posto avançado por acreditar ter encontrado o paraíso. Os índios eram os habitantes do paraíso, que de tão puros não conheciam nem à Deus. Cabia aos Jesuítas criar a fortaleza máxima do cristianismo, no local que não possuia desastres naturais, mas um clima ameno e agradável. Por não ter sido criada inicialmente para exportação de recursos, como todas as outras vilas haviam sido, São Paulo era então o estabelecimento mais pobre do país.

Célula-mater de São Paulo, Colina onde foi implantada São Paulo de Piratininga, os vales ao seu lado são formados pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú. O quadro é de Jean Baptist Debret, pintor, desenhista e professor francês que integrou a Missão Artística Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura.

A Avenida Paulista, foi criada no final do século XIX para abrigar paulistas que desejavam adquirir seu espaço na cidade que não estivesse localizado próximo às mais movimentadas localidades como a Praça da República, o bairro de Higienópolis e os Campos Elíseos. A Avenida Paulista foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima. Seu nome seria Avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, mas Lima declarou: Será Avenida Paulista, em homenagem aos paulistas.

A Estação da Luz foi construída no fim do século XIX com o objetivo de sediar a recém-criada Companhia São Paulo Railway, de origem britânica. Seu projeto é atribuído ao engenheiro inglês Henry Driver, sendo similar à ‘Flinders Street Station’, uma estação existente em Melbourne, Austrália.

O Mercado Municipal de São Paulo, ou Mercado Municipal da Cantareira foi inaugurado em 1933, e é um importante entreposto especializado na comercialização de produtos alimentícios. O edifício, em estilo eclético, foi construído pelo escritório do renomado arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, sendo o desenho das fachadas do italiano Felisberto Ranzini. Os 32 painéis, subdivididos em 72 magníficos vitrais é de autoria de Conrado Sorgenicht Filho e retratam o trabalho manual do colono no cultivo e na colheita.

O famoso Viaduto do Chá, o primeiro viaduto construído na cidade, localizado no Vale do Anhangabaú, foi idealizado em 1877. Onde se localiza o Teatro Municipal era a serraria do alemão Gustavo Sydow e logo depois havia a chácara do Barão de Itapetininga. O nome do viaduto derivou do Morro do Chá, onde ficava a chácara em que o Barão de Tatuí cultivava chá. Mais adiante, onde é o Largo do Arouche, o Marechal José Arouche de Toledo Rendon, primeiro diretor da Academia de Direito, também cultivava chá.

http://www.youtube.com/watch?v=YjpYyQ-l_2o

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