Resposta dos funcionários da Eletrobras: presidente Wilson Pinto mente

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Presidente da Eletrobras Wilson Pinto – Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

Jornal GGN – Associações e entidades representativas dos empregados das empresas Eletrobras enviaram nota ao GGN rebatendo as informações repassadas pelo presidente da estatal Wilson Pinto. Reproduzimos a íntegra da resposta a seguir: 
 

Sobre a matéria publicada no site GGN Online, do jornalista Luis Nassif, publicada em 10 de novembro de 2017, sob o título “Presidente da Eletrobras explica apoio à privatização“, as associações e entidades representativas dos empregados das empresas Eletrobras têm a dizer o seguinte:

1) O presidente da Eletrobras Wilson Pinto mente quando argumenta que as suas declarações contra a privatização foram dadas apenas no início do seu segundo mandato no ano de 2016. Um dia após o anúncio da decisão de privatizar a Eletrobras feito pelo Ministério de Minas e Energia, foi distribuída nota interna dirigida aos empregados em que o mesmo afirma que era contra a privatização da empresa e que o seu intuito sempre foi o de recuperá-la.


2) É inverídico o argumento apresentado pelo Sr. Wilson Pinto na nota encaminhada ao site GGN, como direito de resposta, uma vez que a Eletrobras se encontra em franco processo de recuperação econômica com valorização de suas ações e lucro expressivo no seu balanço nos dois últimos anos. Inclusive, a empresa possui créditos bilionários, como os referentes ao empréstimo compulsório, a serem ressarcidos pela União Federal e indenizaçôes a receber de seu maior acionista. Além disso, o valor patrimonial da Eletrobras é calculado em montante muito superior àquele que o Governo Federal estima obter com a sua incerta privatização. Cumpre lembrar que a empresa conta com recursos próprios e não depende do Tesouro para se manter.

3) Cumpre salientar que a Eletrobras possui um quadro técnico de empregados bem preparado e treinado capaz de responder efetivamente aos maiores desafios e às necessidades reais do país. Lembremos que foi o mesmo presidente da Eletrobras Wilson Pinto que em vídeo distribuído internamente nas empresas Eletrobras tentou se desculpar com os empregados por tê-los inadvertidamente chamado de “ineficientes”. É uma pena que não apresentou as suas desculpas publicamente nos mesmos veículos de imprensa e mídia que usou para ofender dolosamente os empregados.

4) Um presidente que mente sem nenhuma culpa e joga com as palavras irresponsavelmente como lhe convém, a depender da plateia que tem diante de si, com o único fim de enganar e desinformar a opinião pública e gerar falsas expectativas no mercado e nos investidores não merece o nosso respeito e o do povo brasileiro. A Eletrobras é estratégica para o futuro e o desenvolvimento econômico e social do País e só isso já é mais do que suficiente para  justificar sua permanência sob o controle direto do Estado brasileiro.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Apoio

    Todo apoio aos empregados da Eletrobrás. Todo apoio aos legítimos proprietários da Eletrobrás, o povo brasileiro. Esse governo não tem legitimidade para entregar mais esse patrimônio público ao capital privado e estatal estrangeiro. Nem argumentos plausíveis, de qualquer ponto de vista. Será, se consolidado, mais um crime de lesa pátria. Cadê o MPF, que não age? É cúmplice?

  2. Há um áudio que desmoraliza omentiroso

    Sugiro ao GGN enviar algum repórter (de preferência que seja pouco conhecido), para tentar obter informções de bastidores, como áudios e vídeos em que esse ocupante da presidência da Eletrobrás chama de “vagabundos” os empregados. Mais: FHC participou de uma reunião com esse “presidente da eletrobrás”  e ordenou que fizesse o que ele (FHC) não conseguiu: privatizar tudo (a preço vil, é claro). 

  3. Resposta dos funcionários da Eletrobras: presidente Wilson Pinto

    Mais uma privatização  criminosa a beneficiar os donos do poder.

    Vendem a preço vil e os créditos a receber quase pagam a conta. Os bacanas recebem mais uma dádiva do grupo de ladrões que nos governa com a cumplicidade de um stf diminuto e acovardado, ou interessado.

    Basta olhar para a sem-vergonhice da privatização fernandiana e a brutal entrega de patrimôno público. O montante que era para resolver a quebradeira provocada pela cara de pau de fhc sumiu, ninguem sabe ninguem viu.

    Entregaram a VALE por uns trocados.

    Agora numa situação em que os podres poderes mostram sua verdadeira face só podemos esperar o pior.

    Nesse conluio de canalhas, canalhas, canalhas, – onde não os há ? Executivo, Legislativo, Judiciário ? – quem perde é o país e seu povo roubado desde 1500.

  4. Em primeiro lugar, um sujeito

    Em primeiro lugar, um sujeito que aceita um cargo num governo de quadrilha de ladrões. Definitivamente não se dá ao respeito. Portanto, enquanto tal indivíduo chafurdar com porcos, que seja abastecido com a farinata pra suínos, do outro porco, o Dórea de S. Paulo.

    Orlando

  5. Acordem!

    O que me espanta até agora no criminoso desmonte do país e das estatais pelos ladrões que roubaram antes de tudo o poder constituído é a falta de divulgação dos nomes de TODOS os deputados e senadores que tem aprovado a entrega do patrimônio brasileiro aos estrangeiros em especial aos EUA. Por que sindicalistas, políticos de esquerda e democráticos não mostram nas redes sociais os nomes dos que tem aprovado tais medidas? Até agora o que tenho lido é que as medidas do governo entreguista tem sido aprovadas pelo Congresso. Quem aprovou? Vem aí eleições e ninguém sabe os nomes dos entreguistas.

  6. Inclusive, a empresa possui créditos…

    “…Inclusive, a empresa possui créditos bilionários, como os referentes ao empréstimo compulsório, a serem ressarcidos pela União…”

    Está aí no texto em destaque o motivo que levará a empresa a ser arrematada por valores vis: os créditos bilionários que possui e que, dia seguinte ao arremate, os receberá via decreto, medida provisória etc. e, ato continuo, se darão os repasses milionários das sinecuras previamente ajustadas.

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