Roubaram minha vida (julho 2009)


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Em seis anos de governo Lula, não se fala mais, no Brasil, em miseráveis. O Nordeste dispensou as esmolas natalinas do Sul maravilha e retém seus filhos por lá mesmo, onde agora há comida, saúde, educação, emprego. Os negros e os filhos das famílias pobres freqüentam milhares de universidades, que todos os anos formam milhões de profissionais competentes. As ofertas de emprego multiplicam-se. O salário mínimo passa de 200 dólares e o crédito é farto: qualquer assalariado pode comprar um carro novo. Cada brasileiro tem seu celular e um computador com acesso à internet. Os supermercados vendem incessantemente, 24 horas por dia, sete dias por semana. O Brasil vai tornar-se exportador de petróleo, é o maior produtor mundial de bioenergia, constrói incessantemente novas hidrelétricas, fabrica em quantidade todos os tipos de veículos, inclusive aviões. Quando o presidente de nosso país se dirige ao mundo, todos o ouvem com atenção e respeito. Suas idéias e propostas são aceitas e debatidas nos principais fóruns mundiais. O Brasil não tem dívida externa, empresta ao FMI e investe na América do Sul e na África. Os brasileiros orgulham-se do país em que vivem e a cidadania imbui suas consciências. Ninguém mais se refere com desprezo e amargura ao próprio país, como antes era tão comum. As crianças brasileiras agora têm a oportunidade de construir para si mesmas um futuro brilhante.

 

Eu não tive essa oportunidade. Minha família não teve. Meus filhos não tiveram. Se em 1964, ao invés de um golpe promovido por militares incompetentes açulados por empresários e políticos milionários, corruptos e preconceituosos, a elite que é dona da mídia brasileira, tivesse prevalecido um governo democrático, dedicado às causas populares, empenhado em melhorar as condições de vida da população, tudo teria sido diferente, melhor. Os governos se sucederiam dali em diante tentando superar as metas dos governos anteriores e a corrupção seria uma excrescência, uma anomalia. As benesses das quais desfrutamos agora seriam uma marca da sociedade brasileira já há 30, 40 anos. Então eu teria tido as oportunidades agora concedidas aos jovens. Minha vida teria sido mais produtiva e satisfatória. Meus filhos teriam sido criados em uma sociedade mais justa. Roubaram minha vida e não podem devolvê-la. Fomos todos roubados para sempre.

Redação

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