O Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) conseguiu uma vitória momentânea, afastando o juiz federal Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba, a da Lava Jato, após uma reunião de conciliação que ocorreu no Conselho Nacional de Justiça nesta quarta (18).
Foram meses e meses com redução de vencimentos, gastos extraordinários com advogados e viagens a Brasília, que tiraram o fôlego de Appio. Acabou aceitando a transferência para outra Vara, sob condição de não admitir culpa pelas alegações apresentadas pelo desembargador Marcelo Malucelli. Era isso ou arriscar perder o cargo.
Em um primeiro momento, é uma enorme derrota para a Justiça brasileira, com a mancha da suspeita enredando todos os desembargadores do TRF-4, dos profissionais aos que participaram da trama da Lava Jato.
Além disso, sem Appio à frente da 13ª Vara, haverá enorme dificuldade em rastrear os quase R$ 2 bilhões em multas, manipulados pela Lava Jato, e que ninguém sabe para onde foi. Continuarão sob sigilo os acordos de leniência, as tramas com a Transparência Internacional, as manobras para obrigar a Petrobras a pagar as autoridades americanas, só para a Lava Jato ficar com poder sobre parte relevante das multas.
O segundo tempo do jogo será o relatório da correição do Conselho Nacional de Justiça no TRF-4, sob responsabilidade do ministro Luiz Felipe Salomão.
Até agora o que se viu foi a promoção da juíza Gabriela Hardt e um seminário sobre lavagem de dinheiro reabilitando lavajatistas.
O mesmo ocorre na Procuradoria Geral da República, com uma PGR interina colocando lavajatistas em todos os postos chave.
Até agora, pelo que se sabe, o ministro Salomão levantou provas contundentes envolvendo desembargadores, o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato. Pelos sinais emitidos nos últimos dias, não parece que vai tergiversar, assim como o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, alvo de várias investidas dos lavajatistas.
O desfecho dessa correição será fundamental para trazer o judiciário de volta à institucionalidade, abandonada nos anos de lambança da Lava Jato.
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A podridão segue firme e forte, será que veremos isto acabar?
A ” dúvida” sobre o destino dos Bilhões que foram roubados pelo TRF4, não
ficará restrita somente a este Tribunal . Ela se estenderá a todo âmbito
da Justiça brasileira , inclusive o STF !!!
Ora, quem com um mínimo de neurônios ,já não se fez a pergunta;como pode
tanto dinheiro desaparecer sem contar com a participação de membros do STF ?
Esta espada estará para sempre no pescoço da Justiça !!!
Acabou em pizza. Quanto a Appio, comeu e vai continuar comendo o pão que o diabo amassou
O TRF4 quer enterrar o seu cadáver. Porém, o cheiro putredo do corpo estará sempre no ar, lembrando a parcialidade do colegiado nas suas decisões, especialmente na Lava-Jato. A história não será apagada, simplesmente varrendo a sujeira para debaixo do tapete da Justiça!
Sim, relevante perda para a Justiça. Preocupa também o dito (re)aparelhamento lavajatista da PGR, a angustiante demora em definir um(a) novo(a) PGR e a viabilidade em desaparelhar. Será que não há procuradoras (negras?) que possam afinal servir bem ao país neste importante cargo? Que nosso relevante jornalista “conje” de uma procuradora nos ajude a descobrir e entender…
Os maus venceram!
Penso que mais uma vez, o Brasil está sentindo Vergonha pelo péssimo exemplo que se confunde com a apologia ao crime. Entendo, também que a grande maioria da população se decepciona mais ainda com o Poder do Estado que, neste caso, indica uma possível submissão do judiciário federal ao TRF4, que inacreditavelmente depois de várias denúncias e suspeitas de práticas criminosas, se mantém imune, impune e com os poderes intactos, até o momento.
Então, eu suponho que o juiz Eduardo Appio percebeu que deva esperar pela quebra da estrutura que sustenta toda esse suposto cartel do corporativismo judiciário.