Da glória que há em se amar e buscar a verdade, por Eduardo Ram

Da glória absoluta que há em se amar e buscar a verdade com todas as nossas forças

por Eduardo Ramos

Desde muito criança me apaixonei pela verdade! Tornou-se junto a outras coisas, como o amor e erotismo, a paixão, as relações humanas, a arte, o belo, o esporte, a natureza, uma das paixões maiores em minha vida.

Ah, antes que julguem o escriba “metido a bonzinho por amar a verdade”, esclareço: tenho absoluta convicção que uma experiência – na época, tenebrosa, que causou um sofrimento indizível ao menino – tida com meu pai, em que os conceitos de mentira e verdade marcaram o menino e o homem para o resto de suas vidas, essa experiência dolorosa foi a maior responsável por essa paixão pela verdade.

Toda essa introdução para dizer que uma das coisas mais lindas que pode nos ocorrer é “NÃO SER REBANHO!”, é ter um tal amor à verdade, mas amá-la tanto, tanto, que nossa mente e o nosso coração passam a “intuí-la”, a enxergá-la, esteja onde esteja, MESMO EM ÉPOCAS EM QUE UMA SOCIEDADE, ENFERMA, SUCUMBA AO FANATISMO E ÀS MAIS TORPES MANIPULAÇÕES VINDAS DOS PODEROSOS!

Como foi – e segue sendo para milhões de cativos – na Lava Jato para uns e no bolsonarismo para outros.

Reler a pequena e desesperada – na época, meu Deus, como era desesperador ver e viver tudo aquilo… – reflexão que escrevi em agosto de 2018, me fez sorrir um sorriso sereno, um sorriso imenso, um “sorriso de vida”, daqueles que só podem sorrir aqueles que permaneceram firmes e fiéis à verdade dos fatos, à verdade da REALIDADE, no período mais insano, violento, incivilizado e desmoralizador do Brasil enquanto nação, provavelmente de toda a sua história: a semente de todo o mal, todo o horror, a semente da perversão total chamada bolsonarismo: a Lava Jato e suas características psíquicas e sociais degradantes, perversas, doentias, onde o ódio a um homem – Lula – uma mulher – Dilma – e seu partido – o PT – alcançou de modo obsessivo, cegante, fanatizante, a quase totalidade de nossas elites e classes médias. Um tempo em que Moro e Janot eram heróis, Dallagnol, “o servo de Deus lutando contra a corrupção petralha”, e tantas outras sandices de fazer corar as pedras…

Ver hoje onde estão os detratores de Lula, como são vistos, sua nudez, hipocrisia e mediocridade expostos como uma praia ao sol do meio dia, é algo inenarrável de tão agradável à alma dos que anseiam pelo que é justo, digno, verdadeiro. Ver essas coisas hoje, à luz daquele texto de cinco anos atrás, me alegrou, confirmou o que eu sabia: que estar ao lado da VERDADE, da JUSTIÇA, traz em si, uma recompensa que nenhuma outra pode superar.

Abaixo, o texto do homem triste e desesperado de 2018, que, como o menino aprendeu e se transformou através de um trauma, e assim influenciou o homem, a ver e amar a verdade, o texto que me faz celebrar essa glória única que só a verdade e a justiça podem nos trazer. Nem que leve algum tempo….

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..do que a História dirá sobre Lula preso…

Cada dia de Lula preso, para o que é justo e verdadeiro, para o que é digno, para a História como será contada, implica em vergonha, vexame e desonra para essa sociedade preconceituosa, ignara, narcísica, enferma, obscurecida…..

E muito mais vergonha, vexame e desonra para o juiz-psicopata-obcecado-indigno Sérgio Moro, para os procuradores da Lava Jato, para Rodrigo Janot e Raquel Dodge, para FHC, o invejoso-mor, o ressentido, para os desembargadores do TRF-4, para os irmãos Marinho, para todos os medíocres de toga e da política, enfim, que participam do massacre a um homem inocente…..

O “aquilo-que-é” de cada tempo, de cada espaço, de cada sociedade é irremovível, é inabalável, as farsas, o cinismo, a sordidez, nada podem contra ele…..

Lula sairá desse processo mais grandioso, mais mito do que nunca, seus detratores, que o trataram como inimigo a ser destruído, serão vistos num breve futuro, com o mesmo horror que olhamos para os racistas americanos da década de 60, para os nazistas alemães e assemelhados…..

É assim que é, é assim que será……

(22 de agosto de 2018)

(eduardo ramos)