Luís Nassif, o jornalista e a democracia, por Siro Darlan

Segundo Siro, desembargador garantista do TJRJ, quando esse pesadelo todo acabar, precisamos homenagear aqueles que resistiram com bravura

Jornalista Luis Nassif. | Imagem: Reprodução/GGN

da Tribunal Imprensa Livre

Luís Nassif, o jornalista e a democracia

por Siro Darlan*

Quando esse pesadelo todo acabar, precisamos homenagear aqueles que resistiram com bravura, e o jornalista Luís Nassif é um dos que deve encabeçar essa lista de heróis da resistência.

Por defender a democracia e ter sido sempre coerente, paga um preço muito caro sendo vítima de perseguições judiciais, morais e econômicas dos terroristas que atentam contra o devido processo legal e das elites que detestam os que se comprometem com as mudanças socias em favor de uma sociedade mais republicana e contra a exploração dos mais humildes no trabalho escravo e instrumentos persecutórios policiais e judiciais.

Desde sua trincheira no Jornal GGN, mantida com seus recursos, sempre atacados pelos abutres, tem a experiência de ter trabalhado nos grandes jornalões que se acham dono da opinião pública com muita garra do sangue italiano e libanês, que tanto contribuiu para a construção do Brasil, onde se destacou ganhando o Prêmio Esso de jornalismo. Como jurista foi o principal articulador na organização da Seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, que resultou na primeira manifestação pelos direitos do consumidor e do Sistema Financeiro de Habitação.

Sempre pioneiro, foi um dos apresentadores, ao lado de Paulo Markun e Silvia Poppovic com uma das primeiras experiências da TV independente na TV brasileira. Nassif foi ainda colunista de economia e comentarista econômico. Quando criou sua mídia própria e independente, o Jornal GGN, um jornal eletrônico para todos os Brasis com temas relevantes quase nunca abordados pela mídia convencional, ganhou seu próprio público em busca de uma saída para a mesmice do mercado midiático, cujo objetivo, além de servir a seus senhores capitalistas, é “fazer a cabeça do povo” através de notícias direcionadas para quem tem preguiça de pensar e prefere acreditar em tudo que é publicado pelos “donos do mercado da notícia” com os objetivos espúrios e antidemocráticos.

O Jornal GGN tornou-se uma cidadela da defesa da democracia com uma produção de conteúdo critico, a partir da construção coletiva de notícias ligadas à cidadania, política, economia, cultura e desenvolvimento, como propósito de aprofundar temas relevantes pouco abordados pela mídia convencional.

Por essa destemida e independente atuação profissional, Luís Nassif tem sido bombardeado desde os anos 90 com uma série de ações judiciais acusando de ofender a honra daqueles que corajosamente denuncia em suas colunas e lives.

Foram inúmeros os processos tentando calar sua voz, mas ele tem resistido a todos os seus delatores com firmeza e honradez, nunca cedendo aos ataques sempre coerente e corajoso. Nassif também sai em defesa daqueles que são atacados injustamente pelo sistema como fez comigo, quando acossado pela mídia “Global” escreveu um artigo, quando sequer o conhecia ainda, acusando O Globo de promover meu assassinato de reputação. Não satisfeito com sua guerra profissional, não se intimida em sair em defesa dos também atingidos pelo sistema importado dos Estados Unidos, através da gang de Curitiba para ser aplicado no Brasil do lawfare e das delações sob tortura.

Corajosamente tem denunciado o protagonismo do judiciário, afirmando que através do lawfare está constantemente e “juridicamente marcado para morrer”. Tem sido inúmeras vezes vítima de perseguições judiciárias que o atingem com condenações inexplicáveis por seu o jornalista sério e independente que denuncia os excessos no exercício dos poderes da República, como se fossem propriedade privada de seus aplicadores e agentes. Afirma que a aplicação do lawfare consiste em atingir as pessoas para que não atrapalhem os projetos deles. Toda vez que usou “sua caneta” para apontar irregularidades de políticos e magistrados foi intimidado com inquéritos policiais e ações judiciais.

Se ainda não ergueram Panteões para os Heróis da Imprensa Brasileira, onde certamente estarão Lima Barreto, Barbosa Lima Sobrinho e Hélio Fernandes, quando Luís Nassif, o jornalista da Democracia, nos deixar com vida muito longa e que será quando Deus quiser, e não seus detratores, deverá ocupar seu lugar nesse Panteão.

*SIRO DARLAN é Advogado e Jornalista; Editor e Diretor do Jornal Tribuna da imprensa Livre; Ex-juiz de Segundo Grau do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ); Especialista em Direito Penal Contemporâneo e Sistema Penitenciário pela ENFAM – Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados; Mestre em Saúde Pública, Justiça e Direitos Humanos na ENSP; Pós-graduado em Direito da Comunicação Social na Universidade de Coimbra (FDUC), Portugal; Coordenador Rio da Associação Juízes para a Democracia; Conselheiro Efetivo da Associação Brasileira de Imprensa; Conselheiro Benemérito do Clube de Regatas do Flamengo; Membro da Comissão da Verdade sobre a Escravidão da OAB-RJ; Membro da Comissão de Criminologia do IAB. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do Jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.

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Redação

1 Comentário

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  1. “Quando esse pesadelo todo acabar,”
    E VAI ACABAR? Ou ficaremos ainda por anos, talvez décadas, com a espada de Dâmocles na garganta? Os frotistas já começaram a pagar? Quem os financiou… como estão? Discursinho de como ter boas maneiras não convence essa raça de cão. Não esqueçamos: eles são supremacistas.

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