Sul de Gaza tem “paisagem apocalíptica” após nova invasão de Israel a hospital, declara Médicos Sem Fronteiras

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Israel diz ter “informações confiáveis” de que há corpos de reféns no complexo hospitalar. MSF pede fim imediato do ataque

Norte da Faixa de Gaza reduzida a escombros. | Foto: Flickr/ONU

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) invadiram o Complexo Médico Nasser, o maior hospital de Khan Younis, no sul de Gaza, nesta quinta-feira (15), enquanto intensificam os ataques aéreos na região.

Segundo as autoridades de saúde de Gaza, as tropas israelenses estão coordenando prisões em massa e expulsando deslocados que estavam abrigados no hospital. Além disso, pacientes também são forçados a deixar o local por um caminho estreito que só pode acomodar uma pessoa por vez.

Alguns relatos dão conta que a situação também é caótica fora do complexo, já que os civis que deixam o local se transformam em alvos de drones e franco-atiradores. O pátio do hospital está tomado por corpos desde o início desta manhã.

A organização internacional Médicos Sem Fronteiras afirmou que a atuação de Israel coloca para essas pessoas uma escolha impossível, entre ficar no hospital “e se tornar um alvo potencial” ou sair “para uma paisagem apocalíptica” de bombardeios, informou a Al Jazeera.

Nossa equipe médica teve que fugir do hospital, deixando pacientes para trás. As forças israelenses montaram um posto de controle para rastrear as pessoas que saíam do complexo; um de nossos colegas foi detido neste posto de controle”, publicou a entidade nas redes sociais.

Pedimos a eles que parem imediatamente com este ataque, pois ele coloca em risco a equipe médica e os pacientes que ainda estão presos dentro das instalações“, apelou o MSF.

Ataque injustificado

As Forças israelenses alegam que o ataque contra o complexo hospitalar é “preciso e limitado”, uma vez que há informações “confiáveis” de que combatentes do Hamas já havia mantido reféns nas instalações e que os corpos de sequestrados estavam lá.

O Hamas nega as acusações. Além disso, Israel não apresentou qualquer prova sobre o fato relatado, destacou reportagem da Al Jazeera.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 87 palestinos foram mortos e 104 feridos nas últimas 24 horas. Até o momento, a guerra já matou pelo menos 28.663 pessoas e feriu outras 68.395.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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