O Congresso Nacional do Peru aprovou a moção de vacância (destituição) do presidente Pedro Castillo e já convocou a vice-presidente do país, Dina Boluarte, para assumir o comando do país. A posse deve ocorrer ainda nesta quarta-feira (07/12).
Nas redes sociais, Boluarte também se colocou contra à decisão de Castillo, ao afirmar que o anúncio “é um golpe que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com estrito cumprimento da lei”.
Segundo Juanita Goebertus, diretora da divisão das Américas da Human Rights Watch, Castillo praticou um “autogolpe de Estado”, ressaltando que as instituições do país “devem lealdade à Constituição, e não a um presidente golpista”.
“A OEA (Organização dos Estados Americanos) desempenhou um papel lamentável nessa crise. Agora, os Estados membros devem invocar a Carta Democrática para impedir esta flagrante alteração da ordem constitucional”, ressalta Juanita.
A Defensoria do Peru também pediu a renúncia de Castillo, responsabilizando o presidente pela ruptura da ordem democrática do país.
“Os acontecimentos de que somos testemunhas, por parte do Governo de Pedro Castillo, já não abalam apenas o quadro institucional: destroem diretamente qualquer espaço de democracia em que diferentes vozes possam se encontrar e os cidadãos se vejam representados”, diz o comunicado, cuja íntegra pode ser lida clicando aqui.
As Forças Armadas e a Polícia Nacional peruana se colocaram contrárias à decisão de Castillo, ressaltando em comunicado conjunto que “qualquer ato contrário à ordem constitucional estabelecida, se constitui em uma infração à Constituição e gera o não acatamento por parte das Forças Armadas e da Polícia Nacional”. Veja íntegra do comunicado abaixo.
Com informações de El Comercio e Telesur
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Até que ele durou bastante no cargo.