Do Estadão
SÃO PAULO – BRASÍLIA – Em meio a questionamentos à política econômica do governo, a presidente Dilma Rousseff aproveitou uma entrevista ao site de notícias 247 para garantir que vai cumprir a meta fiscal em 2014, apesar de ser um ano eleitoral. “Eu assumo aqui um compromisso: a meta fiscal será cumprida não só neste ano, mas também em 2014”, disse a presidente.
“Comigo não tem essa história de gastança porque é ano eleitoral”, assegurou a presidente. Tradicionalmente, em todos os principais países, o mercado financeiro aposta em aumento de gastos em ano eleitoral, como parte do ciclo político.
Dilma também respondeu às críticas de que é hostil aos empresários e avisou que o Estado não vai se subordinar a eles. “No nosso governo, a relação é de cooperação com o empresário. Agora, nem o Estado pode querer subordinar o empresário, nem o empresário pode querer subordinar o Estado.”
A presidente fez questão de explicar o desequilíbrio das contas públicas, que já estaria superado. “Setembro foi um ponto fora da curva e isso já foi muito bem explicado pelo ministro (da Fazenda) Guido Mantega. Houve despesas extraordinárias, ligadas ao pagamento de abonos salariais, mas aquele número já ficou para trás. Outubro teve a maior arrecadação fiscal da história – mas isso, a gente sabe, né, não é notícia”, justificou a presidente, ao comemorar o pacto fiscal assinado com o Conselho Político, na terça-feira para evitar aprovação de novas despesas, pelo Congresso, sem lastro no Orçamento.
Concessões. Na entrevista, a presidente demonstrou confiança no resultado dos leilões dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), cujo resultado será conhecido nesta sexta-feira.
“Vai ter competição e acho que será muito forte”, comentou. “Conseguimos o que sempre buscamos: as maiores concessionárias de aeroportos do mundo, que irão transferir tecnologia, conhecimento e gestão nesse setor”, celebrou, ao destacar que, na montagem dos consórcios estão incluídos operadores de aeroportos de Cingapura, Holanda, França e Inglaterra, além de alguns grupos nacionais.
Os empresários têm travado uma guerra nos bastidores com a presidente Dilma desde o início do governo. Embora sejam ocasionalmente chamados para reuniões no Palácio do Planalto, os empresários se queixam da “mão pesada” da presidente na condução da economia e em exigências que consideram descabidas que travam os negócios e o andamento de projetos.
Por outro lado, Dilma acredita que o empresariado não fez a sua parte após as desonerações concedidas pelo Planalto. A presidente atribuiu “ao fogo inimigo” notícias de que estaria em guerra com o empresariado. “Diálogo aqui nunca faltou e nunca faltará. No nosso governo, a relação é de cooperação com o empresário.”
Jogo de pressões. De acordo com o portal, a presidente Dilma considera “coisa normal” o “chororô” do empresariado. “Antes dos leilões, é sempre assim mesmo. É um jogo de pressões”, afirmou, lembrando os processos das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. “O que eu vejo quase sempre é deságio em relação às tarifas, o que significa que os empresários calculam o risco e aceitam uma taxa de retorno menor do que a estabelecida nos próprios editais”, observou. “No caso dos aeroportos leiloados, os concessionários pagaram valores altos, assumiram grandes compromissos de investimento e não me consta que estejam perdendo dinheiro.”
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ah bom, ano que vem ela fara
ah bom, ano que vem ela fara o que é certo, num ano eleitoral!
e porque não fez esse ano? porque ano que vem por força da legislação eleitoral os gastos com mimos são obrigatoriamente reduzidos!
“2014 não terá ‘gastança’,
“2014 não terá ‘gastança’, diz Dilma”
Alguém acredita?
É a coisa ta feia. Nem no
É a coisa ta feia. Nem no Blog a Sr. Dilma da ibope….. Apenas 3 comentários.
Talvez se tivesse gastança
Talvez se tivesse gastança fosse melhor…