Grécia tem até domingo para apresentar medidas econômicas

Jornal GGNOs líderes da União Europeia deram até domingo para que a Grécia apresente um plano de medidas econômicas severas, se o país pretende evitar o calote e a saída do bloco. Eles também levantaram a possibilidade de um financiamento de curto prazo para ajudar no pagamento no dia 20 de julho.

Após a reunião com os líderes europeus, o premiê grego que o processo de negociação deve ser rápido e que “até o fim da semana” deverá existir uma solução.

Do Valor

UE dá até domingo para a Grécia aceitar exigências

Os líderes da zona do euro deram até domingo para a Grécia apresentar um plano de medidas econômicas mais severas, se o país quiser evitar o calote de sua dívida com o Banco Central Europeu e a saída do bloco da moeda comum.

Como incentivo para o acordo, os líderes levantaram a possibilidade de um financiamento de curto prazo para ajudar Atenas a cumprir o pagamento no dia 20 de julho e, mais importante para o premiê Alexis Tsipras, ações para um aliviar a pesada dívida grega.

Os obstáculos para um acordo que mantenha a Grécia na zona do euro, porém, continuam altos. Notavelmente, as reformas políticas e cortes no orçamento exigidos vão além daquilo que foi estrondosamente rejeitado pelos eleitores gregos no referendo de domingo.

A premiê alemã, Angela Merkel, disse, após a reunião de emergência de líderes da zona do euro, que é hora de a Grécia agir. “Naturalmente, ao fim, teremos de discutir como a sustentabilidade da dívida pode ser recriada, não dizendo primeiro ‘Como fechamos a lacuna?’, mas ‘O que a Grécia pode fazer?'”.

Ela acrescentou que o presidente do BCE, Mario Draghi, deixou claro na reunião que domingo será o “momento certo para tomar decisões” se a Grécia quiser evitar o colapso de seu sistema financeiro.

Tsipras disse, após a reunião, que o processo de negociação será rápido. “Creio que haverá solução até no máximo o fim de semana.”

Os líderes disseram que as linhas gerais de tal acordo precisam ser definidas em uma nova cúpula, no domingo, com os líderes de toda a União Europeia, incluindo os nove países que não estão no euro.

Se Atenas não conseguir pagar ao BCE os € 3,5 bilhões em títulos que vencem em menos de duas semanas, seria o segundo grande calote da Grécia em menos de um mês. O não pagamento poderia levar o BCE a cortar empréstimos de emergência aos bancos gregos, o que levaria ao colapso do sistema financeiro do país, forçando o governo a imprimir seu próprio dinheiro para recapitalizá­-los.

Os bancos gregos estão fechados ao público há mais de uma semana, depois que o BCE limitou os empréstimos emergenciais que estavam compensando uma fuga de depósitos. Os saques em caixas eletrônicos foram limitados a € 60 por dia, e correntistas não podem enviar dinheiro para fora do país.

Financiamento de curto prazo e a perspectiva de um acordo de resgate de longo prazo poderiam permitir que a Grécia e o BCE liberem a reabertura dos bancos, com a retomada da atividade econômica.

Para chegar lá, porém, o governo grego e Tsipras teriam de dar uma virada formidável. Além de cortes nas aposentadorias e alta de impostos, rejeitados no referendo, um novo pacote de resgate para manter o governo em funcionamento por dois a três anos exigiria reformas que estava, de fora das negociações nos últimos meses.

Tais reformas, disse Merkel, incluem mudanças nas leis trabalhistas que facilitem as demissões e a privatização de ativos estatais. “E é claro que tal programa de vários anos tem que conter mais compromissos”, acrescentou Merkel.

Só depois que isso estiver claro, os líderes estudarão formas de tornar a dívida da Grécia sustentável, disse Merkel, acrescentando que qualquer alívio de dívida não incluiria cortes no valor nominal dos empréstimos de resgate.

Mas as negociações sobre os detalhes de um plano final podem se arrastar por semanas.

“O acordo de curto prazo só seria possível em um acordo de longo prazo”, disse o presidente francês, François Hollande depois da reunião de ontem. “E há condições para o acordo de curto prazo.”

Fortalecido pelo referendo de domingo, o premiê Tsipras apresentar a seus 18 colegas da zona do euro uma proposta de financiamento temporário até o fim do mês, segundo uma autoridade grego. Isso daria à Grécia e credores mais tempo para negociar um acordo de financiamento de longo prazo e evitar o calote ao BCE.

Tsipras tinha a esperança de usar a influência de sua vitória no referendo para angariar apoio político suficiente durante a reunião que permitisse que o BCE mantivesse os financiamentos em vigor.

Ele levantou a possibilidade de um financiamento temporário para Merkel, o presidente francês, François Hollande, e Jean­-Claude Juncker, presidente da comissão executiva da UE, antes da reunião, disse a autoridade grega.

Se os novos compromissos de reforma de Tsipras são confiáveis, isso “eu não posso dizer hoje”, disse Merkel mais tarde.

Em reunião de ministros das Finanças ontem, o novo ministro grego, Euclid Tsakalotos, leu as propostas que o governo tinha apresentado na semana passada, disseram autoridades europeias.

Mas o desempenho do novo ministro suscitou algumas esperanças entre seus colegas de que as coisas tinham mudado. “Tsakalotos veio pela primeira vez a este encontro e ele adotou claramente uma postura moderada e construtiva de bom ouvinte, que acredito que foi apreciada por todos os seus colegas”, disse Pierre Moscovici, comissário de economia da UE.

Mas o desempenho do novo ministro suscitou algumas esperanças entre seus colegas de que as coisas tinham mudado. “Tsakalotos veio pela primeira vez a este encontro e ele adotou claramente uma postura moderada e construtiva de bom ouvinte, que acredito que foi apreciada por todos os seus colegas”, disse Pierre Moscovici, comissário de economia da UE.

Os líderes advertiram ontem que o fracasso de se chegar a um acordo poderia catapultar a Grécia para fora da moeda comum.

Temos um cenário de saída grega preparado em detalhe”, afirmou Juncker.

Redação

2 Comentários

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  1. A crise de uma união monetária e econômica terrivelmente conceb

    Yanis Varoufakis

    thoughts for the post-2008 world

    Reaching For Our Revolvers: How a United Europe defused its culture and divided its people

    Trinta e seis anos depois de euro-kitsch do de Giscard e Schmidt ‘peregrinação’, um continente que foi culturalmente unido (apesar confronto temperamentos, heranças das guerras, línguas diferentes, e até mesmo cortinas Ferro) está agora dividida por uma moeda comum. Com base em uma leitura absurda de conto de Esopo, segundo a qual todas as formigas vivem em protestante do Norte da Europa e todos os gafanhotos se reuniram no Sul (mais Irlanda!), A crise de uma união monetária e econômica terrivelmente concebido tem impulsionado núcleo da Europa para um estágio avançado de desintegração.

    ….A ironia do nosso momento presente é que a erradicação das fronteiras eo triunfo do Mercado Único ter desvalorizado e fragmentado bens culturais da Europa. Hoje, Weronika pode conseguir um contrato de gravação em Paris ou em Londres, mas sua música será “homogeneizados” dentro de um mercado global de música e arte que não conhece fronteiras e carece de um coração. Música, arte, teatro ainda estão sob a égide das forças de mercado, guiado por Bruxelas instituições financiadas, e ‘exibiu’ em exposições de grande sucesso, ou fortemente comercializado série de concertos, em que as estrelas são curadores pós-modernistas, condutores de celebridades e, claro , seus patrocinadores corporativos.
     

    …..”Na Itália há trinta anos sob os Borgias eles tinham guerra, terror, assassinato, derramamento de sangue. Eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e do Renascimento. Na Suíça eles tinham amor fraterno, que tinham 500 anos de democracia e paz. E o que foi que produzem? O relógio de cuco “.
     

    …..Na verdade, por que enviar as tropas de assalto em teatros e estúdios dos artistas quando, os burocratas, os leiloeiros e os curadores podem eliminar o potencial da cultura para a subversão política, transformando-o em um outro reino onde lúdico e subversão são negociadas no estoque cultural câmbio, ao lado de jóias, carros, gadgets e produtos financeiros derivados tóxicos?

    Por três décadas agora trocar valor foi limpando o chão limpo com qualquer outra forma de valor, incluindo o cultural. Desde a década de 1970 o financiamento foi subordinando indústria e do neoliberalismo nos convertidos para o novo credo que os mercados são fins em si mesmos, ao invés de meios para maiores extremidades. Assim, desenvolvemos uma incapacidade radical de pensar pensamentos que um passado mais confiante usado para permitir que: a de que não pode haver música e poesia valioso em seu próprio direito; esse valor pode muito bem ser irredutível ao preço; que, não, nem tudo é uma questão de oferta e procura; que a incapacidade de privatizar o cheiro de um prado na primavera não é um problema em busca de uma “solução técnica”.

    Enquanto mercantilização é um fenómeno global, que levou uma forma virulenta em particular na União Europeia

    Em vez disso, como os Estados-nação estavam recuando, uma burocracia totalmente antidemocrática, centralizado estava tomando. A emergência de um mercado gigantesco e uma burocracia colossal levou a uma aliança profana do valor de troca e decretos burocráticos em detrimento dos valores culturais e políticos que os europeus tão dolorosamente produzidos ao longo dos séculos.
     

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