Mesmo em meio a avalanche de evidências que enterram a versão de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PF) desconhecia atos preparatórios para o golpe, o político voltou a se vitimar na noite desta sexta-feira (9), um dia após a fase ostensiva da operação Tempus Veritatis, contra o gabinete que planejava um atentado à democracia.
Em entrevista concedida ao Jornal da Record, o político tentou emplacar as teses frágeis já permeada entre seus apoiadores, por exemplo a de que o país vive uma “ditadura do judiciário” e, por isso, “teme ser preso“. “Até você pode ser preso. Não tem mais Estado Democrático de Direito no Brasil. Não existe“, disse Bolsonaro, ao jornalista que conduzia a entrevista.
Isolado por determinação do relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente adotou um tom ameno para minimizar sua responsabilidade sobre os atos investigados. “Esse termo golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito… Olha é um crime falar disso ai“, afirmou.
Entre suas retóricas já conhecidas, também voltou a dizer que a invasão golpista das sedes dos Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, foi uma armadilha “da esquerda“. “Esse pessoal do 8 de janeiro, foram levados em uma armadilha da esquerda, mas o que aconteceu foi baderna. Ninguém tentou de forma violenta, usando armas, mudar o Estado Democrático de Direito“, disse.
Na esteira do assunto sobre prisão, o político chegou inclusive a se comparar com o presidente Lula (PT). “O meu processo não podia estar no Supremo. Tem que ser em primeira instância. Eu não tenho mais foro privilegiado. Onde o Lula foi julgado no caso do mensalão? Em Curitiba. Por que para mim tem que ser diferente?“, pontou.
Além disso, segundo Bolsonaro, o seu processo “está nas mãos de um núcleo menor de pessoas” e, sem citar Moraes, sugeriu que “o prazer dele é me ver numa pior um dia“.
Heleno na mira
Nesta sexta-feira (9), veio à tona a prova cabal contra Bolsonaro: a gravação de reunião ministerial, de julho de 2022, em que estimulou a adesão de ministros de Estado na sua empreitada golpista. O GGN teve acesso ao material e disponibilizou o vídeo completo no Youtube [assista a íntegra aqui].
O vídeo mostra que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, falou abertamente que usava de maneira ilegal a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar os “dois lados” das eleições presidências.
Na ocasião, o ministro chegou a ser interrompido por Bolsonaro, uma vez que o assunto – que ficou conhecido como o escândalo da “Abin paralela” – deveria ser tratado em “conversa particular“.
Bolsonaro, então, resolveu responsabilizar o aliado por qualquer ilegalidade cometida, a fim de se distanciar da tentativa de golpe, destacando inclusive que interrompeu o seu subordinado. “É o trabalho da inteligência dele, eu não tinha participação alguma. Raramente eu usava as inteligências das Forças Armadas, a própria Abin, a Polícia Federal”, disse.
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Então o Genocida arremedo de Ditador admite que usou o aparelho estatal para espionar à direita e esquerda: “Raramente eu usava as inteligências das Forças Armadas, a própria Abin, a Polícia Federal”.
O ‘raramente’ quer dizer ‘usei. CADEIA PARA GOLPISTAS.
Então o Genocida arremedo de Ditador admite que usou o aparelho estatal para espionar à direita e esquerda: “Raramente eu usava as inteligências das Forças Armadas, a própria Abin, a Polícia Federal”.
O ‘raramente’ quer dizer ‘usei. CADEIA PARA GOLPISTAS.
O prazer de todas as pessoas normais é ver esse imbecil numa pior.