Mercado reage bem ao destravamento fiscal

Autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o advogado Miguel Reali Jr estava ao telefone com a jornalista Sonia Racy quando recebeu a notícia do encaminhamento dado por Eduardo Cunha. Sua reação foi imediata: “O deputado guardou isso longo tempo como moeda de troca. Eu confiava no valor do nosso trabalho. Ele não merecia esse tratamento”.

Ontem a Bolsa de Valores subiu e o dólar caiu. Houve quem interpretasse como reação ao pedido de impeachment.

Evidente que não foi.

A Bolsa sobe no fato, no desfecho.

Por mais que o governo de Dilma seja medíocre, se houvesse uma aposta do mercado na viabilidade do pedido, a esta altura a Bolsa estaria caindo devido ao previsível período de turbulência que se seguiria.

O fator preponderante foi o destravamento da questão fiscal e dos impasses que colocaram o país à mercê de um chantagista. E a comprovação de que gradativamente o governo começa a reagrupar sua base de apoio.

***

É suficiente? É evidente que não.

A economia continua afundando em ritmo inédito.

Ontem, dados divulgados pelo IBGE mostrava a queda contínua da indústria de transformação. Em relação a outubro do ano passado, houve queda de 32,6% na produção de bens de capital e 28,7% em bens de consumo duráveis.

As causas são conhecidas.

Conforme o boletim do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a queda se deve ao “esfacelamento da confiança do empresariado, diante de um ambiente político e econômico cada vez mais nebuloso, a elevação dos juros e a contração do crédito, o grande encolhimento do investimento público, da Petrobras e do complexo da construção pesada, além, da baixa disposição de consumir e redução da renda das famílias, têm produzido um efeito devastador sobre essas categorias”.

Dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, 16 tiveram queda superior a 10% em relação ao mesmo mês de 2014.

***

O desafio volta-se mais uma vez para a economia.

Os episódios de ontem devolveram a Dilma a capacidade de gerir a política econômica. Aprovado o CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), deslinda-se parte do nó fiscal, que ameaça paralisar estados e municípios em 2016.

***

Nos próximos meses, o impeachment pairará como uma espada de Dâmocles sobre o governo. O que definirá o resultado serão as expectativas econômicas no próximo ano.

Com o pacote fiscal, Dilma ganha condições de governabilidade. Mas é pouco.

Mas não há nenhuma garantia de que será bem-sucedida. Uma reversão nas expectativas de médio prazo exigiria uma mudança radical de postura da presidente, algo do qual ela não se mostrou capaz nesses anos todos, apesar dos persistentes avisos recebidos do front econômico e político.

Até agora não há plano de voo, nem econômico, nem político.

***

A crise política da Petrobras durou seis meses a mais do que o necessário, até que a diretoria fosse trocada. Saravá, Bendine!

A crise política do governo prolongou-se oito meses a mais, até ser trocada a articulação política. Saravá, Jacques Wagner!

A recessão vai durar até o limite do esgarçamento social, até se mudar a política monetária do Banco Central.

Deus é brasileiro, mas nem sua divina paciência, nem a legião de santos protetores poderá ser eternamente invocada para resolver crises de teimosia. É aproveitar a oportunidade aberta e começar a governar.

Luis Nassif

72 Comentários

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    1. Ótima, Fernando,

      somente poderia vir de você.

      Inclusive o desastre das muitas idiotices que se lê aqui.

      Hoje cedo, vindo para o trabalho, na companhia da minha querida rádio USP (Saravá, Moisés da Rocha!), percebi a voz de certo José Álvaro (em homenagem ao do “samba pede passagem” evitarei citar o sobrenome), um tucano/serrista histórico falando de “auge da ingovernabilidade” para justificar o ato do chantagista bico-fino. Esperto, sabe que somente algo assim intangível, subjetivo, inflado pela mídia golpista, poderá levar o processo adiante. Vai se ferrar, palavra que se estivéssemos em algum de nossos botecos poderíamos fazer mais forte e justa.  

  1. Acabo de assistir a análise

    Acabo de assistir a análise do Sardenberg no Jornal da Globo. Nem preciso expressar em quais termos, mas já se sabe que a bolsa subiu porque o mercado entende a “viabilidade do impeachment”. Sinceramente, é boçal. Ou vivemos num país de burros, ou de cínicos.

    1. Outro dia o André Araújo

      Outro dia o André Araújo insinuou que o sardemberg é um burro.

      Talvez seja somente um serviçal que fala o que o patrão manda. Talvez seja burro mesmo. O mais provável é que seja as duas coisas.

  2. Mudanças ? Não ainda

    Existem muitos ainda que estão confortáveis com a atual situação.

    Banqueiros, donos de veículos de comunicação de massa, grandes latifundiários e muitos outros.

    O ambiente de mudanças ainda não se configurou nem amadureceu. Por enquanto estão caindo os operadores de segunda e terceira ordem, sem os de primeira se sentirem ameaçados ou mesmo desconfortáveis o clima propício para as mudanças não aparecerá.

    Quando um Setubal, ou Marinho estiverem em Bangu ai sim.

  3. Não é Nassif porque

    Não é Nassif porque o destravamento da questão fiscal era certo que aconteceria, a novidade é o pedido de impedimento.

    Este governo não tem mais credibilidade e legitimidade para continuar no poder.

    Só o fato do impedimento ter algum encaminhamento deu uma melhora no ânimo do país.

    Alguma esperança se deu para o país agora,  falta completar o processo.

     

    1. Dinheiro não tem ideologia.
      A bolsa sobe diante do risco de um empeachment?
      De que teoria econômica você tirou isso?
      A bolsa sobe quando há perspectiva de crescimento e para crescimento é necessário normalidade.

      1. Normalidade voltará com Temer na presidencia…

        E para voltarmos a normalidade, só com a saida desta incompentente, e sua substituição por Temer….é isto que o mercado espera…. Não tenha dúvidas, com a saida de Dilma, teremos um ciclo de crescimento, prosperidade, redução das desigualdades.

        1. Engraçado

          O PMDB está no poder desde 1986. Já foi maioria absoluta nas duas casas e, ainda, com todos os Governadores do Brasil, exceto Pernambuco. pelo que começa a ser observado, os erros do PT são fichinha do lado da gatunagem permanente do PMDB, há 30 anos.

          Se é isso o que o mercado espera, então pode ficar esperando. 

          1. Errado

            Discute-se aqui a falta de proposta efetiva do PMDB, o qual, mesmo acom ampla maioria, não soube direcionar o Brasil para um rumo melhor, economica e socialmente. 

        2. Tá falando sério?

          Eu entendi seu comentário como uma colocação irônica, obviamente querendo significar exatamente uma crítica a este tipo de pensamento.

          Neste ano surreal, algo que tenho visto com frequencia, entre pessoas simples de pouco estudo e outras nem tanto pois de formação universitária, é este pensamento obtuso, digno de mentes limitadas.

          Creio que por martelamento diário da mídia e por um trabalho bem articulado da oposição através das redes sociais e trollagem paga, criou-se este mantra.

          Numa sociedade altamente complexa, com um jogo de forças e interesses diversos, creditar todo este poder á Dilma é de um simplismo intelectual rudimentar. 

          Credite-se à presidência da República a sua cota de responsabilidade no tocante às diretrizes e orientação quanto à economia e prioridades orçamentárias. E também ao discurso e enfrentamento político.

          Agora, supor que a simples substituição da figura que ocupa a cadeira da presidência irá no contexto polítco e econômco atual funcionar como um “pó de pirlimpimpim” mágico e tudo vai se tornar um paraíso, é desconhecer a baixa qualidade de homens do Congresso Nacional, a atitude típica do empresariado brasileiro, a sordidez da nossa mídia monopolizada, a passividade de grande parte da população, nosso nível deficiente de escolarização e baixa formação  política do povo.

          Creia-me, não entendo como tantos cederam tão facilmente a esta falácia.

  4. Nassif, com U$S 370 bilhões

    Nassif, com U$S 370 bilhões em reservas, uma das maiores do mundo, aplicadas no tesouro americano, com taxa perto de zero, por quê o banco central brasileiro não vende parte dessas reservas para resolver o problema fiscal brasileiro e usar estas reservas para financiar projetos de infraestrutura para impulsionar a economia ou mesmo usar os bancos públicos para destravar o crédito?

     

  5. Quem tem que cair primeiro? Inflação ou os Juros escorchantes?

    A eterna malemolência dos Comandantes da Economia quando a decição é baixar juros mais  o terrorismo dos rentistas e a obediência cega destes mesmos Agentes da Economia na corrida pelo aumento dos juros diante de qualquer espirro inflacionário explica 90 por cento dos problemas econômicos brasileiros.

    A Política de Juros dos sucessivos Governos rouba a maior parte dos impostos pagos pela sociedade, mas, os sacanas dos Acadêmicos e os safados dos rentistas e da Porca-Mídia criminosamente escondem esse fator  quando criticam o tamanho dos impostos.

    Pagamento dos juros escorchantes é igual “Transfusão de sangue do atropelado pro atropelador”.

    O  BCP Pactual resolveu rapidinho a separação de um Dirigente preso com a administração do Banco.

    Porquê a vida das Empreiteras encalacradas na Lavajato tá travada até hoje?

    Porquê a grande maioria dos Líderes políticos tá Kgando e andando com isso e com os mais de um milhao de empregos perdidos ?

    A diferença entre parar e girar a economia é recessão , desemprego e falta de perspectiva ou prospecção sobre o fututo da vida das pessoas , empresas e Governos(Federal, Estadual e Municipal).A gravidade dessa situação deveria mobilizar a todos mas , estamos embriagados e só na torcida sobre a vida de um Bandido achacador , uma Presidente eleita democráticamente e uma obsseção louca da oposição em manter um terceiro turno e apostar no caos.  

     

  6. O principal ‘se’ nessa

    O principal ‘se’ nessa análise do post é a aprovação da cpmf. Comparado a um doente, o Brasil é como se fosse uma pessoa com tumor que está com anemia profunda . O primeiro e essencial é receber sangue o mais rápido possível para ela ter condições de aguentar a quimio. E a cpmf é esse sangue, pois é o imposto que assim que aprovado já vai entrando dinheiro no caixa do governo. Mas ele não foi aprovado. E não vejo que, agora, ele tenha chance de ser aprovado. Bendine e Wagner são os únicos acertos em 5 anos de governo. É um indíce ridículo. Mas bato na mesma tecla: país grande aguenta até governante medíocre. A saída de Dilma em primeiro de janeiro de 2019 provará que aqui não é uma republica de bananas tamanho família. 

  7. Temos também que ver se Michel conspira ou sempre conspirou !

    Os movimentos do Vice-Presidente sempre cheirou a trairagem.

    Essa suspeita é aterrorizante , pois ele tá  dentro do Governo sabendo de tudo e e podendo mostrar todos os passos pra Oposição e ir conspirando e manobrando.. 

    O perigo mora ao lado?

  8. Nassif, Deus é muito

    Nassif, Deus é muito brasileiro, apesar do papa Francisco ser argentino ( e graças a deus que foi ele e não o bispo do Brasil que concorria e que ainda bem esqueci até o nome -rs ). Lembre-se de que há uns meses atrás, o Brasil tinha uma chance nada desprezível de ter Cunha como presidente da república por 100 dias ! Imagina o que esse crápula não faria com o país. 

  9. Nunca um governo teve tantas

    Nunca um governo teve tantas oportunidades de se reconciliar com suas bases e movimentos aproximados como o de Dilma. Nunca um governo desperdiçou tantas oportunidades quanto o governo dela. O cavalo encilhado passou inúmeras vezes ao largo. A água do rio – que não mais volta – tantas vezes passou. Dilma sempre perdeu as oportunidades. Mais uma vez isso acontecerá??? A nossa esperança é de que dessa vez, ela se reconciliará. Nunca se pode perder a esperança.

    1. Isso mesmo

      É boa hora para dar as caras, unir as esquerdas e retomar o sonho. Se não der, paciência, pois prefiro viver sonhando por um Brasil melhor. Apenas que não basta a tal de “reconciliação”, mas também, peitar o PIG o STF e todos os poderes paralelos que sofocam as aspirações legítimas do povo. De punho em alto.

  10. juros da dívida e reservas internacionais

    Colocarei um fato e uma opinião.

    1 – O custo dos juros altos pagos pelo governo

    Uma selic de 14,5% é um desatino. Mas os custos reais decorrentes dessa selic são muito menores do que os propalados nos blogues governistas. Com uma inflação de 10%, os juros reais são de 4,5%, e isso é o que interessa, pois os outros 10% resultam em abatimento da dívida real. Considerando uma dívida pública de US$2,7 trilhões, temos juros reais de R$121,5 bilhões no ano. Sobre esses juros, incide IR dependente do tipo e do prazo da aplicação. Numa avaliação grosseira, estimo uma alíquota média de 20% de IR, com o que o governo recebe de volta R$24,3 bilhões. Chega-se assim a uma estimativa do custo dos juros para o tesouro: US$97,2 bilhões. Se os juros reais fossem reduzidos à metade (taxa selic de 12,25%), os gastos reais seriam de US$48,6 bilhões, algo bem aceitável. 

    2 – Aplicação de parte das reservas em infraestrutura.

    O Brasil tem US$369 bilhões em reservas internacionais, que lucram juros ínfimos. No período em que o câmbio foi artificialmente apreciado, o que gerava um défict em contas correntes externas  acima de US$100 bilhões/ano, essas reservas altíssimas eram talvez imprescindíveis. Mas a recuperação do Brasil, que passa também pelo equilíbrio das contas externas, exige o Real muito menos apreciado (dólar a 4 reais, digamos). Nesse caso, seria seguro reduzir as reservas à metade. O governo teria em mãos quase US$185 bilhões para gastar em infraestrurura. Obviamente não se pode cair na tentação de usar esse dinheiro para cobrir o déficit fiscal. Este tem de ser ajustado com  a CPMF e a queda na taxa de juros, além de corte na gordura dos gastos, pois que há gordura é inegável.

    A retomada dos investimentos em infraestrurura geraria emprego muito considerável, o que rapidamente melhoraria a situação fiscal e traria de volta os investimentos privados. Seria viável ter superavit primário, o que gera redução da dívida real.

    1. Daniel
      explique esse

      Daniel

      explique esse paradoxo: blogs governistas criticando o governo por causa dos juros do BC, cujo presidente faz parte do governo e cuja política monetária é endossada pelo governo.

      Não haveria definições mais precisas para identificar grupos de pensamento?

      1. não vejo paradoxo

        Nassif, não vejo nenhum paradoxo na questão. Eu disse:

         Mas os custos reais decorrentes dessa selic são muito menores do que os propalados nos blogues governistas.

        Foi dito simplesmente que os blogues superdimensonam o custo da dívida, não que eles criticam as políticas do BC, ógão do governo. 

        Mas vale acrescentar que você, um bloguista do governo, critica os altos valores da selic, a meu ver com acerto. Ser governista e criticar o governo não é paradoxal.

          1. Raciocínio de Mercado

            Aliança, esse é um raciocínio de mercado, considerando que se mantenham aquelas regras do jogo.

            Nestes dias tirei minha empresa (e a minha conta pessoal de juros elevados e até de cheque especial, renegociando com boas taxas num prazo mais adequado para mim.

            No caso, Brasil deverá ter maioria no congresso, para poder peitar esta situação. Nos tempos de hoje, com aquela torre de babel de 40 partidos políticos – ou mais – somando os poderes paralelos, um Governo comum não teria como enfrentar esta situação.

          2. A coisa é mais simples que se

            A coisa é mais simples que se pensa Alexis.

            O governo confisca parte da poupança com os impostos.

            Como este confisco é insuficiente para dar conta, ele se financia novamente com a poupança interna e externa.

            Sobra pouco para financiar as atividades privadas por isso os juros elevados no Brasil.Não é porque os capitalistas são “malvadinhos”.

            O governo absorve mais recursos que a população consegue gerar. 

          3. Não concordo

            O Estado “mínimo” somente irá aumentar a colonização do Brasil.

            O Estado, em nome do povo, gasta aqui, por pouco que seja. Isso gira e retorna como PIB

            O brasileiro rico gasta em Miami (pode perguntar ao Ministro Barbosa). O povo cheiroso gasta tudo fora, deixando apenas dinheiro para a água de coco e a bandeira que usa na rua para reclamar do Governo.

    2. Dívida exponencial

      Olá, Daniel Klein!

      Interessante seu comentário, porém permita-me um crítica conceitual. Você baseia seu raciocínio em uma premissa de crescimento econômico é constante. Mais e mais economistas (se houver interesse posso citar alguns) questionam a possibilidade do crescimento da economia ser constante e contínuo. O mais lógico é que o excepcional crescimento que ocorreu no século XX jamais volte a acontecer na história da humanidade, mais detalhes no artigo de Robert J. Gordon, professor da Northwestern University.

      Além de fatores econômicos, a matemática desmonta a possibilidade do crescimento infinito. O crescimento econômico medido pelo PIB (em qualquer de suas variações) cresce de forma exponencial, isto é, obedece a função f(x) = a**x. Para que a sua premissa seja verdadedeira, a condiciononante chave é “a > 0”. Todos sabemos onde leva esta função. Basta lembrar a “fábula” do rei indiano e seu sábio. Ao realizar uma proeza qualquer o rei disse ao sábio que pedisse como recompensa o que quisesse. O sábio aparentando humildade soliciou que o rei colocasse um grão de arroz na primeira casa de um tabuleiro de xadrez; dois grãos na segunda casa; quatro na terceira a assim por diante. O rei ficou imprencionado com a humildade de sábio e prontamente chamou seus assessores para pagar tão humilde gesto. Porém ele não imaginava o f(x) = a**2 poderia levar. Rapidamento todo o estoque de arroz do reino estava comprometido.

       Quando você afirma que “Se os juros reais fossem reduzidos à metade (taxa selic de 12,25%), os gastos reais seriam de US$48,6 bilhões, algo bem aceitável.” você desconsidera que para a matemática o conceito de “juros reais” são uma ficção sem nenhum significado matemático, pois a dívida ira crescer sobre o total e não sobre esta ficção inventada por economistas pouco afeitos a matemática, o juros reais.

      Além do mais, a matemática também afirma: nenhum subsistema pode crescer indefinidamente dentro de um sistema finito. O planeta é um sistema finito e, portanto, a economia não pode crescer de forma indefinida e infinitamente dentro de um sistema finito.

      Concluindo: o problema da dívida brasileira é o mais sério problema que enfrentamos. Serão necessárias várias gerações para resolvê-lo, então sugiro maquiavelicamente que os economistas do main stream vão para a frente das escolas e expliquem os estudantes do ensino médio que ele não terão nenhum futuro. Suas vidas serão dedicadas a pagar a dívida que nosso Benco Central contrai hoje.

       

      Antonio Carlos Gonçalves

      1. Daniel,
        vejo falhas nas três

        Daniel,

        vejo falhas nas três afirmações usadas como premissas pel seu questionamento:

         

        Você baseia seu raciocínio em uma premissa de crescimento econômico é constante.

        Não afirmei isso, e a afirmação não é importante para as minhas prposições

         

        juros reais” são uma ficção sem nenhum significado matemático, pois a dívida ira crescer sobre o total e não sobre esta ficção inventada por economistas pouco afeitos a matemática, o juros reais.

        Juros reais têm um significado matemático preciso. Se você paga juros de x e a moeda desvaloriza de y, o aumento real da sua dívida será x – y,mesmo que não desembolse um tostão para pagar os juros. Esse valor (x – y) representa os juros reais. Usando a sua notação matemática, o aumento real da dívida crescerá  na forma D = Do**(x-y).t, onde Do é a dívida inicia e t é o tempol. Se x=y, a dívida real permnece constante

        nenhum subsistema pode crescer indefinidamente dentro de um sistema finito. O planeta é um sistema finito e, portanto, a economia não pode crescer de forma indefinida e infinitamente dentro de um sistema finito.

        Esse foi o argumento do Grupo de Roma, que nos anos 1970 negou o direito de os países pobres crescerem. Em primeiro lugar, o que não “poderia” crescer indefinidamente é o sistema, não um dos seus subsistemas. Em segundo lugar, cada vez menos crescimento é proporcional à demanda sobre o ambiente. O que mais cresce no mundo contemporêneo são os serviços, pouco demandantes de matérias primas. A demanda da saúde e da educação sobre o meio ambiente são mínimas. Em segundo,  recursos naturais são um conceito cultural, não um conceito físico. A quantidade de energia renovável é essencialmente ilimitada, na escala das necessidades humanas. Recursos minerais são recicláveis. Além do mais, aumentam quando a tecnologia torna viável exploração de jazidas com teores cada vez menores. Quase todos os minerais do planeta são essencialmente inesgotáveis. A única coisa fisicamente finita da Terra é a atmosfera onde são  jogados os gases de efeito estufa, daí a necessidade de priorizar as energias renováveis

        1. Dívida exponencial

          Olá, Daniel Klein!

          Muito obrigado por sua resposta de alto nível, porém baseado na premissa que toda discussão leva ao crescimento do conhecimento, ouso a retrucar.

          1. Realmente você não afirmou que o crescimento econômico deveria ser constante, porém sem essa premissa seu raciocínio não fecha. Por isso coloquei a questão como “premissa”;

          2. A respeito dos “juros reais” você escreveu: Com uma inflação de 10%, os juros reais são de 4,5%, e isso é o que interessa, pois os outros 10% resultam em abatimento da dívida real. Em sua resposta este conceito é utilizado de forma diferente. Eu concordo com você sobre a estabilidade da dívida se houvesse o pagamento de 10% do principal + os juros todos os anos. Não é o que acontece. A inflação é outra figura de ficção criada pelos economistas. Ficção pois não atinge todos os atores econômicos da mesma forma. Se o preço do tomate sobe 30% em função de uma acontecimento climático este valor é captado pelos índices de inflação e transposto integralmente para a dívida através da alta da SELIC. Sessenta dias depois o preço do tomate volta ao preço anterior e baixa 30%. Este movimento também é captadopelos índices de inflação, porém “Inês é morta” aquela alta pontual já impactou os juros e não será devolvida. Muitos paises trabalham com o núcleo da inflação, outra figura de ficção, porém mais próxima da realidade. Entre nós esta racionalidade é proibida, devido as relações promíscuas entre aqueles que deveriam cuidar da moeda e o tal “mercado”. Assim continuo a discordar do que você escreveu em seu post original, pois uma inflação de 10% ao ano não esteriliza dívida, pelo contrário, aumenta. Se o que você pensa está na sua réplica, eu concordo.

          3. “nenhum subsistema pode crescer indefinidamente dentro de um sistema finito.” Este é um conceito matemático, muito embora tenha sido utilizado pelo Clube de Roma no início década de 70 do século passado. Se você reler o relatório do Clube de Roma e suas atualizações posteriores feitas pela Donella Meadows verá que muita coisa que ali se encontra é super atual. Acho que seria interessante rever o Clube de Roma dentro deste blog, inclusive discutir aquilo que seus críticos mais atacam: o neo malthusianismo.

          Antonio Carlos Gonçalves

  11. Para mim o fato da bolsa não

    Para mim o fato da bolsa não ter caído vertiginosamente após o encaminhamento do impeachment demonstra de maneira clara que o mercado não dá um tostão furado por essa jogada do Cunha.

    Nem a oposição está conseguindo embarcar nisso direito. O FHC ainda não falou nada, incrível! O Aécio depois da empolgação inicial, quer que se retome o impeachment depois do carnaval. Quem sabe com outro alguém no lugar do Cunha. Ou este disfarçado de Pierrot.

    O próprio autor da peça está constrangido. E provavelmente os filhos do Bicudo trancaram o velho no asilo para ele não falar besteira e comprometer ainda mais sua biografia.

    É claro que a oposição vai tentar “descunhizar” o impeachment. Mas o governo terá condições de compor com o PMDB e eleger um novo presidente da camara não golpista. O Wagner está lá, não o Mercadante.

    Agora, o Janot ou o STF deveria fazer-nos o favor e recolher logo esse elemento para seu devido lugar, a cadeia. Mas não na cela do Delcídio, senão os dois vão ficar de mil armações com delações premiadas para esculhambar a república de uma vez

  12. Se continuar subindo os

    Se continuar subindo os juros, não tem pacote fiscal que vença. A sociedade não aguenta mais ser burro de carga dos bancos e seus prepostos no BC.

  13. Donde se conclue que:
    1- Deus

    Donde se conclue que:

    1- Deus é Brasileiro

    2- O Papa é Argentino

    3- O Congresso nunca pensou no país

    4- O Vasco cai.

    5- O Mundo gira, a Luzitânia Roda

    6- A Presidente não sabe governar

     

  14. Banalidade

    O que o executivo federal não pode é tornar banais auterações na Lei do Orçamento.

    Achar que o país teria um superavit de 50 bilhões de reais ao final de 2015, foi um erro de planejamento grave.

    O orçamento da União de 2015 parece uma obra de ficção, de um governo desinformado ou mal intencionado.

    É preciso se estabelecer regras mais rígidas para alterar a Lei do Orçamento. 

  15. O mercado de capitais

    O mercado de capitais brasileiro, de um protagonismo sofisticado que se esperaria em um modo de produção globalizado, virou a turminha da bagunça, inexpressivo e amador. Taí um mercado que merece abertura e concorrência imediata.

  16. Imaginem o Japão pagando 4,5 de juros reais e em recessão?

    Se pegar-mos grandes e aspequenas economias ninguém paga esses juros escorchantes.

    Tem um mundo de gente: Empresários, corruptos, banqueiros, previdências privadas pindurado nessa mamadeira cheia de leite. A estrutura socio-econômica do Brasil tá viciada nessa droga, isso é pior que crack.

    Pegem anos e anos de altos juros e tem-se a maior distorção da economia Brasileira.

    “Essa jabuticaba é muito azeda , embrulha o estômago e causa espasmos”.

  17. As grandes economias quando emperram tem juros negativos

    Os juros reais considerados decentes nunca passam de dois por cento

    Aplicássemos isso no Brasil teríamos esse ano um alívio de mais ou menos setenta bilhôes. Quaze duas CPMFs.

    jurodojurododjurodojuro, Juro por Deus nunmguentomais.

    Some-se a tudo isso a disseminação do assalto chamado cartão de crédito e cheque especial,sobre dezenas de milhoes de incaltos.  aíi sim . O Brasil é muito forte mas tudo tem limites.

    E pensar que o Banco Central e Bancos estatais estam envolvidos nessa usurpação. 

    Aí é demais. 

  18. Não acredito em recuperação

    Não acredito numa recuperação total da economia a curto e médio prazo.

    O governo, ainda que haja uma recomposição parlamentar, não apresenta coerência, coesão.

    Ainda que a Dilma tenha agora um ministro que tem mais habilidade política para diminuir os conflitos entre os poderes Legislativo e Executivo, o PT, a presidente, não tem mais condições plenas de gerir o Brasil.

    As investigações do Lava Jato continuam e há a possibilidade de outros escândalos virem à tona.

    Todo esse panorama afeta o setor privado. Insegurança, falta de entendimento entre os gestores.

    Por isso, não acredito numa recuperação.

    Tomara que eu esteja errado!

     

    1. Está errado sim

      O maior problema do Governo tem sido o seu distanciamento do povo e das ruas, gastando o seu tempo em administrar luta política. Alemanha reconstruiu a sua nação em curto tempo. Para isso é necessário um povo unido, com sentimento de nação. O Brasil sempre esteve dividido, embora a parte apátrida e traíra seja mínima, eles conseguem, através da mídia, convencer os chamados coxinhas que eles merecem um Brazil com “z”. Falta muito, mas o caminho é educação, seriedade, planejamento. O Brasil deve combater os seus próprios paradigmas, assim como a Lei de Gerson. Tenha fé, o Brasil está melhor depois que acabou a chantagem do Cunha. Agora são dois lados. O lado do Aecim não tem mais Cunhas para esconder a sua cara.

  19. Sobre reservas internacionais e juros

    Um cidadão qualquer, deste não identificados nos 51% da população que hoje têm dívidas com o sistema finaceiro, usa seu cartão de crédito que cobra 550% de juros ao ano e têm um conta na poupança com R$ 1.000,00. No final do mês, depois de receber R$4.500,00 de salário, vê que os gastos no cartão de R$ 1.100,00 não podem ser pagos na sua totalidade sob pena  das despesas correntes, com luz, escola, aluguel, alimenação, combustível, vestuário e diversão ficarem sem cobertura financeira. Nesta hora, do pagamento da fatura do cartão de crédito, ele opta por pagar uma parcela e usar o crédito do instrumento para postergar parte do pagamento, com juros de 550% ao ano, quando poderia ter sacado de sua poupança que lhe rende menos do que a inflação e liquidar a fatura.

    Ele agiu certo ou errado? Sim ou não. 

    Qualquer idiota, mentecapto, débil mental percebe que a operação financeira de crédito por ele utilizada é ruinosa. Muito melhor para ele seria quitar a dívida cara com o dinheiro que não rende nada, não é!

    Vamos agora para as reservas internacionais do Brasil aplicadas a juros negativos no tesouro americano, não rende nada, na verdade são consumidas com a inflação americana. Por outro lado nossa dívida remunera regiamente os credores com os juros pornográficos que incidem sobre ela e são chancelados pelo BC do “Brasil” e o BIS.

    O Ministro da Fazenda é como o sujeito endividado exposto acima, um ser incapaz de perceber que o melhor destino de nossas reservas é pagar o principal da dívida, diminuindo a base onde estes juros criminosos incide.

    Assim, não resta melhor alternativa hoje para o povo e a nação brasileira do que descobrir quanto é esta dívida que estamos remunerando, com uma auditoria honesta  e suspensiva de pagamento, para que possamos diminuir esta sangria que manieta o nosso desenvolvimento e surrupia nossa soberania.

    Brasil, acorda!

    1. Juros e Principal

      Bem observado. Entretanto para que isso ocorresse seria necessário uma pressão ou exercício de poder sobre o BC e afins maior que os rentistas tem e isso poderia ser feito através dos meios que existem em uma democracia, entretanto… Para se ter uma idéia da coisa, não se sabe o que é o principal nem quais os juros pagos sobre a dívida. Tentei saber sobre isso através de uma ONG que lida com o assunto e veja a resposta, meu caro Weber:

      Obrigado pela mensagem.

      Temos os gráficos de 2014, 2013 e 2012 no endereço abaixo.

      http://www.auditoriacidada.org.br/e-por-direitos-auditoria-da-divida-ja-confira-o-grafico-do-orcamento-de-2012/

      Porém, o governo não divulga separadamente o montante de juros e amortizações, pois inclui nestas últimas a parcela dos juros equivalentes à inflação medida pelo IGP-M.

      Para maiores detalhes, ver o texto abaixo.

      http://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2012/04/Numerosdivida.pdf

      Atenciosamente,

      Rodrigo Ávila
      Auditoria Cidadã da Dívida
      http://www.auditoriacidada.org.br

      —–Mensagem original—–
      De: Contato [mailto:[email protected]]
      Enviada em: domingo, 29 de junho de 2014 12:24
      Para: [email protected]
      Assunto: [CONTATO Auditoria Cidada] – Dívida Pública Federal

      Subject: Dívida Pública Federal

      Message Body:
      Bom dia. Obrigado por disponibilizar de forma tão objetiva os dados da dívida pública. Como parte de pesquisas, gostaria de saber se vocês dispõe (Orçamento Geral da União) discriminado o que o percentual de juros e o percentual de amortização da dívida pagas nos anos 2012/2013 e o previsto para 2014. Grato

      1. Obrigado pelo suporte no argumento, suspensão imediata do pgt

        Aqui em Santos o prédio da prefeitura, que começou a ser construído em 1937  se não me engano e foi inaugurado em 41 ou 42 têm dívidas remanescentes até hoje. 

        Esta dívida deve ser feita de consolidações que ninguém sabe a origem e a titulariedade, com um pente fino no principal este deve ser reduzido a menos de 50%, com o desconto dado para pagamento a vista e as nossas reservas internacionais dariam para liquidar tudo com sobra.

        Segue os gráficos do site da auditoria cidadã.

        Gastos com a Dívida Pública em 2014 superaram 45% do Orçamento Federal Executado

        Maria Lucia Fattorelli[i]

        Rodrigo Ávila[ii]

        5/2/2015

         

        Em 2014, o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida pública, o que representou 45,11% de todo o orçamento efetivamente executado no ano.

        Essa quantia corresponde a 12 vezes o que foi destinado à educação, 11 vezes aos gastos com saúde, ou mais que o dobro dos gastos com a Previdência Social, conforme o gráfico abaixo.

         

        Orçamento Geral da União (Executado em 2014) – Total = R$ 2,168 trilhão Fonte: http://www8d.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=92718  Notas: 1) inclui o “refinanciamento” da dívida, pois o governo contabiliza neste item grande parte dos juros pagos. 2) os gastos com juros e amortizações da dívida se referem aos GNDs 2 e 6, e foram desmembrados da Função “Encargos Especiais”: 3) as transferências a estados e municípios se referem ao programa 0903 – “Operações Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação Específica”, e também foram desmembradas da Função “Encargos Especiais”. 4) os demais gastos da função “Encargos Especiais” foram referidos no gráfico como sendo “Outros Encargos Especiais”, e representam principalmente despesas com o ressarcimento ao INSS de desonerações tributárias, subsídios à tarifa de energia elétrica, pagamento de precatórios, dentre outras. 5) O gráfico não inclui os “restos a pagar” de 2014, executados em 2015.

         

        Cabe esclarecer que os dados do gráfico acima foram extraídos dos dados oficiais contabilizados pelo governo no SIAFI.

        O critério utilizado para a elaboração do gráfico soma as parcelas informadas pelo governo a título de “juros” e “amortizações”, no total de R$978 bilhões, pelas seguintes razões:

        a)      A parcela informada pelo governo a título de “Juros e Encargos da Dívida” foi de apenas R$ 170 bilhões. Conforme vem sendo denunciado desde a CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados[iii], em cada ano o governo vem deixando de computar grande parte dos juros nominais, classificando-a como “amortizações”. As estatísticas governamentais não evidenciam o valor que efetivamente está sendo pago a título de juros nominais aos detentores dos títulos.

        b)      A parcela informada pelo governo a título de “Amortizações da Dívida”, ou seja, o pagamento do principal, foi de R$ 808 bilhões. Tal valor está inflado pela atualização monetária de toda a dívida, que deveria fazer parte dos juros, pois de fato é parte da remuneração dos títulos, mas está sendo contabilizada como se fosse “amortização”, conforme também denunciado desde a CPI da Dívida Pública[iv].

        Por causa desses equívocos denunciados há anos, grande parte dos “Juros” que efetivamente pagamos aos detentores dos títulos está embutida na parcela das “Amortizações”. Diante da falta de informação acerca dos juros nominais efetivamente pagos e da atualização monetária efetuada, não temos outra alternativa senão somar todo o gasto com a dívida, conforme demonstrado no gráfico.

        Esse equívoco do governo na apresentação dos gastos efetivos com a dívida pública faz parte de uma coleção de privilégios de ordem financeira, legal e econômica que o Sistema da Dívida usufrui. Tal fato tem levado inúmeros analistas a aliviar o efetivo peso que o endividamento público exerce sobre as contas públicas do nosso país, utilizando um termo que ilude aqueles que não se aprofundam na análise do Sistema: dizem que a parcela das amortizações configuram “mera rolagem”, ou seja, o refinanciamento de dívida anteriormente existente mediante a contratação de nova dívida, razão pela qual não seria um problema para o país.

        Analisando-se a composição do montante de R$ 808 bilhões contabilizados como “amortizações”, verifica-se o seguinte:

        a)      R$ 615 bilhões foram contabilizados pelo governo como “refinanciamento”, aí incluindo-se a correção monetária que não é explicitada em nenhum documento, e que é parte dos juros nominais efetivamente pagos aos detentores dos títulos. Ou seja, não se trata de ”mera rolagem”, mas sim pagamento de grande parte dos juros com a contratação de nova dívida, o que fere o art. 167 da Constituição Federal;

        b)      R$ 54 bilhões provém do recebimento de dívidas das quais a União é credora,  principalmente as dívidas que estados e municípios pagaram ao governo federal, ou seja, também não se trata de ”mera rolagem”;

        c)       R$ 22 bilhões provém do rendimento dos recursos da Conta Única do Tesouro, R$ 19 bilhões de lucros das estatais (por exemplo, Petrobrás, Banco do Brasil, etc), dentre muitas outras fontes. Assim, também não se trata de “mera rolagem”, pois as tais parcelas de “amortizações” não foram pagas com nova dívida, mas sim com recursos oriundos de sacrifício social, quando o povo paga caro pelo combustível, pelas tarifas e juros dos bancos estatais, pela conta de energia elétrica e vários outros produtos (altamente onerados pelos impostos estaduais – ICMS),  etc.

        d)      R$ 61 bilhões das amortizações se referem à cobertura de prejuízos do Banco Central, ocorridos, por exemplo, em operações chamadas de “swap cambial”, que beneficiam grandes investidores às custas do povo. Interessante observar que, quando o Banco Central dá lucro em determinados períodos[v], tais recursos são destinados obrigatoriamente para o pagamento da questionável dívida pública.

        Devido aos diversos privilégios do Sistema da Dívida que beneficia principalmente ao setor financeiro privado nacional e estrangeiro, o estoque da dívida já supera R$ 4,5 trilhões de reais: o volume de títulos da dívida interna emitidos já somam R$3,3 trilhões[vi] e a dívida externa bruta supera 554 bilhões de dólares[vii]!

        A análise dos gastos com a dívida não deve ficar restrita aos fabulosos números tanto dos gastos anuais como de seus estoques. É necessário ressaltar que a dívida atual é altamente questionável, pois é produto de inúmeras ilegalidades e ilegitimidades desde a sua origem espúria no período da ditadura militar, até os tempos atuais.

        Apenas para ilustrar, cabe citar algumas infâmias que impactam a geração de dívida pública:

        a)      taxas de juros absurdas, estabelecidas sob influência de banqueiros[viii], utilizando-se o pretexto de combater uma inflação que nada tem a ver com taxa de juros, mas com a alta de preços administrados pelo próprio governo (como luz, água e combustíveis) e da alta de alimentos, causada por fatores climáticos;

        b)      aplicação de “juros sobre juros”, prática considerada ilegal, conforme Sumula 121 do STF;

        c)       aplicação das mais altas taxas de juros do mundo, sem justificativa técnica;

        d)      utilização da dívida interna onerosa para financiar a compra de dólares especulativos que ingressam no país (sob o pretexto de evitar que o Brasil seja atingido por crises internacionais, mas que poderiam ser evitadas por meio do controle de fluxo de capitais), e destinação desses dólares para as reservas internacionais que não rendem quase nada ao país;

        e)      utilização da dívida interna onerosa para financiar questionáveis empréstimos do BNDES a juros subsidiados e prazos a perder de vista para grandes empresas privadas que realizam obras no exterior.

        Por tudo isso reivindicamos a realização de completa auditoria da dívida pública, tanto interna como externa, desde a sua origem. A contínua destinação de elevados montantes para o pagamento de “amortização” da dívida, suavizados sob o rótulo de “mera rolagem”, assim como dos extorsivos juros desse questionável processo, estão sacrificando a sociedade. Além de arcar com pesada e distorcida carga tributária, a sociedade não recebe os serviços sociais essenciais, como saúde e educação. O país está com seu desenvolvimento socioeconômico travado, a serviço de garantir lucros escorchantes ao sistema financeiro, e apodrecido pela corrupção.


         

        [i] Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida http://www.auditoriacidada.org.br

         

        [ii] Economista da Auditoria Cidadã da Dívida

         

        [iii] http://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2013/11/Parecer-ACD-1-Vers%C3%A3o-29-5-2013-com-anexos.pdf

         

        [iv] http://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2013/11/Parecer-ACD-1-Vers%C3%A3o-29-5-2013-com-anexos.pdf

         

        [v] Em 2014, R$ 21 bilhões desta fonte de recursos foram utilizados para o pagamento de amortizações da dívida federal.

         

        [vi] http://www.bcb.gov.br/ Notas para imprensa/POLÍTICA FISCAL/ Quadro XXXVI – Títulos públicos federais

         

        [vii] http://www.bcb.gov.br/ Notas para imprensa/SETOR EXTERNO/Quadro LI-Dívida Externa Bruta

         

        [viii]  http://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2012/08/Voto-em-separado.pdf

         

         

        ___________________________________

         

         

        Orçamento Geral da União (Executado em 2013) – Total = R$ 1,783 trilhão

        Fonte: Senado Federal – Sistema SIGA BRASIL – Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida. Nota: Inclui o “refinanciamento” da dívida, pois o governo contabiliza neste item grande parte dos juros pagos. Não inclui os restos a pagar de 2013, pagos em 2014.

         

        __________________________________

         

        Orçamento Geral da União – Executado em 2012 – Total = R$ 1,712  trilhão

         

        Fonte: Senado Federal – Sistema SIGA BRASIL – Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida

        Nota: Inclui o “refinanciamento” da dívida, pois o governo contabiliza dentro deste item grande parte do pagamento de juros.

    2. Compreendo

      Acho você correto na sua colocação.

      Acredito apenas que isso não pode ser uma ação unilateral do Executivo. precisamos de povo, de voto, de maioria no legislativo para termos força para isso.

      Somente o povo, com maioria no Legislativo, poderia peitar esta situação e outros absurdos, como tolerar um Gilmar Mendes no STF, dentre outras situações.

  20. Abaixar juros e deixar a inflação comer solta? Ou cortar gastos?

    Dilma já havia baixado os juros antes na marreta e a inflação subiu cada vez mais além do controle. Incentivaram por anos o consumo sem cuidar do aumento de produtividade. Represaram preços acumulando pressões inflacionárias, etc. Agora a pergunta: como baixar juros sem deixar a inflação virar o inferno da década de 80? Não estou fazendo uma pergunta retória, mas sincera. A única maneira que vejo de baixar juros sem explodir o país em inflação seria cortar no talo os gastos do governo. Alguém sabe dizer alguma outra alternativa?

    1.  
      Cortar “no talo” os gastos

       

      Cortar “no talo” os gastos do governo também não é uma solução. O governo brasileiro é muito pouco deficitário (estamos falando de coisas em torno de 1% do pib, quando muito), de forma que não precisa produzir tanto dinheiro assim para arcar com seus custos. Se não precisa produzir dinheiro, não gera, por definição inflação.

      A inflação tem razões complexas, mas acho que a indexação da economia é uma das razões objetivas. Há muitos preços indexados às taxas de inflação. Com preços indexados, há muitos setores da economia que, no mínimo, vão ter seus preços aumentados de acordo com a taxa de inflação medida. É muito difícil, nessas condições, controlar a inflação a média. O primeiro passo, portanto, seria a desindexação da economia.

      1.  
        Aliás, corrigindo: o

         

        Aliás, corrigindo: o governo é deficitário sim, só que geralmente só vemos o superávit ou déficit “primários”, excluindo os juros da dívida. Então sim, o governo tem que produzir dinheiro para pagar suas contas, fundamentalmente porque paga muito em juros de dívida. O governo brasileiro tem pouca flexibilidade em “corte de gastos”, porque quase tudo (fora a dívida) é previdência, educação e saúde. Os “cortes” em outras coisas vão ter sempre um efeito muito mais simbólico que prático. Como cortar na previdência, na educação, e na saúde, pode não ser razoável, o caminho tem que ser outro. Qual? Não sei.

    2. Consequência

      Felipe,

      Muitas vezes nos confundimos e avaliamos consequências e não ações reais.

      O que tem prejudicado o Brasil, principalmente é:

      1. Economia Global – Ainda tambaleando desde a crise (bolha) de 2008. Brasil assegurou a “marolinha” por conta da elevação do salário mínimo, a elevada taxa de emprego, a Bolsa família, dentre outras ações que fizeram reter grande parte do circulante dentro do território nacional. Quando este circulante gira, cria alguma riqueza e, as pessoas acima citadas normalmente não vão a Disney, não possuem conta no exterior e apostam na sua terra: Brasil.

      2. Commodities – Queda geral de preços, que complicaram a vida de muitos países, não apenas Brasil. No Chile estão super abalados com o preço do Cobre. O ferro, por exemplo, de US$180/t foi para menos de US$40. A mineração. aqui no Brasil, está passando uma das suas maiores crises da história (falo com certeza, pois sou do ramo). Soma a isso a desgraça da barragem.

      3. Corrupção – O combate contra a corrupção tem sido mais pirotécnico que efetivo. Pautado pela mídia, este combate equivale a parar o trânsito inteiro numa rodovia, apenas para tirar uma multa de um carro qualquer. O remédio está sendo quase pior que a doença. Grandes empreiteiras, estaleiros, etc estão demitindo e paralisando por conta da caça ao corrupto. falta é vontade e idoneidade para faze-lo. Quando é do PT parece fácil pegar, mas, quando não é PT, esta situação simplesmente não avança.

      4. Terceiro Turno – provavelmente por ordens de fora, temos aqui um candidato que não consegue aceitar a sua derrota nas urnas, e está levando o país para um caos político. Digo ordens de fora pois é fato que América Latina está sob fogo cerrado da parte dos EUA.

      Depois de ver o Cunha abrindo caminho para o impeachment, logo no momento em que o congresso mostrava força positiva aprovando o fechamento das contas do Governo, ficou claro para mim que este inferno vai passar, muito em breve. Dou algumas razões:

      1. Economia Global – Será controlado o seu efeito, com a s medidas do Governo impulsionadas pelo Ministro Levi;

      2. Commodities – Embora com baixos preços, Brasil possui boas reservas de minério mais rico que na média mundial. Brevemente as mineradoras brasileiras estarão colocadas no quadril melhor, por cima de muitas outras. O mercado simplesmente deverá adaptar-se a essa lógica;

      3. Corrupção – Quanto mais gatuno for pego mais rico fica o Brasil. O PT sangrou e ainda terá alguma carne própria para cortar, mas, ao meu ver, começa agora a se abrir uma caixa de Pandora bem mais ampla, com outros partidos que se achavam intocáveis;

      4. Política – Depois desta tormenta, sinto que o PT voltará a revigorar os seus sonhos e entrar em sintonia com o povo e com a juventude. Vamos ganhar a rua. 

      Espere para ver, o sonho e a esperança vão vencer esta conspiração.

  21. Aposto

    Aposto que foi o anúncio do pedido que agi no coração dos patriotas e quando ela cair então o país começa a andar para frente, mesmo que seja o Sr.Temer, eu desconfio do Temer mas não podemos ser como os casais que no passado tinha medo de trocar de par pelo desconhecido, temos que ter certeza que quem estiver como presidente e não se comportar ( violar a constituição ) sera deposto.

  22. RELATIVIZAÇÃO DO VALOR DE USO

    A culpa: O auge do poder trás a dose do fascínio. 

    Sutil insensatez de investir se torna uma cilada!

    A transcrição do crescimento virá grandes perdas…

    Vai destruir aquilo tudo que fez na brecha do fetiche.

    O mercado financeiro jamais será abalado no tempo.

    Depois de investido no crescimento ele profetiza os juros:

    Seja para mim o preço da consequência que enumero a vida

  23. CONVERSA FIADA!

    Conversa fiada, Nassif!

    O mercado reagiu bem mesmo, foi por causa da abertura de pedido de impeachment!

    O que destrava a economia é a saída de alguém que só atrapalha as decisões de investir.

    Já está mais do que provado de que a atual presidente não consegue mais convencer a ninguém, pois suas tomadas de decisões (quando acontecem), são atabolhoadas, fora de prazo e sem qualquer credibilidade.

    Como um mercado altamente antenado vai confiar em um orçamento que apresenta bilhões em déficit?

    Seria assinar atestado de burrice, aceitar algo tão fora de propósito, para demostrar confiança nas atitudes do governo.

    O que mais incentivará os investidores será uma perspectiva de mudança de comando do governo e não uma demonstração de balanço com rombo a ser coberto por impostos que eles mesmos (investidores) terão que arcar.

     

     

    1. Auto Peças

      Participei hoje de uma reunião de fornecedores de uma das maiores empresas de  autopeças do Brasil e do mundo, foram cerca de 40 participantes. As previsões são estarrecedoras, muito piores do que as que lemos nos jornais. Fomos informados que os volumes atuais de venda devem se repetir para os próximos 2 anos, os estoques permitiriam suspender pedidos pelos próximos 3 meses e muitos fornecedores fecharam as portas ou  estão na iminência.

      Segundo nosso cliente, com o aumento do Dólar até teríamos condições de exportar, porém,  a cadeia de fornecedores local não têm saúde financeira para que eles possam assumir compromissos de fornecimento no exterior.

      Para piorar, a falta de confiança na cadeia de fornecedores está impedindo o desenvolvimento de novos produto no brasil, estes virão de fora.

      ficou uma certeza,  vai haver quebradeira geral e muito mais desemprego em 2016 nno seguimento de autopeças.

    2. Nova democracia?

      Ou seja, o senhor postula que se apenas grandes empresários escolhesse um Presidente, então o Brasil seria maravilhoso? Eu sou um pequeno empresário, e cresci graças a este Governo. Conheço, pelas minhas entidades de classe, a conversa anti Brasil que circula nesses meios, o seu desejo absurdo de morar em Miami, de possuir Green Card. Isso é cultural e tem conspirado para viver quase 500 anos como colônia.

      Sobre as razões da Bolsa foram, evidentemente, por conta da aprovação das contas do Governo. A rigor, os grandes jornais estrangeiros manifestavam que aquele impeachment  contra Dilma não iria prosperar. A sua posição deve defende-la no voto. Agora, em 2016, você terá a chance de colocar um bacana no comando da sua cidade.

      1. ” apenas grandes empresários

        ” apenas grandes empresários escolhesse um Presidente” mas é isso que acontece hoje.

        Petrolão ta ai para provar isso.

  24. A numerosidade não suporta ao crescimento

    A numerosidade não suporta ao crescimento sempre vinculado a um transgressor.

    Temos que disciplinar as motivações corrompidas dos economistas e confrontar sua idolatria aos interesses do mercado. 

    Por que o projeto de desenvolvimento mundial está vinculado à avareza do investimento externo?

    Se a produção de objetos gera um valor recíproco (o correlato necessário da moeda) é preciso exclusivamente que, pela lei natural, o Estado apreenda este valor liberado gratuitamente na natureza.

    O mundo seria paradigma da multiplicidade da riqueza se o padrão de valor fosse a inteligência!!!

  25. Deixei de ser petista já ha

    Deixei de ser petista já ha algum tempo.

    Sou Lulista.

    Dilma faz um governo abaixo da crítica, medíocre, impopular e sua teimosia já não merece meu apoio.

    Há um Ministro da Justiça (???) canalha ao seu lado que Dilma teima em mantê-lo.

    Problema dela e nosso também. Por isso não apoio mais este governo.

    Também não o apoio por levar o país a uma recessão grotesca, com perda de empregos e redução dos salários para garantir o pagamento de juros escorchantes aos bancos e seus nababos 1% da população do país.

    Num país com tanta gente pobre isso é o absurdo do absurdo!

    No entanto o ritual da democracia reza que presidentes são eleitos e devem cumprir seus mandatos integralmente.

    Por isso defendo o mandato de quem foi eleito, inclusive do Alckmin que é um fascista absoluto!

    Defender a democracia é defender as regras do jogo, ou seja, quem foi eleito majoritariamente deve cumprir seu mandato até o fim.

    São os eleitores que decidem quem os governa.

    E ponto final!

    1. Inconsequente e, talvez, falsa declaração

      “Deixei de ser petista já ha algum tempo.”

      O PT é um partido amplo, com diversas correntes. Se você era petista deveria ficar lutando por uma dessas correntes.

      “Sou Lulista.”

      Então, aí está respondendo! É da linha do PT na qual Lula pertence. Lula também teve algumas posições diferentes em relação ao Governo, mas sempre esteve apoiando, principalmente agora, quando é mais necessário.

      “Dilma faz um governo abaixo da crítica, medíocre, impopular e sua teimosia já não merece meu apoio.”

      O Governo é impopular, por conta de diversas situações. Dilma não governa sozinha, mas no Brasil existem diversos outros “poderes”, e estes estão agindo contra ela e contra o PT. A sua popularidade é baixa e, mais do que nunca, não apenas merece como precisa do nosso apoio. Veja por outro lado, que é o que você merece? Olhe a sua frase egoísta acima. O Aecim?

      “Há um Ministro da Justiça (???) canalha ao seu lado que Dilma teima em mantê-lo.”

      O termo “Canalha” envolve malfeitos ou outras ações que não podemos imputar ao Ministro. Ele faz parte de uma política de defesa, que permeia e defende grande parte das ações do Governo, como um volante no time de futebol.

      “Problema dela e nosso também. Por isso não apoio mais este governo.”

      Gostaria de saber, apenas como curiosidade, de que forma você apoiava este governo, anteriormente. Pela sua fala não vejo em você muita argumentação para fazer o trabalho de apoio que aqui reivindica no seu passado.

      “Também não o apoio por levar o país a uma recessão grotesca, com perda de empregos e redução dos salários para garantir o pagamento de juros escorchantes aos bancos e seus nababos 1% da população do país.”

      O Governo não levou o país para a recessão, que o fez foi, em parte: Crise internacional. Queda de preços das commodities (e de crescimento) na China; A influencia dos EUA e dos grupos globalizantes, que desejam trazer de volta o Brasil para o seu “quintal”; A teimosia da oposição em prosseguir com um terceiro turno gerando tensão política que hoje chega ao limite do absurdo (Impeachment); A ação coordenada de elites que não amam o Brasil, que levam o seu dinheiro para o exterior; dentre muitas outras razões.

      “Num país com tanta gente pobre isso é o absurdo do absurdo!”

      Sua frase parece questionar muito bem os argumentos acima, mas não a ação do governo, onde a parcela mais pobre da população continua sendo prioritária.

      “No entanto o ritual da democracia reza que presidentes são eleitos e devem cumprir seus mandatos integralmente. Por isso defendo o mandato de quem foi eleito, inclusive do Alckmin que é um fascista absoluto! Defender a democracia é defender as regras do jogo, ou seja, quem foi eleito majoritariamente deve cumprir seu mandato até o fim.”

      Nisso você mostra conceitos claros, que muitos de nós respeitamos.

      “São os eleitores que decidem quem os governa.”

      É uma forma de dizer que cada povo tem o governo que merece. Devemos fazer tudo o possível para sermos melhores, como cidadãos, sem jogar lixo na rua, educando e orientando os nossos filhos, respeitando os mais fracos, e etc. No plano político, devemos (enquanto não mudamos a política geral, com uma boa reforma), ter capacidade de defender posições e defender as grandes metas sociais traçadas por Lula, dentro de um universo de mais de 40 partidos políticos, que apenas confundem gente sem a devida convicção das suas próprias ideias. Devemos lutar para merecer o melhor governante, pois ele sai do seio de nós.

      “E ponto final!”

      Está em seu direito, da minha parte estou aqui para discutir e, se possível, lhe ajudar a se esclarecer. Corro o risco de perder o meu tempo, mas eu continuo com o sonho que Lula nos deu anos atrás.

      A situação dura que hoje vivemos talvez seja uma grande chance de voltarmos a recuperar aquele sonho, pois, o caminho pragmático levou ao PT para práticas comuns da política tradicional e, por não fazer parte da elite, está sendo apontado e culpado. A sociedade e a “justiça” são ainda injustas por natureza aqui no Brasil, onde uma mulher pobre fica meses na cadeia por furtar um pacote de manteiga (por fome), enquanto outra pessoa mais fina seria tratada apenas como Cleptomania (como aquele rabino de São Paulo que roubava gravatas). O mesmo acontece nos casos de corrupção, onde Genoino vai preso por caixa 2, claramente utilizado em despessas políticas, enquanto helicópteros e aeroportos desaparecem dos tribunais de MG.

      Ponto seguido……sempre aberto ao diálogo, mas de punho em alto

      1. resumo do texto:Ser Lulista

        resumo do texto:

        Ser Lulista e petista é a mesma coisa.

        Não é nazista é “hitllerista”.

        Não é comunista é leninista.

        Não é socialista é Stalinista.

        Não é bolivariano é chavista.

        Não é fascista é  kirchnerista.

        O caldilismo ainda é o câncer deste continente.

         

          1. Não Aliança

            É uma ilusão minha que, por acaso, o PT melhor a representa. Eu assumo a minha posição e delego num fio de água que leva ao torrente que representa hoje o maior partido do Brasil.  Ele representa gente como eu.

  26. ROMBO DE R$119,9 BILHÕES VIROU FESTA…???

    Parece que o “singelo rombinho” de  R$ 119,9 bilhões foi promovido a “destravamento fiscal”…deve ser comemorado…?

    O rombo somado à antiga meta positiva de mais de R$ 50 bilhoes totaliza no mínimo R$ 175 bilhões, e é só o que o governo confessa… o rombo verdadeiro deve ser algumas vezes maior… virou festa…??? qualquer análise econômica séria sobre o orçamento necessariamente abrangeria esse pequeno “detalhe” de R$175 bi… por aqui foi pra debaixo do tapete…

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