Os desafios para Dilma garantir a governabilidade

Está-se no epicentro de uma crise política – que ainda não é econômica nem social. Portanto, ainda não é irreversível.

A vantagem da idade, no jornalismo, é a experiência de quem assistiu, na história do país, crises mais profundas que a atual.

A primeira recomendação é a de relaxar e analisar. Não se tome a nuvem por Juno, o epicentro pela crise. Adotem-se algumas medidas para enfrentar questões mais urgentes, mas o desafio é planejar o pós-epicentro.

Os mais competentes conseguem.

***

A segunda recomendação é levantar todos os pontos de vulnerabilidade e a forma de atuar sobre eles.

No caso de Dilma, seus problemas se resumem aos seguintes pontos:

1. Rearticular a base de apoio político.

Encontrar um bom articulador que conserte o estrago monumental provocado na base de apoio político, com a tentativa de eleger o presidente da Câmara. Não será tarefa fácil, ainda mais com o terremoto provocado pela Lava Jato no Congresso. Mas não é impossível. Teria que reorganizar o conselho político, eliminar os fatores de desgaste com os congressistas, parar com essa bobagem de pacto político com o PSDB.

2. Rearticular a base de apoio social.

Encontrar um bom articulador com os movimentos sociais para consertar o monumental estrago provocado com o pacote fiscal. É evidente que as contas fiscais precisavam ser colocadas em ordem. Mas o pacote fiscal, lançado a seco logo após as eleições, penalizou programas sociais, a indústria e a atividade produtiva em geral, o emprego – ao mesmo tempo em que a alta da Selic beneficiava o mercado financeiro. Tudo isso enfiado goela abaixo do seu eleitorado. Sem anestesia.

3. Rearticular a base de apoio jurídico.

Encontrar um bom articulador com o meio jurídico, para consertar os estragos provocados no relacionamento com ministros e desembargadores pela desatenção com a liturgia do cargo.

Alguns exemplos recentes (para quem conhece hábitos e costumes do Judiciário): Dilma recebe pessoalmente a Ministra Carmen Lúcia, mas o presidente do STF Ricardo Lewandowski só é recebido por seus Ministros; na discussão dos vetos ao Código de Processo Civil, em vez de ouvir Lewandowski, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo reportou-se a Luiz Fux.

Há uma linha de ministros e desembargadores teoricamente simpáticos às propostas do governo. Não pergunte sua opinião sobre o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o Ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante. A resposta não será animadora.

4. Rearticular a base de apoio industrial.

Encontrar um articular para recompor a aliança com a indústria e os sindicatos, especialmente com a indústria paulista.

No primeiro mandato, Dilma aprovou uma série de medidas de apoio à indústria. Nem assim logrou apoio dos industriais devido ao seu estilo de pouco ouvir. Agora todas as benesses estão sendo retiradas, a grita será maior ainda.

Há condições de explicitar uma estratégia clara de política industrial, ainda mais com o câmbio mais competitivo. Mas estão a caminho ondas de desemprego.

***

Se conseguir encontrar todos esses articuladores e ouvi-los, Dilma conseguirá enxergar a luz no centro do tornado.

Luis Nassif

120 Comentários

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  1. tem mais

    Tem muito mais. Discordo do destaque a alguns “estragos” que não considero com tamanho teor de estrago… desculpem a redundância. Não acredito que haja articuladores específicos com essa capacidade de gerir as crises. Penso que o atual núcleo do governo já vem trabalhando nesse sentido e dividindo tarefas entre si. Percebo que há um entendimento interno e uma compreensão clara dos gargalos políticos e de gestão. Há inclusive uma exposição maior de determinados Ministros que têm conseguido de uma forma ou de outra esclarecer as medidas que estão sendo adotadas, como Carlos Gabas, Nelson Barbosa, Pepe Vargas, Miguel Rossetto e Jacques Wagner. A questão é a “falta de anestesia”. Nem sempre a “anestesia” é o remédio para não haver reação. A reação faz parte do processo democrático. E a habilidade em conduzir os diferentes pleitos e as insatisfações derivadas da suspensão de benefícios deve estar sempre apoiada em consulta e participação social e política.

    Quanto ao entendimento com o PSDB, se não houver, este entendimento será articulado com setores do PMDB, se já não vem ocorrendo. Em política nada é o que parece.

    1. Muito obrigado pela sua participação

      Deu algum alento.

      Mas concordo com Nassif que Cardozo e Mercadante são duas escolhas da Presidenta totalmente contraproducentes.

      Por isso estou ficando desde dezembro cada dia mais pessimista. Infelizmente.

    2. Legal a sra. se misturar

      Legal a sra. se misturar conosco.

         Permita=me um comentário:

      ”Em política nada é o que parece.”

         Nem na política,nem no casamento,nem nas amizades e nem em qualquer setor da vida.Todos nós temos segredos, e segredos, geralmente, não nos favorecem .Caso contrário arrumamos uma maneira de torna-los públicos.

                 Abraços!

  2. Resumo

    Resumo, a Dilma tem a posse da bola. Caso erre novamente, ai já seria um erro por inabilidade e não por inocência, nesse caso…

  3. Precisa encontrar 4

    Precisa encontrar 4 articuladores? Sem chance. Saca esta:

       ”’Uma linha de articuladores que reúne Aloizio Mercadante, Pepe Vargas, Miguel Rossetto e Jaques Wagner entrou numa competição desleal com o Íbis Sport Clube, agora apenas o segundo pior time do mundo.”

  4. Colocar em cargo político que não tem o perfil adequado…

    …agrava as crises quando elas surgem.

    Dilma Vana Rousseff não tem nenhum jogo de cintura, não consegue se desvencilhar de absolutamente nada. Tudo o que vai em sua direção a atinge em cheio. Um verdadeiro poste. 

    Foi eleita principalmente pela popularidade do Lula e reeleita devido à indigência da oposição. Nas eleições do ano passado teve também o medo dos eleitores mais pobres do ajuste que seria feito pelos tucanos, exatamente o mesmo que o Levy esta impondo. Mais juros e menos empregos.

    A terceira chance que o Nassif criou para Dilma e os desafios apresentados para garantir a governabilidade seriam factíveis se ela fosse outra pessoa.

  5.  
    DEUS poderia ter sido

     

    DEUS poderia ter sido citado na ‘Lista do Janot/Teori’!

    ENTENDA

    Numa [suposta] ‘sessão’ da delação premiada do megadoleiro Albert(o) Yousseff!:

    – Senhor Yousseff “delate à vontade”, e nós “vazaremos seletivamente”!

    – Sim, “dotô” Moro!

    – O senhor capriche! A sua reputação, a preservação de grande parte da sua fortuna colossal e a sua liberdade dependem do seu, digamos, desempenho!
    Albertinho [Yousseff] confie na Justiça desse país!
    Se espelhe no Daniel Dantas, no Robson Marinho, nos Marinhos das organizações (sic) soNEGAdoras Globo, no ‘Never’ [Aécio], no ‘Príncipe da Privataria’, no aGRIPEno, no Dias [Álvaro], no (S)erra…

    – “Dotô” [Moro], afinal, do que vive o companheiro (idem sic) (S)erra?

    – Yousseff, temos que ter cuidado: podemos estar sendo vítimas de algum ‘grampo com áudio’, e pior, com vídeo também!
    ‘Capiche’?!

    – ‘buona gente’, o senhor, hein “dotô”?

    Pausa para os risos dos interlocutores!

    – ‘Yousseffzinho’, o legado do senhor será reconhecido por nossos pares!

    – Se Deus quiser!

    (…)

    EM TEMPO FASCIGOLPISTA: ou seja, no relatório da Operação Lava Jato, haveria citação ao nome de Deus…

    Portanto…

    Coitado… De Deus!

    Imagine, de ‘nois’!

    Estamos [quase-]fritos!…

     

    Quem (sobre)viver, verá!

     

    Rezemos!…

  6.  
    O próximo passo da Lava

     

    O próximo passo da Lava Jato?!

    Anunciar o MENSALÃO da Dilma Rousseff!

    E se eu fosse o Lula “colocaria as minhas barbas de molho”!

    Ação Penal 470 (vulgo MENTIRÃO) e a ‘Lista Janot/Teori’ “tudo a ver”!

    No plim plim fascigolpista!

    (“A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.”

    Ah esse Karl Marx “vivinho da Silva”!)

    ENTENDA

    ##################

    Ministério Público fala em pagamento mensal no Petrolão

    SEVERINO MOTTA
    DE BRASÍLIA

    07/03/2015 00p2

    (…)

    CACHOEIRA – perdão, ato falho -, FONTE: 
    http://www1.folha.uol.com.br/p

  7.  
    ‘O DOMÍNIO DO FATO DA LISTA

     

    ‘O DOMÍNIO DO FATO DA LISTA DO JANOT/TEORI’!

    … ‘O domínio do fato’ na Lista do Teori [do Teori!] poderá levar a presidente Dilma Rousseff ao cadafalso do golpe jurídico-midiático!

    Na mesma Lista do Teori [do Teori!], “não há conexão entre Tucanos”!

    A única [ÚNICA!] ave de rapina “da espécie ‘Anastasias Aecilus Nevers’” (sic) não voava em ‘bandos’ (idem sic), segundo a Lista do Janot [agora, a Lista do Janot do ‘miniSTÉRIO’ Público do Robert(o) Gurgel]!

    Na Lista do Teori [do Teori!], a única [ÚNICA!] ave de rapina “da espécie ‘Anastasias Aecilus Nevers’” “nunca meteu o bico na corrupção”!

    Pausa para rir!
    Das nossas desgraças!

    NOTA – adaptação livre para os ‘Tucanos’: as aves de rapina é um termo utilizado para caracterizar as aves carnívoras que apresentam determinadas adaptações para a caça ativa. No geral elas possuem o bico curvo e afiado, garras poderosas e fortes, além de uma excelente visão e audição.

    Mera coincidência?

    Mesmo no ostracismo, o joaquim barbosa vive?

    Ah essas ‘mãos invisíveis’ de sempre!

  8. finalmente

    Finalmente a ficha tá caindo. Chega de lunáticos querendo por a culpa de todos os problemas no inimigo oculto: na crise internacional, nos EUA, na GLOBO. A principal culpada por esta crise é a lider desastrada e incapaz DILMA, que não conta com apoio nem seu próprio partido ( vejam o último artigo públiado por Marta Suplicy). Demorou, mas até o apaixonado jornalista Nassif se deu conta que não se pode defender o indefensável. Depois do choque de realidade e da ressaca da lucidez, que tenhamos mais equilibrio para escolher nosssos líderes…..

    1. A Marta está indo para o PSB

      A Marta está indo para o PSB e será candidata por esse partido à prefeitura de São Paulo.

      Não ficou sabendo?

      Nassif “apaixonado” por Dilma? Menos. Bem menos.

  9. lista

    1. Dilma tem que se cercar (e ouvir)  de colaboradores que que pensem como ela o Brasil que ela pretende. 

    2. Tem que trazer para perto os “autênticos” do seu partido que tenham capacidade de liderar. Tem que explorar mais o grande articulador do seu partido, Lula da Silva. Com isso trazer para perto os petistas desiludidos.

    3. Tem que pressionar os seus a revidar os golpes. Não é possivel que uma Globo bata sem parar sem apanhar nos seus        pontos fracos (evasão fiscal entre outros).

    4. Ministro da Justiça não pode assistir o PJP calado. (Partido da Justiça Partidária). Tem que ir “para cima” e não em festinhas do i-n-i-m-i-g-o.

    5. Tem que salvar as grandes empreiteiras e deixar com isso claro ao empresariado que o Brasil vai continuar crescendo. O esforço em não deixar feixar nenhum posto de trabalho deve ser supremo. 

    6 . Deve dar publicidade aos atos positivos do governo. E, sutilmente, fechar o canal de dinheiro para o PIG.

    7. Taxa de juros básicas líder no livro de recordes para que? Dar dinheiro para banco só deprime a economia e murcha o emprego.

    -Tem que perder qualquer vaidade ou “marra” e escrever o seu nome na história enquanto pode .

     

  10. O esperançoso é o último que morre?

    Nassif,

    Diz o ditado que a esperança é a última que morre. Poderiamos tirar daí que o esperançoso é o último que morre?

    Orgulho-me de você que consegue ter tanta esperança na mudança de rumos das decisões de Dilma.

    Tem mais jeito não. Desista. Dilma não tem capacidade alguma de fazer política dessa monta.

    O país está sendo desmontado por falta de gerência e ela morreu completamente. Não tem olhos, nem ouvidos.

    Ela nem precisaria ser muito inteligente não, mas teria que ter um mínimo de responsabilidade com o povo que a elegeu.

    O preço é muito alto e nós já estamos pagando. Poderia, ao menos, admitir sua incapacidade e renunciar.

    Quero meu voto de volta…

  11. OS DESAFIOS PARA A SRA. DILMA GARANTIR A GOVERNABILIDADE

    CREIO QUE O QUE ESTÁ FALTANDO NO PAIS É VERGONHA, SABER QUE AS NECESSIDADES DO MESMO SÃO SUPERIORES AOS INTERESSES DE GRUPOS QUE QUEREM SE PERPETUAR NO PODER, COMO TAMBÉM, ÀQUELES QUE QUEREM O MESMO. CABIDE DE EMPREGO VÃO TRABALHAR. O PAÍS PRECISA DE OBJETIVIDADE E NÃO DE INTERESSES DE GRUPOS, PRINCIPALEMENTE DE UMA CLASSE DOMINANTE QUE SOMENTE PENSA EM TER CADA VEZ MAIS, PASSANDO POR CIMA DOS INTERESSES DO POVO. TENDO COMO OBJETIVO ÚNICO E EXCLUSIVO O PODER PARA MANUSEAR AS INSTITUIÇÕES EM PROVEITO PRÓPRIO. SE POR ACASO ESTE PENSAMENTO NÃO FOR COERENTE, ENTÃO ME DIGAM: CADÊ A IDEOLOGIA PARTIDARIA – ONDE SE TROCA DE PARTIDO COMO SE TROCA DE ROUPA – CADÊ A UNIÃO DE PENSAMENTOS EM FAVOR DO PAÍS, QUE PASSAM POR CIMA DOS INTERESSES DO MESMO BENEFICIANDO CADA VEZ MAIS, GRUPOS PARTIDÁRIOS E INDIVIDUOS QUE SOMENTE PENSAM EM SI. OS PARTIDOS PRECISAM SABER QUE OS SEUS COMPONENTES SÃO EMPREGADOS DO POVO, A AUTORIDADE É O POVO QUE PAGA E NÃO OS MESMO QUE CADA VEZ MAIS SE BENEFICIAM DOS POSTOS PARA OS QUAIS OS ELEGEMOS. PRECISAMOS ACABAR COM ESTA FILISOFIA, COM ESTA SOCIOLOGIA DE QUE O ELEITO É AUTORIDADE. NÃO CONCORDO COM ISTO. A PARTIR DO MOMENTO QUE COMETE ALGUM DELITO, ALGUM CRIME DEVE SER JULGADO COMO TAL E NÃO FORUM PRIVILEGIADO. CADÊ A REFORMA DO CÓDIGO PENAL? A QUEM INTERESSA A NÃO ATUALIZAÇÃO DE CONCEITOS? NÃO PODEMOS FAZER COM QUE OS INTERESSES DO POVO SEJAM NEGOCIADOS EM UM BALCÃO DE NEGÓCIOS, TOMA LÁ ME DÁ CÁ, MAS TAMBÉM, DESDE TEMPOS ÁUREOS, NOS TEMPOS DE ROMA QUE ENTRAMOS E SAIMOS DOS TEMPLOS SEM QUESTIONAR NADA, ENTRAMOS MUDOS E SAIMOS CALADOS, SEM NENHUMA OPORTUNIDADE DE QUESTIONARMOS. POR SUA VEZ A MÍDIA NOS IMPÕEM PONTOS QUE SOMENTE INTERESSAM A ELA E AOS GRUPOS DOMINATES – VIDE OS MAIS RICOS DO BRASIL -, SE NÃO TEM ALGUNS QUE SÃO DONOS DE EMISSORAS?SE QUANDO NÃO SÃO ATENDIDOS EM TER ALGUM MINISTÉRIO, COMO POR EXEMPLO OS DAS COMUNICAÇÕES? NÃO BOICOTEM O GOVERNO? ACORDEM! A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA JÁ COMEÇOU E NÃO É ELABORADA PELAS MÃOS DOS HOMENS, QUE SÃO SUJAS COM O CORAÇÃO PODRE.

        1. MEU IRMÃO RUYACQUAVIVA, VC

          MEU IRMÃO RUYACQUAVIVA, VC NÃO LÊ POR QUE VIVE NA SUPERFICIALIDADE DA CASCA DA LARANJA, ENVOLVIDO PELO MUNDO FENOMÊNICO COM VALORES EFÊMEROS.

          NÃO QUEIRA VÊ APENAS O FRASCO, MAS SIM O PERFUME.

          ABRAÇOS IRMÃO.

      1. CARO Andre B, DESCULPE MAS A

        CARO Andre B, DESCULPE MAS A MINHA INTENÇÃO NÃO FOI ATINGI-LO, NÃO SABIA QUE VC FAZIA PARTE DESSA LAMA. AS PESSOAS TROCAM CULTURA COM MORAL. ( ANDRÉ TEM ACENTO). VIU COMO É FÁCIL NOS APEGARMOS AS FALHAS ALHEIA. 

        ABS,

  12. O maior erro de Dilma é abandonar os aliados à primeira acusação

    Esse é um problema político sério do Governo Dilma, vide o que vem sendo feito desde o primeiro mandato. Lembro-me muito bem que bastavam as primeiras denúncias pesarem contra aliados da base governista, inclusive ministros, e Dilma saía endossando afastamentos, sem nem dar direito a eles de se defenderem. É o discurso do “quem fez mal feito, que se ferre”, como se isso fosse algo politicamente correto e como se não afetasse o Governo. Gilberto Carvalho, salvo engano, já tinha criticado essa postura, de se pautar pelas manchetes de jornais. Dizia que se houve denúncias, que se espere o desenrolar das investigações, que se escute o aliado. Mas não, Dilma partia logo para defenestrar o aliado, abandonando-o à própria sorte. O efeito perante a opinião pública, em relação aos aliados, é o pior possível. E, claro, ninguém gosta de ser abandonado. Soa como falta de compromisso, traição e efetivamente é traição.

    A mesma coisa agora, com aliados como Collor e Renan, além da falta de diálogo com Cunha, conforme pretendido por Lula, que disse que Dilma tinha que fazer um acordo com ele. Isso é política. Um governo não pode ficar isolado, sem sustentação. O pior de tudo é a noção errônea de que a acusação contra os aliados não atinge o governo. Não sei quem foi o idiota que achou um dia que isso fazia sentido ou era certo.

    A inutilidade dessa política traíra, de falta de compromisso, é o que vemos hoje: Dilma e pessoas como Renan, Collor, Lindbergh Farias, Gleisi Hoffman, Humberto Costa e tantos outros estão exatamente no mesmo barco. A acusação é a mesma: receberam dinheiro de corrupção da Petrobras em suas campanhas. Dilma só não teve o inquérito aberto porque, enquanto estiver no cargo, não pode ser investigada pela prática de crimes não funcionais (crimes comuns), de acordo com a jurisprudência pacífica do STF. Mas a prescrição dos crimes fica suspensa enquanto perdurar o mandato. Ou seja, mais na frente Dilma será investigada sim pela polícia federal.

    No entanto, nada disso impede a abertura da investigação no Congresso, que já foi aberta, e o posterior processo de impeachment, pois aqui se trata de crimes funcionais ou de responsabilidade e, neste caso, cabe plenamente a investigação e posterior punição (perda do cargo e suspensão dos direitos políticos por 8 anos).

    Resumo da ópera: os militantes ou apoiadores do PT não podem achar que tratar a base aliada como autora de “mal feitos” e ela que se vire, como gosta de dizer Dilma, não tem nada a ver com o Governo Dilma. Esse é um traço errático do Governo Dilma, qual seja, abandonar os aliados políticos ao menor sinal de acusação contra eles, como já havia alertado políticos experimentados como Gilberto Carvalho. Dilma fez isso todo o tempo, como se não fosse com ela, e agora acha que pode continuar a fazer isso. Isso será um erro primário. Essa postura não tem mais espaço, como, aliás, nunca deveria ter tido. O Governo Dilma precisa da base aliada de Renan, Collor, Cunha etc. Fora isso, é impeachment. Mera questão de tempo. O resto é tergiversar, não enfrentar a grande crise política que acabou de começar. Será praticamente impossível governar este país nos próximos meses. O Governo Dilma definha a olhos nus, em muito, por incompetência política de seus apoiadores petistas.

    1. E como diz  o ministro:
      Min.

      E como diz  o ministro:

      Min. Rosseto: Temos instabilidade, temos dificuldades, mas nada autoriza caracterizar isso como crise. Crise é o não-funcionamento das instituições, o não-exercício da democracia. Crise é não haver conflito, não haver espaços para manifestações. Conflito é expressão da democracia.

    2. E como diz  o ministro:
      Min.

      E como diz  o ministro:

      Min. Rosseto: Temos instabilidade, temos dificuldades, mas nada autoriza caracterizar isso como crise. Crise é o não-funcionamento das instituições, o não-exercício da democracia. Crise é não haver conflito, não haver espaços para manifestações. Conflito é expressão da democracia.

      1. O sentido que se queira dar às palavras não muda a realidade

        Esse exercício semântico pode fazer sentido em termos acadêmicos, mas não tem qualquer efeito na realidade dos fatos. Chamar a situação de crise ou instabilidade, nada disso importa e sim o que de fato está acontecendo. E a situação aponta para estagnação e perda de rumo, minando a governabilidade. Numa situação em que vários políticos da base aliada estão sendo acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, inclusive a presidenta, que só não será investigada agora pela polícia federal e pela PGR porque a Constituição não permite, o único diagnóstico possível é periclitante, extremamente grave em termos políticos. O desgaste é evidente, assim como a perda de sustentabilidade do Governo.

        O Governo Dilma pode até sobreviver ao que está acontecendo, mas o mandato está definitivamente comprometido em termos de resultados positivos para o país. Não tem tranquilidade e condições de Governar bem. É um Governo que terá que viver se defendendo dos ataques da oposição, do Poder Judiciário, da PGR etc. Mesmo que, a duras penas e aos trancos e barrancos, se mantenha no poder, o estrago será grande demais para que algo positivo possa ser feito ao país. No mínimo, o Governo chega enfraquecido para a eleição de 2018.

        Esse é o cenário, na minha opinião, claro.

        1. “Esse exercício semântico

          “Esse exercício semântico pode fazer sentido em termos acadêmicos, mas não tem qualquer efeito na realidade dos fatos.”

          Perfeita sua observação, caro Argolo.

          Muitos ainda insistem em tapar o sol com a peneira. Pior, não percebem que estão fazendo papel ridículo, como o rei do blablablá, que teve a cara de pau de escrever um post (furioso, prolixo e chutando números ao léu, como sempre) dizendo que Dilma não retirou direitos trabalhistas, mas apenas direitos previdenciários… Ah bom!

           

          1. Não vamos criticar os

            Não vamos criticar os mortos. 

            Ou estaria ele apenas hibernando durante o prolongado e rigoroso inverno petista ?

          2. Daqui a pouco ele ressurge

            Daqui a pouco ele ressurge mais furioso do que nunca, com algum post contendo 847329304045055 caracteres e 47 parágrafos “provando” com uma enxurrada de números aleatórios que o governo Dilma é “um sucesso” e que todos nós estamos loucos.

          3. Eu gostei mais daquele da CIDE

            Não subimos os combustiveis, apenas recompusemos a CIDE – o que resultou no aumento dos combustíveis…rs

      1. Claro que não, eu sou contra o impeachment

        Para mim, Dilma é inocente de todas as acusações. E os comunistas deste governo (PC do B) não são exatamente comunistas ou não agem como comunistas, apesar de eu achar que comunistas, em termos de direito de participar do regime democrático, são iguais a qualquer outro político, inclusive fascistas. Para mim, não passam de correntes políticas como quaisquer outras.

  13. Dilma conseguiu queimar

    Dilma conseguiu queimar pontes com TODOS os setores que tradicionalmente sustentaram o PT: funcionalismo público, classe média esclarecida, trabalhadores em geral, movimentos sociais.

    Tratou todos a pontapés, com a sutileza de um hipopótamo em loja de cristais. Fez isso por empáfia, arrogância, e com a crença de que a classe C garantiria apoio eterno ao PT. Sua política foi tão desastrosa que perdeu para Aecio em redutos tradicionais do PT, como a periferia de SP e o DF (onde conseguiu a proeza de ficar em terceiro lugar).

    Enfim, a mulher é um desastre, um trem desgovernado, anos se passarão para o PT recompor o estrago causado em suas bases (se é que conseguirá).

    1. A Dilma surfou bem na onda da

      A Dilma surfou bem na onda da popularidade alta, destratou a tudo e a todos, mas, e agora que a popularidade está quase no rés do chão? Li aqui que o melhor seria se ela saisse do PT e fundasse outro partido, tambem concordo.

    2. Aprendizado

      Por outro lado, momentos como este são também um aprendizado único, a ferro e fogo, onde a realidade mais dura se impõe, e após um longo mergulho nas profundezas da crise, Dilma Roussef pode ressurgir mais experiente, politicamente testada, com novos cristalinos nos olhos. Ter sido eleita com o país crescendo a 7,5%, e herdado uma popularidade nas alturas contruida pelo governo Lula, foi realmente péssimo para ela, gerou ilusões indesejáveis. Agora vamos saber quem realmente é Dilma Vana Roussef.

  14. O Nassif deu a receita para a

    O Nassif deu a receita para a comida não desandar. O problema é que a cozinheira que terá que saber usar os ingredientes chama-se Dilma. Portanto, há uma grande chance de estarmos fritos (rs). Se estourar o desemprego e juntar-se à recessão em dose muito alta, Dilma vai renunciar ou ser obrigada a isso – até mesmo pelo PT. 

  15. Muito prazer. DIlma. Mas pode

    Muito prazer, Dilma. Mas pode me chamar de Crise.

    Tem jeito não. A Dilma incorporou a crise e, mesmo que tentasse, não iria encontrar esses interlocutores.

    Ninguém mais quer aparecer na foto com ela. Até mercadantes e quetais parece que estão se escondendo, ou tentando serem esquecidos, ou tentando que esqueçam que estão participando deste fim-de-feira melancólico. Todos eles já estão pensando no seu futuro político pós-Dilma.

    Ela é tão ruim de serviço que nem uma tropa-de-choque como a do Collor está consegue montar.

    Resta a ela ter a grandiosidade para renunciar e deixar o país voltar a funcionar.

    1. Porque é uma bobagem, não leva a nada

      Hiperplexo, veja o que o FHC acaba de publicar na sua página do Facebook (10p9): 

      Fernando Henrique Cardoso

      1 h · 

      FHC desmente a matéria da Folha:
      “O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas â Justiça. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo.
      Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia ä recessão.”
      (abaixo texto original a mim, @xicograziano, remetido neste sábado)

      Comédia: PSDB e povo, tudo a ver; 

      1. Arrependimento

        O PSDB se arrependeu amargamente da estratégia do “sangramento” de Lula no mensalão. A depender da força das manifestações do dia 15 agora, os tucanos vão com tudo pelo impeachment da Presidente, com uma barragem de artilharia anti-governo garantida pela velha e grande mídia. Pode ser que dia 15 seja um fiasco, mas Lula não citou em discurso o “exército do Stédile” por nada.

      2. PACTO POLÍTICO: POR QUE NÃO?

        Depende do que se entenda por pacto político. O interesse do País deve estar muuuito acima das divergências e ódios, por mais radicais que sejam. Os caminhos egocêntricos e do ressentimento passado afastam a possibilidade de diálogo construtivo.

        Esse diálogo até pode permitir que se perceba melhor, com mais profundidade, o que “pensa” e “quer” o adversário de modo a lidar com ele de forma mais inteligente e estratégica. Além disso, é frequente julgar o adversário apenas pelo “ouvi dizer”: nem sempre é um retrato fiel da realidade. E luta-se contra o adversário errado, uma caricatura dele.

        Finalmente, apenas “palavras publicadas” são traiçoeiras: nunca dizem tudo, nunca mostram todas as possibilidades. Mesmo a oposição admite que Lula conseguiu muito mais que Dilma : por que? Porque ele é um mestre na “arte da conversa”, encarna o “homem cordial” *

        *cor de coração, não necessariamente de cortesia e bons modos…

  16. Difícil o alento,

    Quatro monumentais desastres, em apenas 2 meses de governo, sobre uma base econômica e política que claudicava há, pelo menos, dois anos, precisam muito tempo para serem corrigidos. Ainda mais, quando vemos uma presidente inerte diante de uma mídia cada vez mais agressiva e uma oposição com a cara de Tasso Jereissati, ao agradecer Renan Calheiros. Hpocrisia e canalhice discutindo qual sobressai mais rápido.

    Ainda que existissem, e para mim não existem, articuladores qualificados como os desejados por Nassif, a recomposição somente aconteceria mais rápida se puxada pela economia, quadro difícil de reverter. Pelo contrário, com tendência de piorar em todos seus indicadores principais: crescimento, alta da inflação e o inócuo e contínuo aumento dos juros, falta de confiança da indústria na demanda para poder investir, reversão na queda do desemprego.

    Enfim, perspectivas que, mesmo quando eram irreais, as folhas e telas cotidianas tradicionais, noticiavam como realidade. Imagine-se agora, realmente sinais adversos.

    Esse, então, um fortalecimento que Dilma não terá, no que será acompanhada por uma base aliada  que não entra em canoa furada, ou seja, que não possa armazenar bilhões de reais em verbas que formam o tal presidencialismo de coalizão.

    Parece-me que apenas restou no imaginário da sociedade brasileira, nestes 12 anos de governo petista, um só símbolo político, na levada do “quanto fomos felizes”: o lulismo. Arrisco: mais nada.

    Da inserção social ao crescimento econômico, passando pelos emprego, política exterior, relação com o empresariado, apaziguamento dos movimentos sociais, e mais teríamos. E não podemos dizer que não passou por crises graves em todas as esferas do Poder. Política – o mensalão; econômica – a crise internacional; judicial – o viés político de Gilmar. Some-se a isso um ataque da mídia que se perenizou entre o desonesto e o preconceituoso, em todos os seus oito anos de mandato e até hoje (vide o roubo de “Veja” contra a privacidade da família do ex-presidente.

    Sendo assim, para Dilma, só uma tarefa a cumprir no sentido de manter um projeto político que possa, ao menos, retomar alguns princípios de esquerda mais próximos de chegarmos a uma sociedade menos desigual: aguentar-se sem mais grandes desastres na Presidência até 2018. 

    Se conseguir, a Nação agradece.

  17. Esse pacote fiscal está longe de ser trágico

    Fui um dos que sempre fui contra o Levy virar ministro, agora quem defendia sua nomeação resolve criticar um ajuste que nada prejudica os programas governamentais.

    1,2% de superávit, dez anos atrás era 5%. Se o desemprego cai seguro-desemprego não pode aumentar, essas pensões viraram mamatas para alguns.

    O governo acerta ao incluir a taxação do andar de cima, para que seja aprovado, o governo deveria com vincular a criação com o aumento de salário dos aposentados que ganham acima do mínimo e a mudança do fator previdênciario.

  18. SAL, POR AÇÚCAR

    Se o Nacif deu a receita, é certo que a Dilma confundirá o salgado pelo doce; ou seja: em lugar de sal, colocará açúcar e a receita vai para o brejo.

    Mas, por outro lado, pergunto: Se, hoje, o presidente fosse o Aécio, será que o Nacif estaria tentando “ajudar”, dando um mínimo de norte ao mandatário?

    Será que o Nacif não estaria ajudando a enterrar ainda mais o “cadáver”?

    Quando o Nacif escreve “….parar com essa bobagem de pacto político com o PSDB”, percebi que existe, sim, uma atitude tendenciosa de só ver o “lado bom” (se é que existe) do governo petista.

    Outra: Por que será que Dilma não foi arrolada na lista do Janot, uma vez que assinou o documento para a compra da refinaria de Passadena, nos EUA? Acho que ele foi pressionado pela própria Dilma, nos moldes: “Veja lá o que vai fazer, hein? Afinal, fui eu quem te indicou”

  19. Apoio na economia apenas nos setores menos competitivos

    As desonerações foram um fiasco, o governo desrespeitou regra básica na economia, nunca dar incentivo aos setores já capitalizados.

    Os preços aumentaram no país, empresários fizeram a pergunta: “se o governo subsidia meu lucro, não preciso de competir, então pra quê vou baixar meus preços???

    É urgente restringir ainda mais fusões empresariais.,

    Os meios de comunicação estão contra o fim das desonerações para a selic não cair.

  20. Você é já tem nessa altura
    Você já tem nessa altura invejável experiência no trato das coisas de governo, Nassif.

    Há entretanto um equívoco que comete sempre desde quando considerava a governalidade o supra sumo da perspicácia política Luliana…

    Sim, para que um politico se salve no seu governo ela vale de alguma coisa.

    Para a formatação do espaço politico-juridico – as regras do jogo – ela é apenas, obviamente, o prosseguimento de uma disfunção.

    Qual seja, uma representatividade tosca da plutocracia que vivemos.

    A solução.? Claro, mudar as regras. Aí que entra seu engano, como já se enganava feiamente nos tempos do ufanismo: sem um politico capaz de iniciar reformas estamos fadados ao fracasso ou, no máximo, a vôos de galinha travestidos de inovação espetacular.

      1. errado!
         

        só quando ele vai como reboque politico, social e econômico!

        diferença entre quem faz a hora e quem espera acontecer.

        diferença entre mandato do Lula com o bolsa família, o pau comeu ou esqueceu?, e o da Dilma com o movimento de junho/13, o ministro inteligentemente soltou o programa mais médicos, quem brigou?, o ministro, os politizados contra toda mídia, associação, médicos, racismos, todos enfim e esta ai. O que Dilma faz e apagar o fogo quando dá na cabeça, caso contrario fica calada e quieta.

        kkkk

        se não fosse a internet Dilma já teria caído como outro qualquer.

        aqui e outros estamos apontando o dedo mesmo. 

        Ate errado consciente. 

        E o governo executivo e seus ministros?

         

  21. Apoio político é mais complicado, Lula estragou tudo…

    O PT chegou a ter 34% de simpatizantes no eleitorado brasileiro em mar/2010, o maior para um partido brasileiro desde 1980, hoje é menos da metade.

    Ao priorizar alianças indesejáveis “matou” qualquer possibilidade do PT cumprir seu programa partidário, a menos que haja reforma política e pressão popular.

    Com alianças mais ideológicas o PT teria sem exageros 120 congressistas, com os demais partidos de esquerda mais 200, chegaria a maioria com menos barganhas.

    Lula e seu governo encerraram com grande apoio popular, situação semelhante a Sarney (1986) e FHC (1994).

    1. Tocou no ponto chave de toda
      Tocou no ponto chave de toda questão em poucas linhas e de modo claro.

      Seu tópico mereceria a pagina principal…

  22. A presidenta Dilma Rousseff

    A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (6) que o Programa Minha Casa Melhor passa por revisão, por causa da taxa de inadimplência. 

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-03/governo-pode-inserir-programa-minha-casa-melhor-no-minha-casa-minha-vida

     

    Vem aí o Programa Minha Casa Caiu. Todos governistas podem aderir ao programa. Para aqueles que detém cargo público não-concursados, a adesão é compulsória.

  23. Perdi o rumo (ou o prumo)

    Alguém pode me explicar como é que a Folha de São Paulo pôde montar uma edição destrinchando todas as atividades do Ministério Público Federal se o bagulho foi liberado apenas ontem à noite? Em uma noite conseguiu analisar todos os documentos? Ou o bagulho já havia sido liberado antes?

  24. A fase 2 da Lava-Jato é novo jogo

    Ao tirar o sigilo de 28 pedidos de abertura de inquérito da Lava-Jato, o ministro Teori Zavascki mudou o jogo. Imagino e conto que logo toda a documentação estará na internet. Com esta transparéncia, inevitåveis consequências:

    1) Terminou hoje na mídia sua rídicula campanha com vazamentos seletivos. Final patético com capas que entrarão para a História sobre o jornalismo venal praticado neste já século XXI. A bola estará com a mídia progressista.

    2) A discussão será sobre os critérios de motivos que colacaram cada nome nos inquéritos, e o porquê dos que foram arquivados. Com isto, Furnas entra na Lava-Jato. Documentos são mais difíceis de virar abobrinhas na mídia.

    3)  Na Folha hoje, FHC conversa com Lula e Dilma. Isto pode explicar os não movimentos de Dilma. O que sairá, nåo sei, nem tenho otimismos. Mas é jogo que segue.

    1. Pelo contrário. O

      Pelo contrário. O contraditório inteligente é bem vindo e prestigiado. Mas você se limita apenas a provocar. Não acrescenta nada.

      1. Mentira

        O contraditório inteligente é que é perseguido. Sempre foi assim.

        Você é apenas mais um que tolera apenas a mediocridade.

        Voltaire, não que eu esteja me comparando, não poderia escrever nada no seu blog.

        A mediocridade não tolera quem pensa “fora-da-caixinha”.

      2. Opinião

        Discordo do Sr. Nassif, todas as partes devem ser ouvidas, IMPRENSA e POVO, sem exceção, e quaisquer que sejam as opiniões, estamos em uma DEMOCRACIA !!! O Juiz deve ser aquele que LÊ !!

         

      3. Opinião

        Discordo do Sr. Nassif, todas as partes devem ser ouvidas, IMPRENSA e POVO, sem exceção, e quaisquer que sejam as opiniões, estamos em uma DEMOCRACIA !!! O Juiz deve ser aquele que LÊ !!

         

        1. Caso em questão

          Desde que não sejam provocaçõs gratuitas.

          Tem uns que passam do ponto.

          Sei que é dificil policiar-se, mas para isso está o moderador.

          Provocador ocasional, ignora-se ou rebate-se. Provocador assiduo,modera-se.

      4. Concordo com o Nassif

        Nenhum fórum de discussão precinde de moderação. A ação do moderador é fundamental para impedir que indivíduos mal intencionados impeçam que as pessoas exponham suas opiniões, valendo-se de provocações e agressões.

        Na Internet essa atitude é muito comum, pois os mal intencionados se valem do anonimato que imaginam ter (e que não é real) e da facilidade de despejar as provocações aos borbotões para atingir seu objetivo de impedir o debate livre. Tão comum é que o jargão “troll” surgiu para identificar esse tipo de atitude.

        Parabéns ao Nassif por fazer a moderação necessária para dar espaço a todos se expressarem sem que a trollagem impeça o livre debate.

        1. Aê puxa-saco

          Taí meu cadastro com nome e sobrenome.

          Que anônimato ?

          O problema de vocês, medíocres, é que vêem em qualquer opinião fora mediocridade com a qual você conseguem lidar, como sendo provocação.

           

          1. De citações, a internet está

            De citações, a internet está cheia.

            Muitas das suas opiniões carregam inverdades e má fe, com intuito de ofender, apesar do seu português correto e seu léxico apurado. Mas é um provocador, um troll que acredita não ser…

            Isso irrita mais que a ironia. Poderia ironizar sem provocar

          2. Você é um caso clássico de

            Você é um caso clássico de sujeito desprovido de qualquer intelectualidade, incapaz de enriquecer qualquer debate, e se acha um dos supinpas do pedaço.

            Basta ver sua participação no post da lista da lava-jato ontem para perceber isso. Limitou-se a querer ironizar a presença ou não de um ou outro personagem sem nenhum argumento concreto.

            Quando alertei que estavam armando um novo mensalão, e isso está hoje sendo dito em toda a mídia, você se limitou, na sua burrice a me chamar de troll e coisas do gênero.

            Sem contar a surra que levou do Argolo, um dos grandes deste espaço, que consegue formar opinião própria e que também volta e meia tem que partir para a ignorância verbal contra o ataque da manada governista. Apanhou até no céu da boca. KKKKK

            Mas o Nassif é que sabe o nível que ele qer para o blog, afinal, o espaço é dele.

          3. Coxinhas a beira de um ataque de nervos

            Debater não é criar discódia através da provocação ofensiva, mas construtiva, necessária (que você não faz). E intelectualidade não se resume a frases e citações filosóficas. Conhecimento não é sabedoria (olha o clichê).

            Bom se concorda com Argolo…  E se acha que ele me enquadrou… Tá lá ele berrando sozinho, tentando se impor na marra como você…

            Admirador de Argolo, eleitor do Richa, petulante, prepotente e arrotador de abobrinhas, devidamente enquadrado pelo Nassif.

            Pra aprender. Bom cabrito não berra.

            Outra, enquanto o espaço for aberto suas inverdades serão contestadas.

             

        2. Bem engraçado você

          Tem um camarada aí com a alcunha de gão, que não se identifica. não diz o nome, que não aceita nenhuma opinião anti-governista, que xinga e destrata a qualquer um que opine contra o governo. 

          Que baixa o nível mesmo

          Mas para você, ele não está interditando o debate.

          Quem interdita sou eu, que trago fatos históricos que derrubam suas defesas do governo. Apenas porque o faço de maneira irônica e debochada.

          Isso tem um nome: HIPOCRISIA.

          Mas é normal no seu caso e de outros governistas.

          Como bem disse Ingersoll, referindo-se ao ódia contra Valtaire a seu tempo, a estupidez detesta a risada e a ignorância odeia a ironia.

          1. Se não nos atermos a ser
            Se não nos atermos a ser contra ou a favor do governo, creio que poderemos contribuir melhor para as teses que o blog inteligentemente levanta. O ser pragmático dificilmente sai do quadrado, porque se prende a um dogma maior bloqueador de novas perspectivas, e, afinal, até Voltaire, no fim da vida, retomou a tão contestada fé cristã.

          2. Por acaso é esse mesmo teu nome ?

                Pois pelo que vi já admitiu ter usado outro aqui mesmo. Se quer saber, teu comentário foi o primeiro que eu denunciei nesse blog e tô aqui há muitos anos, já vi muitas barbaridades escritas, se fosse eu quem ofendesse aqui era meu comentário que teria sido removido, outros comentaristas também  reclamaram do teu nível, só nessa página chamou gente de puxa saco e medíocre mesmo depois de  expulso, eu somente respondo e nem é à altura, o segundo comentário ofensivo aos nordestinos me parece que ainda está publicado e é bom até o Nassif dar uma olhada. Repito, dois comentários seguidos altamente preconceituosos.

      5. Nassif, obrigada por
        Nassif, obrigada por intervir.

        O desrespeito e a toxicidade afastam e inibem quem gostaria de se manifestar. Ter que bater boca para expor uma opinião – que nem é a de um especialista; eu não sou – é no mínimo dispêndio desnecessário de energia. Tenho desistido recorrentemente de me manifestar porque a temperatura dos debates desestimula inclusive entrar numa discussão já iniciada. Participar e em seguida ser xingada é desagradável.

        Entendo o valor e princípio democrático do teu blog e da linha editorial deste espaço, mas há abusos a meu ver desnecessários. Pode-se até mesmo desqualificar sem violência, sem xingamentos e sem destempero. Há muitos outros blogs por aí onde é possível – e até bem vindo – este despejar de impropriedades.

        Aproveito esta “interrupção” para comentar, respeitosamente, sobre um aspecto que tenho observado e que não sei se cabe alguma ação e nem se seria pertinente, mas que em algumas ocasiões me incomoda. Tenho notado uma ocupação quase monopolista de alguns espaços; contribuições de um único comentarista, espaços monocórdicos. A pluralidade pressupõe espaço disponível para manifestações diversas. Quando há um “pensamento dominante” (não o do editor, claro) outras contribuições podem se perder. Se houver moderação mas publicações, creio que vale dar uma olhada nisso.

        1. Está certo

          COncordo plenamente com você, mas não parece ser bem esse o objetivo, afinal, o primeiro passo para desintoxicar o espaço, seria justamente impedir o efeito-manada, tão comum por aqi.

          Basta uma opinião minimamente discordante e anti-governista e o opinante é vítima de uma saraivada de acusações de ser  troll, troll-tucano, etc e é mandado de volta para o esgoto de onde saiu e outras coisas do gênero.

          É só analisar com imparcialidade os posts e constatar isso.

          Isso sim afasta o pensamento discordante de muita gente, a não ser que sejam cascas-grossas como eu e outros aqui que enfrentam a manada de bestas sedentas governistas. A maioria não quer entrar em atrito e passa longe da discussão.

          Basta o Nassif fazer uma análise do conteúdo de minhas postagens e analisar as reações dos caras que se acham o dono do pedaço, e aparentemente os ão;

          Irônico  mesmo é ver o Nassif criticando a Dilma por se cercar apenas dos que a aplaudem, da torcida organizada e usar a mesma prática por aqui.

          Afinal, parece qe a intençaõ não é m espaço plural de discussão, o uso inteligente da rede para discutir idéias, mas sim para a formação de um clube de amigos de sarau.

           

          1. Talvez porque o atrito
            Talvez porque o atrito constante não agregue.

            Isto que você chama de “efeito manada” é uma natural convergência de opinião. Eu sou absolutamente de centro e muitas vezes não concordo com posições postas, que a depender do assunto, nem tenho conhecimento para opinar ou refutar. Nestes casos,simplesmente me retiro. Porque iria querer que todos concordassem comigo ou adotassem minhas idéias?

            Se você quer frequentar um espaço – este ou qualquer outro – em que há muita dissonância e divergência com teu pensamento, para se fazer ouvir e participar colocando sua opinião (se você quer isso), é preciso um pouco mais de calma. Você se queixa de não ter espaço; este espaço que você quer precisa ser conquistado. E o que acontece com os outros, é com eles; e o que faz e pensa o Nassif também é com ele.

            Ninguém nega sua inteligência e seu conhecimento (evite se comparar a Voltaire) mas só isso não basta para aceitação. Há códigos que tem que ser obedecidos. Quando não dá para mim, me retiro e quando é possível retorno. Sem problema. Sei que não é pessoal. Despersonaliza tua reação e a reação dos outros em relação a você. Vai ser mais fácil.

            Tenha um pouco mais de respeito por você e pelos demais. Acho que sua exclusão decorre de você negligenciar este cuidado.

          2. Você é um ingênuo inocente

            Queres fazer o que não se faz por aqui.

            Discutir idéias livremente, não existe nem aqui, nem na China.

            Idéias são perigosas e por isto mesmo CENSURADAS.

             Você pode vir com um fato de 10.000 anos atrás, narrado pelo pai da História escrita no ocidente e ninguém, eu disse ninguém, é isto mesmo, ninguém vai discutir sobre isto com você. Mesmo que este fato esteja como pedra fundamental da Civilização humana.

            Não existe isto de se discutir o PODER, este é conquistado, nunca dado ou delegado, muito menos discutido num forum dele.

            Agora voltemos à vaca fria, saindo da frente que atrás vem gente. rsrsrsrsrsrs….

        2. De acordo, Anna. Tenho

          De acordo, Anna. Tenho reparado, e nem sei se é porque os nervos estão muito à flor da pele, que alguns comentaristas estão se negando ao debate puro e simples. Nem toda opinião divergente é a tal trollagem. Tudo depende da forma como os argumentos – quando existem – são apresentados. Se é mera provocação, melhor passar por cima. Agora, retrucar chamando de imbecil e outras coisinhas meigas não melhora o nível.

          Esse comentarista agora expulso (? ) recentemente forneceu material para um post , sobre o agro-negócio na África. Uma boa matéria, que certamente teria gerado mais discussão se não tivesse sido proposta por ele. Esse mesmo tema foi tratado por Boaventura Santos, que não me parece um agente provocador da CIA. 

          De todo modo, mais um voto pela pluralidade civilizada.

    2. Não se pode fazer a fama e deitar na cama

       

      José C Brandes (sábado, 07/03/2015 às 11:25),

      Você já recebeu o bom conselho de Ana Dutra no comentário que ela enviou para você sábado, 07/03/2015 às 15:38, junto ao seu comentário mais abaixo enviado sábado, 07/03/2015 às 14:16, na sequência de comentários junto a este seu comentário de sábado, 07/03/2015 às 11:25. Eu não teria mais nada a acrescentar. Ou talvez coubesse aqui fazer referência ao comentário que eu enviei domingo, 08/03/2015 às 19:10, para junto do comentário de Dermeval Junior enviado domingo, 08/03/22015 às 00:42, aqui para este post “Os desafios para Dilma garantir a governabilidade” de sábado, 07/03/2015 às 18:57, de autoria de Luis Nassif. No meu comentário para Dermeval Junior eu comento mais outras possibilidades que podem levar ao equívoco de se considerar que o comentário foi censurado. Uma possibilidade a mais e que eu não a explicitei para Dermeval Junior consiste no envio do comentário para um lugar diferente daquele para o qual a gente pretendia enviar. Quando isso ocorre, a gente fica com a impressão que o comentário foi cortado.

      E fiz questão de comentar aqui junto ao seu comentário por dois motivos. Um motivo foi um ótimo comentário seu enviado quarta-feira, 25/02/2015 às 17:00, para junto ao post “O que realmente está em julgamento na Lava Jato, por Fernando Brito” de quarta-feira, 25/02/2015 às 15:10. Não cheguei a comentar junto ao seu comentário, mas considerei que você fez uma pesquisa exaustiva pondo por terra todos os argumentos de Fernando Brito. Era minha intenção até em indicar o seu comentário lá no blog Tijolaço para que se pudesse perceber a fragilidade da argumentação que existe hoje contra o Lava-jato.

      Penso que o PT não deve ver na atual animosidade de grande parte da população contra o PT como fruto somente do conluio da grande mídia com a oposição conservadora, mas como fruto também de erros do PT. E um erro recente do PT foi ficar contra o julgamento da Ação Penal 470, quando poderia fazer como o ministro Enrique Ricardo Lewandowski, que tinha um entendimento sobre o crime de corrupção e depois passou a ter o mesmo entendimento do ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes. Se o PT tivesse mudado de opinião

      Agora em razão dos problemas econômicos que o processo de julgamento dos envolvidos com a delação premiada na operação denominada Lava-Jato possa vir a acarretar à economia, a maioria da esquerda faz críticas a operação desmerecendo-a com base nas falhas que uma operação desse tamanho produz. E a critica que a esquerda alega também tem sido feita com base no uso não só das falhas, mas também dos acertos da Operação Lava-Jato, pelo fato de se divulgar a Operação Lava-Jato com o fim de concentrar a crítica no PT. O mau uso da operação Lava-Jato ainda que o mau uso tenha sido direcionado contra o PT, não pode ser motivo a mais para a esquerda se posicionar contra a Operação Lava-Jato.

      A esquerda tem que perceber que após a Operação Lava-Jato muito provavelmente a situação será melhor do que a atual. Além disso, a crise econômica pela a qual o Brasil está atravessando tem pouca relação com a operação do Lava-Jato.

      Eu já elogiei o comentário que você enviou para o post “O que realmente está em julgamento na Lava Jato, por Fernando Brito”. O elogio foi feito em comentário que envie sábado, 28/02/2015 às 15:31, para junto de comentário seu enviado sábado, 28/02/2015 às 11:38, junto ao post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer” de sábado, 28/02/2015 às 19:10. Em meu comentário eu também elogiava o segundo comentário seu. É claro que no segundo caso o elogio foi mais circunstancial. Com 304 comentários o seu comentário é o primeiro na quinta página do post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer”.

      O título do seu comentário era “Inês é morta” para dar entender que a presidenta Dilma Rousseff não tinha nada mais a fazer contra a frente que iria sufragar Michel Temer. Ora havia um texto ruim de Luis Nassif como eu deixei a entender em meu comentário enviado sábado, 28/02/2015 às 12:15, e que está entre os últimos cinco da quarta página. O texto era uma forma de Luis Nassif dar vazão a um boato que poderia ser verdadeiro e que dizia que a presidenta Dilma Rousseff iria renunciar em favor de Michel Temer. Para não ser pego no contra pé em uma improvável renúncia da presidenta Dilma Rousseff ele deixou um elogio camuflado a Michel Temer. Única justificativa plausível para o conteúdo do post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer”.

      Só que aquilo que ficou nebuloso no texto de Luis Nassif, no seu comentário ficou claro e por isso eu elogiei você. Além do título estabelecendo que “Inês é morta” você diz em seguida que que a presidenta Dilma Rousseff não tomaria nenhuma medida contra esta corrente. Dentro do enfoque de Luis Nassif, a presidenta Dilma Rousseff teria que tomar a decisão logo. Como para mim a presidenta Dilma Rousseff só pode tomar a decisão em 2016, eu considerei o seu comentário mais de acordo com o que eu pensava do que o comentário de Luis Nassif do qual eu divergia completamente. E no seu comentário a presidenta Dilma Rousseff atuava porque a substituição de Michel Temer era feita com o consentimento dela, enquanto no post Luis Nassif dava a entender que por inércia a presidenta Dilma Rousseff abdicou do poder.

      Além disso, na sequência você coloca Lula, José Sarney e Michel Temer como sendo guiados pela razão de Estado. Ou seja, você os coloca na posição de estadistas conforme seria o entendimento de Andre Araujo. Gosto muito de Andre Araujo, mas considero esses arroubos dele de grandeza política muito elitistas, pois só alguns são os eleitos. Para mim, ou todos os políticos são estadistas ou estadista é termo mais para historiadores e que não cabe ser usado para a descrição da realidade que se presencia. Se eu tenho condições de dizer que aquele ato é de estadista, eu tenho condições de dizer para todo político qual o ato que ele deve tomar e, portanto, volta-se ao mesmo diapasão: todo político é um estadista. Só que colocar no mesmo pedestal Lula, José Sarney e Michel Temer não é feito que todo mundo faz. Metade aqui no blog de Luis Nassif coloca o Lula no pedestal, mas só uns dois ou três colocam o José Sarney e um número pequeno ainda que possa ser expresso em percentual de talvez até uns 30% coloca o Michel Temer. Você colocou os três e então eu vi um diferencial no seu comentário com o qual eu concordava.

      Há depois uma frase sem sentido e que consistiu em dizer que “O movimento do dia 15 se transformará apenas na aclamação pública do PMDB”. Era outra visão dos que veem o movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff como o ponto final do governo da presidenta Dilma Rousseff. Só que a ideia central de que tudo estava sendo preparado para Michel Temer substituir a presidenta Dilma Rousseff só faria sentido em caso de doença de Dilma Rousseff. Quer dizer a frase “O movimento do dia 15 se transformará apenas na aclamação pública do PMDB” sozinha era boba. A ideia de aclamação de Michel Temer também deixava muito a desejar, mas frase “O movimento do dia 15 se transformará apenas na aclamação pública do PMDB” dentro da ideia de aclamação de Michel Temer e está sendo considerada como uma forma de passar o poder da presidenta Dilma Rousseff para Michel Temer tendo em vista a doença da presidenta Dilma Rousseff parecia uma estratégia de gente graúda. É bem verdade que até o momento em que eu enviei o meu comentário para você não havia saído o comentário de Alexandre de Argolo, enviado sábado, 28/02/2015 às 16:40, lá para o post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer” em que ele divulga o boato da renúncia da presidenta Dilma Rousseff em razão de saúde. A observar que o comentário dele é aproximadamente o 16º da terceira página e rendeu comentário até o 45º.

      Ainda assim, isto é, mesmo sem considerar uma possível doença da presidenta Dilma Rousseff, a informação que você dava de que “O movimento do dia 15 se transformará apenas na aclamação pública do PMDB” dentro da ideia de aclamação de Michel Temer e está sendo considerada como uma forma de passar o poder da presidenta Dilma Rousseff para Michel Temer, era uma construção que exigia a participação de Michel Temer e a presidenta Dilma Rousseff, estando eles trabalhando em conjunto. Uma afirmação que estava a mil quilômetros à frente da de Luis Nassif.

      Aliás, há outro comentário seu de qualidade lá no post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer” junto ao longo e bom comentário de Carlos Alberto Lemes de Andrade enviado sábado, 28/02/2015 às 22:36, em que você elogia a sapiência do PMDB diante do momento em que o país atravessava, como se fosse um contraponto ao que Carlos Alberto Lemes de Andrade dissera, embora Carlos Alberto Lemes de Andrade não dissera nada que justificasse o teor de seu comentário como um contraponto. Assim, se fosse um comentário isolado, justificando o seu comentário enviado sábado, 28/02/2015 às 11:38, e de que eu tinha gostado, ele fizesse mais sentido. Enfim no comentário enviado sábado, 28/02/2015 às 23:36, para junto do comentário de Carlos Alberto Lemes de Andrade enviado sábado, 28/02/2015 às 22:36, e para o qual você deu o título de “Esquece”, você afirma:

      “O PMDB tem a perfeita consciência da dimensão que ganhou a figura do Lula durante seu governo e que ele não é descartável. Se quiser, para o país.

      Só que por outro, o Lula também tem a perfeita noção que, a continuar a campanha atual, por ter ele feito a sucessora, e dimensão da sua figura só tende a diminuir.

      Então é um questão de ganha-ganha.

      Tudo que o Lula quer da vida a essa altura é salvar sua biografia”.

      Trata-se de um ótimo complemento ao seu comentário de sábado, 28/02/2015 às 11:38. Alí junto do comentário de Carlos Alverto Lemes de Andrade ficou um tanto deslocado. Em quaisquer circunstâncias, eu concordo com o conteúdo do seu comentário.

      Uma semana depois, o post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer” de Luis Nassif envelhece. O seu comentário como um reforço e ao mesmo tempo como um contraponto, pois defendia a idéia de que o que Luis Nassif dizia que podia acontecer já ocorrera, feito sem o apoio do boato da doença de Dilma Rousseff, mas que ganhava contornos de validade com o boato, perde substância porque se ancorava numa força muito grande do PMDB quando na verdade o que há no Parlamento nacional é uma força muito grande do conservadorismo.

      No fundo a avaliação favorável que eu fizera a seu comentário tinha o seguinte sentido. A se aceitar a loucura do comentário de Luis Nassif, era melhor o seu que seria uma loucura com método. Os grandes se reuniram e consideraram que a melhor alternativa consistiria na renúncia da presidenta Dilma Rousseff. Aqueles a quem os deuses pretendem destruir primeiro enlouquecem. Bem, esta é uma frase de antigamente. Vejamos como um poeta que precisa ser conciso se não a poesia dele fica cansativa avaliou o post de Luis Nassif como se pode ver no provavelmente 38 comentário do post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer”:

      “Insisto: o blog aqui costuma ter ataques apocalípticos”

      Era o título que Romério Rômulo dera ao comentário que ele enviou domingo, 01/03/2015 às 01:12 e que na sequência afirmava:

      “Sempre foi assim. Pode partir do Nassif e/ou dos colaboradores/comentaristas.

      sugiro um Rivotril neste domingo, Lourdes”

      Bem, de um comentário que exigiu no meu entendimento pesquisa e que foi ótimo comentário seu enviado quarta-feira, 25/02/2015 às 17:00, para junto ao post “O que realmente está em julgamento na Lava Jato, por Fernando Brito” você saltou bem para baixo no comentário enviado sábado, 28/02/2015 às 11:38, junto ao post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer” ainda que nas circunstâncias dadas tenha a mim parecido um bom comentário.

      Desde então os seus comentários começam a definhar em qualidade de tal modo que eu fico tentado a reler o seu comentário lá no post “O que realmente está em julgamento na Lava Jato, por Fernando Brito” para verificar se ele tem toda aquela consistência que a primeira leitura me convencera de que você estivesse possuído.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 08/03/2015

  25. qua qua qua!!!
     

    definitivamente LN desistiu da Dilma.

    Como pessoa politica, jurídica, econômica e social!!!

    antes tarde do que nunca. A verdade que se não levarem o barco do governo ate a proximal eleição, perdemos anos dos avanço e ainda podemos levar outra vez o Brasil ao caos como nunca visto nesta terra. Não escapa ninguém da oposição, produtores, agricultura, mídia, governo, etc. O pais não eh mais da era Getúlio, nem do Jango e nenhum governo estadual segura ou tem forca popular, militar e social na estrutura atual.

    eles sabem disso.  Quem para esta segurança de barra?

    Dilma atualmente nao garante nada, nem ela na presidencia!

    Testada e anulada. Nao passou e nem deixou ninguem passar!

    Dilma com síndrome de ministra! 

     

     

     

  26. Nassif na teoria está fácil,

    Nassif na teoria está fácil, mas vc acha que existe um quadro de qualidade ao alcance dela? Acredito que exista fora do PT, mas acho que o problema maior é a falta de credibilidade da própria presidente. Os setores produtivos não confiam mais nela, interlocutores não farão diferença nessa hora.

  27. O Governo Dilma e o que acontece no resto do Planeta

    Atribuir todas as desgraças à Dilma não constroe o quadro completo conjuntural das forças que agem no Planeta.

    Como não estão todos os fatores sob controle dela, fica difícil acreditar que uma ação entabulada no seu governo irá alterar o panorâma global.

    Muitos países hoje estão com o Dólar valorizando, o que trás para eles como para nós problemas com o aumento da inflação e do desemprego.

    A política monetária expansionista, acompanhada das taxas de juro reais fortemente negativas praticadas pelo USA e pela União Européia introduziram mais um complicador na economia global, que está pensa de forma malígna contra as nações em desenvolvimento.

    Reflexos dos desequilibrios na distribuição de rendas, penalizando os mais pobres fazem ferver protestos por todos os continentes, não é só no Brasil que os pobres estão ficando mais pobres e um minúscula elite vem se apropriando de todos os bens e riquezas.

    Some-se a estes itens o problema ecológico, colocado de forma sublime pela Naomi no video do The Guardian que postei óntem e teremos um conjunto dificuldades de Grande monta.

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Rqw99rJYq8Q%5D

    Neste sentido, entendo o parágrafo do Nassif:

    “A primeira recomendação é a de relaxar e analisar. Não se tome a nuvem por Juno, o epicentro pela crise. Adotem-se algumas medidas para enfrentar questões mais urgentes, mas o desafio é planejar o pós-epicentro.”

    Se olharmos a crise institucional social-político-econômica brasileira veremos que permeando as incongruências, desacertos e desalinhos nas ações dos três poderes da república, como pano de fundo estarão forças iternacionais que agem completamente fora do controle de nossas instituições e mesmo do voluntarismo de alguns atores destes poderes.

    Penso que o desafio para a Dilma garantir a governabilidade do seu governo está completamente fora do seu alcance, por mais empenho e vontade que ela apresente para a tarefa. Fica claro quando vemos o surgimento de partidos políticos pelo mundo contra o Euro e o Dollar, como o Syriza, o Podemos e muitos outros, que vendo a total incapacidade de governança dos atuais líderes, renova seu discurso e apelo popular propondo um rompimento com o atual modelo comandado por Bancos Centrais.

    Se o conselho do Nassif para analisarmos a situação em sua inteireza for seguido por muitos, vários pontos de vistas deverão surgir para o debate e com um pouco de sorte, chegaremos a conclusões que levarão a consensos.

    Os quatro pontos levantados pelo Nassif, se tomarem em consideração o desafio ampliado que proponho e não a versão sintética e restrita proposta por ele, pode, se bem articulada com a lógica e implementada com sangue frio, colocar o Brasil, a tempo ainda, numa posição de embate mais confortável para a crise internacional que virá inexoravelmente.

    Agora, se as forças vivas da Nação, se deixarem cooptar pelos interesses dos Bancos Centrais e continuarmos  nesta balburdia intitucionalizada com fulcro em um denuncismo de quinta categoria, ai, quando a situação piorar, aqui vai ficar pior ainda.

    Vivemos em tempos interessantes.

  28. Os desafios para Dilma garantir a governabilidade

    Com o tipo de gente que a tem acessorado e a apoiado. Acho difícilela garantir qualquer coisa.

    Ela irá terminar o seu mandato. Mas o seu governo acabou. Não há qualquer resquício de credibilidade.

    E o povo? Para o povo resta Panis et circensis

    Se os n´veis de emprego se mantiverem altos e a inflação permancer sob controle, bolsa familia e minha casa minha vida, Os escandalos que assolam seu governo serão esquecidos.

    Isto não a farauma governante melhor. A fará uma governante que se safou, como tantos outros neste país

    PS. Acompanhei suas colunas durante o Governo Collor. Você não foi tão condescendente com o ex-presidente Deveria ter dado a dica de como Collor deveria fazer para garantir o poder..Esperava de você pelo menos imparcialidade e não este pró governismo escandaloso.

  29. Comentário

    Lamentável José C Brndes. Por acaso tens alguma foração? Porque se tens, provavelmente as manifestações nao seriam tão ridículas. Ainda bem que no país tem mais gente pensante.

  30. A credibilidade não é aliada da tolerancia !!

    A presidente desde q assumiu no seu 1º mandato, nunca manifestou boa vontade ou jogo de cintura para ouvir outras opiniões, ou mesmo escutar e trocar idéias com os varios setores da sociedade, sejem de natureza política, social, industrial, etc….Passou por cima de todos como um rolo compressor, e agora ??? A vaca tossui. Fez uma campanha repleta de mentiras, leviandades, inverteu posições, inventou coisas, não respondeu ao que de fato interessava ou lhe perguntavam, sempre saindo pela tangente…. e simplesmente desconcertou todo o País em seus setores primordiais e estruturantes. Colocou-o de cabeça pra baixo !!!! Não acredito que consiga chegar a um patamar agregador para nos colocar novamente no trilho, como propõe o Nassif. Hoje ela não tem a menor “credibilidade” para tal e duvido muito que

    consiga pelo caminho do diálogo, aglutinar bom senso junto ao que pensa, ninguém arriscaria sua cabeça e sua boa vontade pelos desmandos de um partido completamente perdido e que naufragou em suas aspirações políticas, sociais e econômicas. Só um milagre, e que levará aguns anos a frente para termos novamente o equilíbrio equilibrado.

  31. não será impossível como

    não será impossível como pretendem alguns ridentes e sarcásticos

    pessimisitas que não veem que a água pode estar nos seus pescoços.

    e riem em suas horrorosas reticencias e nem sabem do quê.

    a nossa tecelã dilma certamente reticulará todas essas articulações

    agora com dados objetivos sobre como atuar.

  32. Inventário inicial

    A governabilidade – isto é, o poder – em governo democrático de esquerda não é um fim em si mesmo, mas meio para formular e implementar políticas de Estado que favoreçam a maioria da população. Em governo de direita, tal é muito diferente, mas não cabe desenvolver essa questão aqui. Para o bem e para o mal, o governo do PT é um governo cujos discurso e utopia são ser ético e de esquerda. A governabilidade em seu governo, portanto, depende de uma maioria permanentemente mobilizada em favor dele, pois a força de governos deste tipo é diretamente proporcional ao nível de mobilização da maioria da população – ou bases – em torno dele, e não ao tamanho do poder econômico, por exemplo, como ocorre nos governos de direita.

    De se notar que, hoje, a Direita não tem nenhuma proposta de política de Estado favorecendo efetivamente a maioria da população, até mesmo proposta elitista e enganosa como no passado. Ao lado disto,  o governo Dilma tem sido débil em formular novas políticas para a maioria e em lembrar à opinião pública as que estão em curso – enquanto Lula atendeu as bases com política de ampliação do poder de compra do SM, o Bolsa Família (o “Fome Zero”), o “Minha Casa, Minha Vida” e outros, afora estar sempre na mídia (recebendo títulos universitários no exterior, participando como protagonista de eventos internacionais etc.) o governo Dilma, em comparação, visto a partir do Povo, nada fez de novo, e o “novo” é apelo fundamental para a mobilização, traz sentimento de que algo (bom) está sendo feito. O novo é apelo que renova esperanças. Além disto, onde está Dilma? Alguém a viu? Escondeu-se? O que ela tem a dizer ao Povo? Que notícias positivas se tem dela na mídia?

    A Direita pôs a hipocrisia de lado substituindo-a pelo descaramento,  e não se importa mais em tentar legitimar sua guerra pelo poder subordinando-a a alguma proposta pretensamente em favor do Povo. Limita-se a desconstruir os governos do PT e o próprio PT pelo viés moralista e autoritário, usando falácias como ataque ao homem e a do espantalho, principalmente estas. A desconstrução tem por propósito desacreditar o governo junto a suas bases destruindo a confiança nele de sua única força de sustentação, as bases. A desconstrução diuturna tem sido feita por intermédio da imprensa e do judiciário, ambos aparelhados pela Direita; a imprensa recorrendo a mentiras e omissões em seus noticiários e o judiciário cometendo injustiças hediondas com desfaçatez e crueldade raramente vistas no Brasil. A tática da Direita é manter as bases desmobilizadas bombardeando-as diária e diuturnamente com notícias de denúncia – sem provas – e notícias de condenações injustas de um judiciário escandalosamente polarizado contra o Povo e contra a Democracia. Como se vê, a Direita tem tática clara para a destruição do governo e do PT: isolar o governo das bases através da imprensa (marrom) e do judiciário aparelhado por ela.

    O cenário mais provável da Direita no poder é o seguinte: o governo de direita não terá qualquer compromisso com a sociedade, fará o que quiser – como fez na ditadura e no governo FHC, ambos apoiados pela classe média –, desde que prenda as lideranças trabalhistas e acabe com o PT, pois este é seu único compromisso com a sociedade. Se a Direita tomar o poder, assaltará o Estado e os trabalhadores como jamais fez antes – de se lembrar o Semler, empresário e escritor, que declarou, “nunca se roubou tão pouco no Brasil”, e ele é do PSDB –, pois estes anos de afastamento do poder central a tornaram faminta.

    O erro tático da Direita (uma vez que estrategicamente, sob olhar democrático, a Direita é intrinsecamente erro): mesmo a Direita, ainda que bem menos do que a Esquerda democrática (a Direita é sempre antidemocrática pois, por princípio, é elitista, uma vez que defende o sistema de lucro, e, como diz E. B. White, “O problema do sistema de lucro é que dá prejuízo à maioria das pessoas.”), precisa de apoio popular genuíno. Precisa de menos apoio, pois a Direita, do ponto de vista econômico, é a situação (consiste na burguesia que tomou o poder econômico no mundo ocidental nos idos da Revolução Francesa, mais os herdeiros da aristocracia rural, especialmente), e o dinheiro de que dispõe lhe permite comprar as notícias (para manipular a opinião pública) e consciências. Mesmo assim, precisa de apoio popular genuíno. O erro tático é o desdobramento da Lava Jato que causará segundo estimativas o desaparecimento de 500.000 empregos! Isto é um escândalo. Já há dezenas de milhares de pessoas sendo demitidas. Certamente, este desdobramento da Lava Jato, operação instrumentalizada pela Direita, tende a retirar o apoio popular de que a Direita também precisa.

    O erro tático da Esquerda, um deles, porque o que a Esquerda mais anda fazendo é cometer erros táticos, é não explorar as consequências desastrosas da Lava Jato para o emprego. E essa destruição de empregos por atacado não prejudicará somente o Povão, mas também a classe média. 500.000 empregos é muita gente. Cerca de 2.000.000 de pessoas serão afetadas. Mas o governo, o que diz sobre isto? Nada se ouve, com exceção da defesa do emprego que tem feito o Advogado Geral da União. E o AGU não aborda esta questão sob a ótica política partidária. A destruição de empregos tem de ser colada na direita, e tal é fácil de ser feito, e tem de ser feito. É por aí que o governo pode retomar sua base de apoio, a única, aliás. ou, se não for a única, a primária. Dilma tem de se posicionar sobre isto e com vigor. Não cabe vacilação nesta hora.

    Outros erros da Esquerda (ou governo) que diluem a confiança nela por parte das bases do governo: adoção de política econômica reacionária e absurda; a incompreensível incapacidade de ampliar a correção das injustiças contra os trabalhadores, iniciada com a ampliação do poder aquisitivo do SM, estendendo-a aos trabalhadores aposentados, o que teria largo impacto positivo em quase todas as classes (há aposentado em quase todas as famílias); não conter os vazamentos da Lava Jato e não rebater as acusações ao governo e ao PT feitas pela Direita; não ter até agora nenhuma resposta quer legislativa, quer operacional, quer judicial contra a imprensa marrom; desprezo pelos militares democráticos que estão largados à própria sorte; o isolamento do PT no Congresso, quando deveria ter buscado compor.

    Há mais a levantar.

     

    1. Ramalho, que bom podermos
      Ramalho, que bom podermos contar com tuas contribuições! De minha parte, Oxalá eu esteja equivocada, não acredito em recuperação nem em reação. Todos agora farão o que lhes cabe e os que lutaram, receberão a coroa de louros.

  33. Diagnóstico bem feito. Ou

    Diagnóstico bem feito. Ou muito me engano, ou não existem personagens disponíveis ao atual governo que sejam capazes de promover tais rearticulações. Os poucos capazes de tais façanhas não estão disponíveis a esse governo fraco, autocrático, incompetente e corroído por escândalos e mais escândalos. Dilma é uma pessoa correta porém seu governo não tem credibilidade para trazer os personagens que promoveriam essa “retomada” dos rumos do governo. O estrago tem sido muito grande. O descrédito é total exceto dentro de alguns setores do PT que ainda insistem em “defender” o indefensável. Esse governo se arrastará pelo restante do mandato (não acredito em impeachment) e, salvo um tremendo acidente de percurso (retomada da economia com os preço das comodities subindo muito muito muito) encerra-se melancolicamente com o país em frangalhos. Nesse momento, não se enxerga nenhuma luz no fim do túnel.

  34. manter a governabilidade????

    Essa matéria é algo que não dá para entender.Garantir a governabilidade meu caro ,como assim?Após tantos escandalos,mentiras,inflação,roubo,corrupção,manifestações de tudo que é tipo,caos na saúde.Falar em manter a governabilidade é coisa de militonto.Me desculpe mas o certo é falar para toda corja do pt sair e já vão tarde.Pela madrugada,acorda….

  35. A Dilma não vai dar a menor atenção ao que o Nassif falou

    Caro Nassif gosto de ler suas colunas, pois demonstra seriedade, e penso que a Dilma deveria fazer exatamente o que postastes. Porém conhecendo já o estilo de governar dela, penso que ela não vai dar a menor atenção a estas questões, pois ela infelizmente pensa que está agindo totalmente certa e que não precisa do apoio de ninguém. Vai marchar para a destruição achando que está tudo bem.

  36. TUDO PAPO FURADO…

    Meu caro nassif, eu sei e você também sabe, aliás melhor que eu, que não depende de uma jogada de xadrez, de uma MP, de uma ação mais eficaz, na REALIDADE, TUDO AGORA DEPENDE DO QUE A DIREITA TEM PARA OFERECER, ela simplesmente substituir a DILMA, não estaria fazendo nada, nem criando nenhum fato novo, mas o que ela tem para oferecer ao povo, esta é que é a pergunta. A Mídia está manipulando os fatos, os dados, infelizmente, embora a Esquerda tenha muito mais poder de mobilização, ela está sendo esmagada pelas mentiras difundidas por esta Mídia NOJENTA, agora os Presidentes do Senado e da Câmara se fazem de vítimas e atacam a Dilma, acham que conseguiram apôio da Direita, ledo engano, estamos num IMPASSE, o Legislativo afronta o Executivo e tenta tirar a Credibilidade do Judiciário, se unidos os TRÊS PODERES ESTAVAM FRACOS, EM CONFRONTO POSSIVELMENTE DESABARAM.  E O POBRE DO ANASTASIA VAI PAGAR A CONTA DO ESPERTO DO AÉCIO, ANASTASIA NADA MAIS É UM BOI DE PIRANHA. ACREDITO QUE O CONFRONTO IRÁ IMPLODIR O NOSSO TÃO AMADO BRASIL, TODOS SÃO INOCENTES, TODOS SÃO SANTOS, APENAS A DILMA E NOSSO JUDICIÁRIO NÃO PRESTAM E CODENAM POBRES INOCENTES COMO O  RENAM E O CUNHA,  JÁ DEVIAM TER SIDO PROCESSADO HÁ MAIS TEMPO.

  37. WAGNER CADÊ VOCÊ?…/O NOVO LULA NA POLÍTICA

    Caro Luiz Nassif,na minha modesta opinião, acho que nossa competente e honesta Presidenta deveria ouvir com mais atenção o ex-governador da Bahia, o Wagner. Hoje depois de Lula, em opinião modesta,considero o J. Wagner,  um dos grandes negociadores políticos do Brasil. Falo isso devido o mesmo ter desmontado e enterrado o “CARLISMO” no seu Estado, mesmo tendo contra sí a mídia partidarizada (PIG) (05 emissoras da Globo, cobrindo todo o Estado) , mesmo assim alcançando com todos os méritos, o seu intento, graças ao grande sucesso dos seus oito anos de governo. Esse negócio de negociar com a Oposição (PSDB & Cia) é uma falácia, trata-se apenas de mandar um aviso as forças aliadas para que os mesmos não botem as “asinhas de fora” (recado para Câmara/Senado). Acho que uma negociação com a Oposição a essa altura, seria um tremendo tiro de bazuca no pé do PT e Aliados, fato que poderia ser batizado como “OPERAÇÃO  ESCORPIÃO”. Tenham um pouco de calma e esperem Dilma falar no Dia Internacional da Mulher (Domingo dia 08/03) que, tenho certeza, muita coisa será esclarecida sobre os problemas enfrentados pelo Governo Central.

    1. Santa ingenuidade.
      Confundir

      Santa ingenuidade.

      Confundir a derrocada do Clã de ACM com a derrota do “carlismo” que é uma coisa diferente mais ampla e que continua firme e forte é um erro grave. 

      Reconheço os méritos de Wagner como estrategista.

      No entanto o Carlismo não foi vencido ou desmantelado foi apenas fagocitado e integrado a base petista. Basta ver os nomes de Otto Alencar senador da base e ex-vice de Wagner, João Leão atual vice de Rui Costa, o ex-governador Cesar Borges, Mario Negromonte e muitos outros ex-carlistas hoje na base petista. 

       

      1. MENSAGEM DO ALEM

        Caro Wanderson Brun, o Wagner acabou com o “CARLISMO”, usando o conceito criado pelo prórpio ACM, ou seja, ” SE VOCÊ NÃO PODE COM SEU INIMIGO, ALIE-SE A ELE”, coisa que o Fernando Henrique Cardoso, por falta de inteligência política (coisa que o nosso querido ACM tinha de sobra), não está fazendo como oposição ao governo trabalhista.

  38. O PT mudou este País só não

    O PT mudou este País só não vê quem não quer ou quem só lê VEJA, GLOBO, FOLHA, aí é impossivel ver algo de bom. A Direita tem ummedo louco da esquerda acertar a mão no Governo e se perpetuar, como ficariam nossos Barrões e este ignorante do nosso povo acha que esta tudo certo, o PT esta expondo as visceras do Brasil, esta expondo, julgando e condenando os bandidos que infestam nossa Política, coisa que a Direita, leia PSDB, FHC, Aécio, sempre jogou para debaixo do tapete, ACORDE POVO BRASILEIRO, VAMOS APOIAR A DILMA E MUDAR ESTE PAÍS, TEM BANDIDOS DEMAIS EM NOSSO MEIO POLÍTICO, E A MÍDIA DIZ QUE SÃO DO PT, OS OUTROS SÃO PUROS ANJOS, TENHO PENA DESTE PAÍS, E PRINCIPALMENTE DE NOSSO POVO QUE ACHE QUE A LUTA É ENTRE O PT E O PSDB,  A DIREITA RADICAL ESTÁ AGINDO NOS BASTIDORES, AGORA O CIRCO VAI PEGAR FOGO, É UMA LUTA ENTRE OS TRÊS PODERES, QUEM VENCERÁ, OU OS MILICOS RETORNARÃO., É TRISTE MAS NA ATUAL CIRCUSTANCIA PASSA A SER UMA OPÇÃO.

  39. CRISES.

    Prezado Sr. Luiz Nassif,

    Preliminarmente, pretenderia que o sr. citasse as tantas crises políticas vivenciadas, no Brasil. Continuando, afirmo sem medo de errar que foram APENAS DUAS as crises políticas havidas no Brasil. A primeira, foi o golpe militar que aboliu a monarquia, sendo que a segunda, um novo golpe idem, mas que teve o apoio da Sociedade. Aquela deu oriem a tudo isso que aí está, passados cerca 126 anos; esta, como é sabido, originou os Governos Militares. sendo preponderante para as mudanças de regimes de Governo logo após a sua eclosão, são, por isso, denominadas eminentemente de Crises Políticas, respectivamente. Todas as demais crises ocorridas no Brasil, inclusa a atual, são de base econômica e social e/ou moral, posto que acontecidas nos Governos que tiveram como sufocá-las, como as duas sedições militares nos anos JK.. Nem mesmo as razões determinantes do assim denominado suicídio de Vargas tiveram motivação política. Em reforço ao conceito de crise política como acima, exemplifico com o impeachment de Richard Milhous Nixon, e bem assim a morte de John fitzgerald Kennedy, que, outrossim, foi abafada.-

  40. Concordo com o Nassif. . .

    Concordo com o Nassif, as quatro rearticulações são importantes, a de apoio político, social, jurídico e industrial e a presidenta Dilma sabe disso e vem agindo nessa direção. Na minha opinião a mais difícil é a rearticulação industrial, o setor industrial não vem se modernizando e perdeu muito em competividade devido à valorização do real e da invasão de produtos chineses. Esperemos que com a recente desvalorização do real o setor industrial brasileiro tenha um novo alento e inicie uma nova fase de crescimento.

  41. Caso aprovado as MPs 664 e 665…

    Caso aprovado as MPs 664 e 665 nos moldes prposto pelo os “Partidos dos Trabalhadores” perderá apoio no mínimo algumas pessoas, o meu é certo! Propor uma MP dessas, na calada sem apresentar na proposta de Governo durante as eleições e não discutir com respresentantes, seja de sindicato, ou a sociedade organizada, isso para quem propôs conselhos é no mínimo muito, mas muito incoerente, caso aprovado mudo minha concepção do Governo do PT radicalmente, a única coisa que mantinha simpatia era o social, mas querem tirar os direito social de quem contribuiu, EX: redução no valor da pensão, absurdo na minha opnião. 

    Sinceramente isso é ir contra os princípios dos de que se diz: “PT”, se quiseram simpatia da mída, da diretia, da oposição, deu totalmente errado, eles querem o impeachment, e com isso  perdeu a simpatia de quem o apoiava, pelo menos de alguns!

  42. As agências de risco devem

    As agências de risco devem rebaixar a nota de investimento nos corruptos da operação Lava-Jato, da categoria de investigados do PT para seus orientados, sobre a subdivisão nacional em partidos. 

    Considerando-se a proibição jurídica de investigar onde a corrupção deve começar – no sistema econômico – cada um dos envolvidos condiciona-se ao que o sucede na premissa menor, no sentido de igualar a vantagem política sobre a premissa maior, a que permite esclarecer que, nesmte momento, qualquer investigado no país goza de emblemático silogismo da política com a lei de Gerson.

    O Joaquim Levy viajou para Europa com o maior gestor do mundo de recursos especulativos, o diretor da Black Rock., a fim de participar da reunião do BIS. Pode dizer, com os dados que o trazem ao banquete, que a Lava-Jato, na prática, tornou a Petrobras baratinha; os juros reais são os maiores do mundo e a inflação reflete o fundo para um quadro propicio a novos investimentos ligados entre si: 1- O circulo vicioso de aumentos da Selic; 2 – a incapacidade do congresso e o STF de deliberar retamente sobre meios de produção e a sociedade); 3 – a falta de pressupostos para calcular um fim válido ao país.

    A propósito dos vazamentos particulares à cerca do PT, antes declarados pela mídia como um escândalo expositivo da má gestão; diria Levi no evento, a partir de agora a desonestidade perde grau de investimento – mas, tenho o prazer de anunciar para os pretendentes de gerir fundos – que ocupam um fim – que a forma original do governo Dilma efetivar a relação interna do valor das coisas está prescrita na recessão!!!

    E com esse discurso, o nosso ministro da fazenda será ovacionado de pé com uma demorada salva de palmas dos especuladores na platéia.

  43. Reforma política!

    Entendo que, a governabilidade prescinde de um parlamento composto por pessoas comprometidas com o progresso e desenvolvimento do país, que trabalhem a favor do bem estar dos cidadãos e não dos seus interesses pessoais.

    O poder executivo não sobrevive sem a composição harmônica dos outros dois poderes os quais devem andar pari passu com os interesses da coletividade e da manutenção do estado de direito. 

    Há algum tempo, observando que “cpi’s e mais cpi’s sempre terminaram em pizza, tenho comigo que o futuro do nosso país depende da “implosão” do congresso nacional.

    A “implosão” a que me refiro é uma “reforma política” que, dentre outros temas, “retire das duas casas” os parlamentares que já estão lá há pelo menos dois mandatos.

    Proibir parlamentar de ser indicado para ocupar ministérios, empresas estatais, etc., eis que receberam votos para o fim de criar leis, prometidas em suas campanhas.

    Proibir “negociação” com parlamentares e ou partidos políticos para gerenciar cargos, direção de empresa “tal”, ministério “tal”.

    Isso ainda é muito pouco.

    Mas já inibe bastante o “toma lá dá cá” bem como a “arrecadação de dinheiro” para a manutenção de mandatos eternos.

  44. Aventureiros para 2018? Talvez seja melhor não.‏

    Os nomes envolvidos como acusados na operação Lava Jato abarcam as principais agremiações políticas de nosso país. Ninguém se salvou. Fala-se em acordão entre os principais partidos para salvar o sistema político. Sim, uma tratativa para salvar essa coisa disfuncional e podre que existe hoje. Isso é de todo ruim? Talvez não. O pacto de sobrevivência pode salvar o Brasil de um quadro ainda pior. Se PT e PSDB não unirem, minimamente, os interesses de ambos serão atropelados pelos ditos – com razão – “aventureiros”. Um Marco Feliciano da vida não está com o nome no rol da Lava Jato. Idem para Jair Bolsonaro. “Ah, mas esses são dois doidos rematados.” Isso é certo. Certeza diante da qual recordo, como sempre, do nome de Ciro Gomes, cuja loucura ainda aparenta ser bem disfarçada para muitos – embora outros tantos saibam que ele, com sua megalomania, é o mais desequilibrado desse pequeno rol apresentado!

    O rol acima tem fins meramente exemplificadores. Fora esses poucos nomes, sempre há a chance de que surja um nome novo. As possibilidades de inovação nessa seara são infinitas. O primeiro presidente da redemocratização, por exemplo, não era figura de proa da política, tampouco da resistência contra a ditadura brasileira – muito pelo contrário, a propósito. Fernando Collor de Mello, todos lembram, surgiu basicamente do nada para ser eleito presidente com o bordão “caçador de marajás”. Nada que uma capa de Veja (ou coisa que a valha, já que Veja não anda tão bem das pernas) não possa resolver.

    O Brasil que tome cuidado com seus próprios rumos. Há tendências na mente brasileira apenas esperando para serem acordadas. Do seu curto adormecimento. Não faz nem trinta anos, afinal de contas, que a democracia retornou a nossos plagas. O que nos impede de achar lá tão inusitadas marchas pedindo o retorno da ditadura e avidez com que muitos clamam pelo impeachment de viés meramente golpista. Tudo tem sua razão de ser. A desse clamor antidemocrático é tributária da imaturidade republicana em que estamos imersos.

    O momento é difícil. Daqueles em que apenas uma grande figura no leme do barco salva a todos do desastre. Não temos essa pessoa. Como se isso não bastasse, inexistem assessores que levem a nossa “grande” pessoa disponível a rumos mais seguros. Mas a democracia que queremos construir não suportaria o baque de um golpe mal travestido sob um arremedo antijurídico de impeachment. Dilma terá que trocar esse pneu com o carro andando. E virar a grande mulher de estado de que o país precisa. Difícil? Missão quase impossível.

  45. ELITES DO “BRAZIL”

    Não adianta ficar conversando e dialogando com elites que não amam Brasil.

    Mais de 80% dos executivos brasileiros se diziam dispostos a deixar o país para trabalhar no exterior, em 2014 (FdeSP, hoje 08.03.2015). http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/03/1599688-passado-o-boom-desencanto-leva-executivos-a-deixar-o-brasil.shtml

    O Governo tem que: voltar às ruas e trazer a voz do povo para a reforma política. Depois, manter-se do lado do povo, das agremiações de trabalhadores e da juventude. Nenhum dos quatro pontos levantados pelo Nassif irá mudar de raiz dos atuais problemas, mas apenas o fará a volta do PT para as suas raízes populares, nas ruas, longe desses salões bacanas onde o PT é constantemente marginalizado e mandado a tnc. 

  46. “a busca de articulações para a governabilidade”

    Não é apenas o governo que está no olho do furacão, mas sim todas as esferas de governo e de todos aqueles representantes do povo que foram recentemente eleitos. Não sei dizer se a rearticulação da base de apoio politico, social, juridico, industrial ou religioso, seja a devida base que dará a sustentação politica necessária  frente a um cenário politico que se vê em meio a um turbilhão de duvidas e incertezas advindas de fatos que podem muito bem atrapalhar ou mesmo impedir a governabilidade de um Estado Democrático. Entendo que sem essas rearticulações não haverá governabilidade, não haverá credibilidade de outros países e muito menos investimentos dos países estrangeiros e com certeza o povo sofrerá as consequencias a curto prazo…

  47. DILMA………………….

    CRISE ECONÔMICA E PERCA DE APOIO NO CONGRESSO, SÓ RESTA A DILMA A SUA RENUNCIA. NO MOMENTO ATUAL O PT PODE-SE COMPARAR COM A ATINGA ARENA, PERDEU A CONFIANÇA, ACABOU.

  48. A presidenta Dilma Rousseff aguarda o carnaval de 2016 chegar

     

    Luis Nassif,

    Mais um bom post. Como muitos posts em que você altera a data e horário em que ele foi postado, este ainda apresenta o inconveniente de você não deixar indicado o primeiro momento que ele apareceu no blog. Há só os comentários mais antigos que permitem considerar um horário anterior ao que atualmente é apresentado.

    O que merece destaque aqui, entretanto, não é essa questão do horário, mas o ritmo em que você tem redigido seus posts com um conteúdo que parece ir cada vez mais em direção à normalidade. Parece um pêndulo que perde força, mas que, durante esse processo de enfraquecimento, alguém nele esbarra e ele volta com o movimento mais forte do que o estágio anterior, mas segue de novo perdendo força. Ou então, poderia dizer que se assemelha com a inflação caminhando para o centro da meta, principalmente aqui no Brasil.

    Bem, fiz as duas analogias só por fazer, mas sei o quanto elas são capengas. É a sina da analogia que apenas propõe uma simplificação da realidade. No caso, a realidade são os seus textos que variam como a alma do brasileiro, como dizia o engenheiro mineiro Camilo Penna, entre a terça-feira gorda e a quarta-feira de cinzas. Você vinha em um diapasão de quem parecia prever o fim do mundo e então há um esfriamento e você vai mudando de direção.

    Agora não há como contestar seus quatro itens de análise. De todo modo vou apresentar como eu vejo a situação descrita por você nesses quatro itens. No fundo o que diferencia a minha opinião da sua é que você propõe que a presidenta Dilma Rousseff faça aquilo que eu imagino que a presidenta Dilma Rousseff esteja fazendo. Enfatizo essa diferença, em especial, com relação a sua frase:

    “A segunda recomendação é levantar todos os pontos de vulnerabilidade e a forma de atuar sobre eles”.

    Em minha opinião, a presidenta Dilma Rousseff fez isso ainda no fim do primeiro mandato e antes da eleição tanto assim que ela falou em mudança na equipe de governo na campanha.

    O primeiro item na sua relação diz respeito a “1. Rearticular a base de apoio político”. Eu creio também que isso seja necessário, mas há que se reconhecer que ela não tem campo de manobrar para trabalhar sobre esse assunto. A idéia de Gilberto Kassab dividir a base dela foi um erro, mas era a alternativa que parecia mais viável, ainda que corresse o risco de depois não contar nem com o PMDB nem com a nova base.

    E avalio que a sua frase “o estrago monumental provocado na base de apoio político, com a tentativa de eleger o presidente da Câmara” contém um equívoco. O estrago foi provocado não pela tentativa de eleger o presidente da Câmara, mas pela vitória de Eduardo Cunha, É aqui que se ressalta a percepção de que a presidenta Dilma Rousseff não tinha campo de manobra para propor alternativa viável e favorável para ela. As alternativas seriam apoiar Eduardo Cunha, apoiar o Júlio Delgado ou buscar um nome de consenso entre Eduardo Cunha e o PT.

    A primeira alternativa de apoiar Eduardo Cunha seria danosa para o PT na atual circunstâncias dos inquéritos solicitados pelo Procurador Geral da República. A alternativa do Júlio Delgado caso vitoriosa poderia não ser boa para o PT, principalmente levando em conta a relação do PT com o PMDB e caso derrotada poderia não ser boa para a presidenta Dilma Rousseff que teria mais dificuldade de juntar os cacos da base de apoio dela. E dada a força que Eduardo Cunha demonstrou, não vejo como Eduardo Cunha iria admitir alguma forma de composição em que o nome dele não fosse o do tercius. A derrota menos acachapante, mas mantida a candidatura do PT, talvez facilitasse a rearticulação da base política do governo. Só que a derrota acachapante tem fundo em três pontos: a habilidade de Eduardo Cunha, a resistência ao PT e a falta de habilidade do PT, sendo que a falta de habilidade do PT corre por fora dada a resistência que o PT sofre no Congresso Nacional.

    Há a alternativa de não se misturar, ficando em cima do muro. Não creio que o PT aceitaria esta alternativa e é uma opção muito PSDBista.

    Então me parece que foi dentro dessa realidade que já no ano passado o governo resolver se posicionar contra a eleição de Eduardo Cunha. O governo não esperava é que o Eduardo Cunha ia impor já no primeiro turno uma derrota tão acachapante. Foi, portanto, a derrota para Eduardo Cunha que provocou um estrago monumental na base de apoio político do governo.

    No segundo item você propõe “2. Rearticular a base de apoio social”. Concordo com sua idéia aqui também, só que faço resistência a sua análise do pacote fiscal. Diz você:

    “É evidente que as contas fiscais precisavam ser colocadas em ordem. Mas o pacote fiscal, lançado a seco logo após as eleições, penalizou programas sociais, a indústria e a atividade produtiva em geral, o emprego – ao mesmo tempo em que a alta da Selic beneficiava o mercado financeiro. Tudo isso enfiado goela abaixo do seu eleitorado. Sem anestesia”.

    Um bom analista econômico, algo que eu como leigo não tenho esta pretensão, diria que o ajuste fiscal já estava previsto desde que Paul Volcker aumentou o juro do prime rate em 1979. Como análise de leigo, não é a boa análise, mas de certo modo foi o que eu disse em comentário que enviei sexta-feira, 06/03/2015 às 21:48, para Rodrigo Medeiros lá no post “Aperto monetário, câmbio e desenvolvimento, por Rodrigo Medeiros” de sexta-feira, 06/03/2015 às 19:54, aqui no blog de Luis Nassif. Do meu comentário destaco a seguinte passagem:

    “E lembro que as crises vem ocorrendo há muito de modo quase constante e a solução da desvalorização [na maioria das vezes] vem sendo postergada. Em 79, o Brasil poderia tomar a iniciativa e desvalorizar a moeda diante da subida do juro americano com Paul Volcker. Achou que o juro alto americano era passageiro e foi pego de calças curtas quando o juro voltou a subir em 81 chegando a 22%. E o país só adotou a solução correta em 1983. Em 88 quando da crise dos Fundos de Pensão americanos, o Brasil estava atolado na herança do Plano Cruzado de 1986 e não deve ter sentido nem coscas, mas não pode acompanhar a recuperação da economia mundial que ocorreu a partir de 1992. Em 97 e 98 a crise dos Tigres Asiáticos e da Rússia chegou aqui, mas a solução foi adiada para 99 e com medo de ingovernabilidade ficou segurando o câmbio e, além disso, houve o problema do racionamento e depois a crise na Argentina de tal modo que quando chegou a eleição de 2002, tudo estava no buraco.

    A partir de 2003, houve a recuperação econômica que acabou sendo feita um pouco aos trancos e barrancos até a crise de 2008, e a recuperação em seguida foi um tanto forçada com uma valorização muito acentuada do real”.

    Assim, todo mundo sabia que a partir de 2014 o dólar ia voltar a valorizar em razão do recuperação econômica e como maior economia mundial, os Estados Unidos não só causam desvalorização das moedas mais fracas, mas também arrastariam a recuperação da economia mundial. Dai porque Michale Pettis questionar no artigo que aqui saiu publicado no Valor Econômico de quinta-feira, 15/09/2011, o suposto privilégio dos Estados Unidos de possuírem uma moeda que tem curso no mundo todo. O título do artigo é “O privilégio exorbitante dos EUA”. A ideia é que o privilégio é ruim para as nações mais pobres (A desvalorização é uma das consequências ruins) mas é bom à medida que ajuda as nações mais pobres a crescerem.

    Na quinta-feira, 24/02/2011 às 14:29:00 BRT, eu enviei um comentário para Alon Feuerwerker no post “Um problema de lógica” de domingo, 20/02/2011, em que destaco o seguinte trecho quando falo sobre a desvalorização do real que estaria ocorrendo provavelmente agora. Disse eu lá:

    “Se tudo repetir a crise de 1988, quando os Estados Unidos tiveram que conviver por um longo período com juros de quase zero, só a partir de 2012 (A torcer que Barack Obama tenha melhor sorte que George Herbert Walker Bush, o pai, que perdeu a eleição para Bill Clinton não só porque o crescimento econômico só deslanchou em 1992, ano da reeleição, como também teve a concorrência de Ross Perot) haverá retomada do crescimento americano e em 2014 haverá o aumento do juro nos Estados Unidos que produzirá a fuga de dólares das economias em desenvolvimento, provocando crises semelhantes ao do México no início de 1995, a dos Tigres Asiáticos em 1997, a russa em 1998, a do Brasil nas crises anteriores e em 1999 e depois na crise da Argentina em final de 2000 (Eis uma crise interessante essa que ocorreu na Argentina governada por Fernando de la Rua e porque não questionar se o levante no mundo árabe não é, mais do que um levante por democracia, um levante contra a crise econômica, afinal, os árabes estão muito próximos da Europa com a qual mantêm forte relação mercantil e a Europa está em forte crise econômica) depois na crise do Brasil da eleição de 2002 (Brasil que também sofrera na crise da Argentina em 2000 e voltara a sofrer no ano seguinte com a crise do racionamento de energia também chamada de crise do apagão e que alguns confundem ou querem confundir com as atuais deficiências brasileiras no setor energético).

    É esperar para ver, até porque se poderá verificar também se a repetição virá como uma farsa”.

    É claro que a crise de 2008 foi mais forte do que a crise dos fundos de Pensão em 1988 e que o juro em 1994 subiu proporcionalmente antes do que parece subirá na década atual na economia americana. E é claro que eu, como leigo, não poderia prevê há quatro anos com precisão quando os Estados Unidos iriam subir o prime rate. É fácil ver, entretanto, que em 2014, bem assessorada, a presidenta Dilma Rousseff já sabia sobre a necessidade de mudar a política econômica brasileira tendo em vista a perspectiva de elevação de juro nos Estados Unidos e, portanto, de desvalorização da moeda nacional.

    Em linhas gerais, em 2014 a presidenta Dilma Rousseff preparou para a seguinte realidade. Haveria a desvalorização da moeda, as exportações iriam crescer e a importações diminuir e, portanto, haveria necessidade de reduzir o consumo interno. Há duas formas de reduzir o consumo interno, um seria via aumento da inflação e o outro seria via redução dos gastos e aumento da arrecadação. Como politicamente o aumento de inflação deve ser o menor possível e não se consegue aumentar muito a arrecadação restava a redução dos gastos que parece que conta com Joaquim Levy com o maior perfeccionista, sendo que é alguém contrário a inflação alta e não é contrário ao aumento da arrecadação.

    De certo modo, Fernando Nogueira da Costa intuiu a razão da escolha de Joaquim Levy para ministro da Fazenda no artigo aqui no seu blog transformado no post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa” de quarta-feira, 03/12/2014 às 16:04. Trata-se de artigo de um mês antes da posse de Joaquim Levy. Assim, se se considerar corretamente, o pacote fiscal foi enfiado goela abaixo do eleitorado do adversário da presidenta.

    Quanto à necessidade de “3. Rearticular a base de apoio jurídico”, eu ressalto primeiro a minha concordância e em seguida destaco a dificuldade que a esquerda tem para se amparar na fundamentação jurídica. Os juristas de esquerda são da corrente liberal. É só verificar que praticamente o único defensor do Estado entre os dez ministros do Supremo é o ministro Gilmar Ferreira Mendes. A Carmem Lúcia Antunes Rocha que é mais uma indicação de Itamar Franco e Sepúlveda Pertence e que contou com o apoio de Aécio Neves, é mais uma constitucionalista e tem pouco de uma indicação jurídica de esquerda. Não sei até que ponto ela poderia ser colocada no mesmo patamar de defensora do Estado como me parece ser o caso do ministro Gilmar Ferreira Mendes. De todo modo, ela é mais defensora do Estado do que o ministro Enrique Ricardo Lewandowski e talvez isso explique junto com o fato da Carmem Lúcia Antunes Rocha ser mulher a maior proximidade da presidenta Dilma Rousseff com ela do que como o Ministro Enrique Ricardo Lewandowski.

    Tomo o ministro Gilmar Ferreira Mendes, como defensor do Estado porque até a Constituição de 88, ele ocupava o mesmo cargo do ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes, mas optou então pela carreira de Advogado da União. O Advogado da União é defensor do Estado, assim como os advogados que permaneceram como promotores de justiça, ou seja, ficaram na Procuradoria Geral da República, são mais defensores da sociedade. Como uma espécie de promotor de Justiça, o ex-ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes, sempre foi mais defensor da sociedade do que do Estado. Ele diferencia do advogado liberal que é defensor das liberdades individuais.

    Assim, ao montar uma base de apoio jurídico, a esquerda precisaria de contar com juristas que defendessem o interesse do Estado e não os interesses dos indivíduos. E no Brasil dada a tradição getulista e depois com o reforço do golpe de 64 os advogados defensores do interesse do Estado são de direita.

    Bem, não dou importância a sua rixa com o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso e como o ministro da Casa Civil Aloízio Mercadante e considero irrelevante os dois para que a presidenta Dilma Rousseff consiga rearticular a base de apoio jurídico. O que eu considero relevante é a dificuldade da presidenta para fazer esta rearticulação dada a carência na esquerda de juristas com o perfil que a presidenta tem mais intimidade e que são juristas defensores do interesse do Estado. É bom lembrar que a presidenta Dilma Rousseff entrou na política na corrente getulista do PDT.

    E o encargo do item “4. Rearticular a base de apoio industrial” foi entregue a Armando de Queiroz Monteiro Neto em um momento difícil dado o problema do Lava Jato. Além disso há a colaboração de Guilherme Afif Domingos. Um ato de grandeza seria entregar esta tarefa de rearticulação ao presidente da Fiesp e candidato ao governo de São Paulo, Paulo Antônio Skaf, mas não creio que ele aceitaria. Até porque ele veria no ato uma vingança da Dilma Rousseff por ele não querer o apoio dela quando ela fazia benesses aos empresários e ser convidado a apoiá-la quando ela distribui maldades aos mesmos empresários.

    Assim, eu ainda prefiro a minha proposta de a presidenta Dilma Rousseff ir empurrando a crise até 2016 e lá com a recuperação da economia ela propor o pacto social como gesto de grandeza como você se refere a diferença de pacto social proposto pelo governante que está por baixo, apenas um sinal de rendição e pacto social proposto por governante que está por cima: um ato de grandeza. Foi assim que você fez a crítica a proposta do pacto social no momento atual lá no post “Dilma e a síndrome do pacto social” de sexta-feira, 06/03/2015 às 10:56.

    Assim, o melhor que a presidenta Dilma Rousseff pode fazer agora é cantar: “tô me guardando para quando o carnaval [de 2016] chegar”. E quem torce para ela, como eu torço, não resta muito senão esperar que o carnaval chegue logo.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 08/03/2015

    1. Deixo a seguir os links para os posts e o artigo indicados

       

      Luis Nassif,

      Aproveito para deixar a indicação dos vários posts e artigos que mencionei acima.

      1) O post “Aperto monetário, câmbio e desenvolvimento, por Rodrigo Medeiros” de sexta-feira, 06/03/2015 às 19:54, aqui no seu blog e com transcrição de texto de Rodrigo Medeiros pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/rodrigo-medeiros/aperto-monetario-cambio-e-desenvolvimento-por-rodrigo-medeiros

      2) O artigo “O privilégio exorbitante dos EUA” de autoria de Michael Pettis e que fora publicado no jornal Valor Econômico de quinta-feira, 15/09/2011, pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.bresserpereira.org.br/terceiros/2011/11.09.O_Privil%C3%A9gio_exorbitante_dos_EUA.pdf

      3) O post “Um problema de lógica” de domingo, 20/02/2011 às 00:02:00, publicado no blog de Alon Feuerwerker e de autoria dele pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.blogdoalon.com.br/2011/02/um-problema-logico-2002.html

      4) O post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa” de quarta-feira, 03/12/2014 às 16:04, publicado aqui no seu blog e de autoria de Fernando Nogueira da Costa pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/tatica-fiscalista-e-estrategia-social-desenvolvimentista-por-fernando-n-da-costa

      e 5) O post “Dilma e a síndrome do pacto social” de sexta-feira, 06/03/2015 às 10:56, aqui no seu blog e de sua autoria e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-e-a-sindrome-do-pacto-social

      Haveria que indicar outros posts de sua autoria que demonstrariam a minha observação de que você está ficando mais leve nas suas análises políticas indo em direção a normalidade.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 08/03/2015

  49. Evite xingar e não tenha pressa que tudo se resolve

     

    Dermeval Junior (domingo, 08/03/22015 às 00:42),

    Não entendi muito sua discussão e por conseguinte não deveria meter um bedelho. De todo modo a sua insistência em um determinado assunto e no caso aqui há vários comentários seus sobre a má vontade de Lula com Aloísio Mercadante Olive, fez-me lembrar de um blogueiro que escrevia com frequência aqui no blog de Luis Nassif e depois desapareceu. Parece-me que ele estava doente e deve ter tido alguma complicação. Assinava como Fuhgeddaboudit™ e deixava a indicação de trande mark. Tinha muito conhecimento de cálculos atuariais e fazia acreditar a si e queria fazer acreditar aos outros que com isso ele movia montanhas. Com base nesses cálculos dizia que havia uma bolha na construção civil e que esta bolha iria estourar sem saber que a bolha já havia sido detectada pelo Banco Central do Brasil em 2009 que tratou de a desinflar.

    Você provavelmente por dispor de contato político sabe que Lula, em razão da presença de Aloísio Mercadante Oliva no governo não moverá uma palha para ajudar o governo sair de uma crise. É uma informação relevante, mas ela deve ser avaliada também pela aplicabilidade atual. Lula não é uma peça importante no atual momento a não ser para acalmar a base social de apoio ao governo e também para ajudar a recompor a base política. Em relação a base política no momento imediato não há muito o que fazer. Esta questão do inquérito vai deixar o ambiente turvo por bom tempo. De todo modo, como a situação econômica não é boa uma participação de Lula agora só servirá para o prejudicar.

    Lá à frente dependendo das condições de saúde dele, ele é uma peça importante para garantir mais quatro anos de mandato ao PT. De todo modo, como petista ele no momento atual não pode ir contra o PT por causa de Aloizio Mercadante, pois estaria indo contra ele próprio. E mais à frente, quando a economia se recuperar haverá interesse de Lula em apoiar o governo, a despeito de Aloísio Mercadante. Então esta animosidade de Lula em relação ao Aloizio Mercadante é uma informação relevante mas de pouca aplicabilidade no momento atual.

    Quanto ao conteúdo dos comentários, o conselho que eu dou é que evite só xingar os comentaristas com ideologia oposta. Nem mesmo trols devem ser xingados. Salvo uns três a quatro comentários em que eu acusava o Luis Nassif de exagerado após uns três ou quatro comentários com o mesmo teor é que eu tive comentários cancelados. Escrevo aqui há muito tempo sem ser cadastrado e salvo a demora ou um ou outro problema no próprio computador em que envio a mensagem não enfrento esse tipo de problema.

    Agora a crítica, não a pessoa do comentarista, mas a um comentário pelo menos pelo que eu tenho visto não tem muito limite. Há, entretanto uma diferença em dizer: “esta opinião é idiota” e dizer “esta opinião é idiota porque o autor parte da premissa de que 1+1 são 3”. Ou seja, parodiando a propaganda, não basta xingar tem que mostrar as bases do xingamento.

    Siga esta regra que você não terá problema. E a aparente não aceitação de um comentário talvez seja porque você não esteja cadastrado e assim leva muito tempo entre você enviar o comentário e ele aparecer no post. E se você estiver cadastrado, posso estar errado, mas talvez seja fruto de alguns momento em que o blog está hibernado e pode ter ocorrido isso. Quando se trata de não cadastrados, como é o meu caso, o tempo de aparecimento de um comentário pode demorar bastante. Há casos de comentários meus que levaram mais de 12 horas para aparecer no blog. E preste atenção no tipo de posts que você está escrevendo, pois neles a ordem de aparecimento pode ser invertida e você fica procurando seu post lá na frente quando ele está lá atrás.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 08/03/2015

  50. Panelaço

    Belo Horizonte, 8/3/15, 20:47. Todos os prédios ao redor do meu, na zona sul de BH, em inúmeros apartamentos, fazem um panelaço nas janelas, muitos foguetes, carros buzinando, e gritos ferozes de FORA DILMA. É generalizado, tem um que grita: “vão bater panela cambada!”. Tem outro chato batendo panela de frente pra minha janela, e berrando o fora Dilma. Buzinas e mais buzinas. A elite tá ensandecida. Muitas mulheres gritando. E homens. Fora Dilma e mais Fora Dilma. Eu não participo, e me posto, silenciosamente, frontalmente contra.

  51. A ironia e a poesia do panelaço (fora de pauta)

    Nada é mais simbólico para protestar contra Dilma e o PT do que bater panela, nada.

     O panelaço durante o discurso de Dilma neste dia 08/03/15 vindo de bairros, sobretudo, ricos de algumas capitais do Brasil é talvez a grande ironia do destino, mais do que isso, é poético.

    Deixando de lado algumas piadas do tipo: “Será que o pessoal que estava batendo panelas sabia onde ficava a cozinha?” – o ocorrido é cheio de simbolismo.

    A repercussão na mídia, óbvio, foi enorme, assim como qualquer fato negativo existente, criado ou inventado contra “tudo o que está aí”. Mas, muito além disso, são os fatos que fazem entender esse tipo de manifestação e não as versões. Contudo, os “fatos” dos paneleiros estão muito mais ligados à suas versões do que propriamente suas verdades – o que a mídia martela dia e noite, noite e dia com conivência inexplicável “dessa Dilma” são versões e mais versões para transformar a verdade em mentira, em raiva, em ódio, amnésia e cegueira.

    Mas isso não que dizer que passará dessa forma para as próximas gerações, para o futuro e para história.

    Antes da entrada “dessa gente” o estrondo das panelas vazias no Brasil era muito maior, maior porque vazias estavam de arroz, feijão e sopa, era ensurdecedor.

    A corrupção, a fome, a pobreza e a desigualdade eram todos os dias maquiados, e a sensação de muitos hoje é de que “nunca na história do Brasil” esse país estevem tão ruim, por isso pedem até a volta de uma ditadura.

    De outro lado, dados da ONU demonstram que o Brasil governado por “essa gente” já reduziu em mais 65% a pobreza e mais de 75% a pobreza extrema; como diria um amigo meu: “O Nordeste vai engolir São Paulo”. É claro que a frase do amigo não é maldosa, muito pelo contrário, é a antítese daquela Brasil que está ficando para trás, o Brasil da fome, e é a síntese do Brasil de hoje, o Brasil que come.     

    Há algum tempo panelas vazias no Brasil simbolizava outra coisa, mas graças o PT e seus governantes, panela vazia hoje é só para protestar.

    O ocorrido nesse domingo, como disse acima, é irônico e poético.

    Irônico porque uma minoria batia panelas vazias; poético porque hoje a maioria está com as panelas cheias.

  52. O Grande Chefe dos Chefes

    O GRANDE “CHEFE DOS CHEFES” 

    Em um lugar muito, muito distante, supostamente  numa província onde se comia muita calabrezza, havia um poderoso político envolvido em corrupção. Em sua fazenda, criava vaccari. Dizia a lenda que na horta do uomo chovia muito dinheiro, quase houve um delúbio de verdinhas.

    Solidário e benevolente, no poder, dava dinheiro, pão e circo ao povo, e no subterrâneo, em seus auspiciosos esquemas com grandes corporações, distribuía os dividendos criminosos com as bases de sua extensa famiglia e aliados.

    Mas, apesar de suas estripulias evidentes para qualquer homem médio, o capo di tutti capi não aparecia, ninguém conseguia pegá-lo. Ele mantinha um testonni de ferro, um compadre que fazia o trabalho sujo e um grupo poderoso de políticos e da justiça que o blindavam. O cara era eficiente, não comia mosquinni em serviço.  

    Mas o seu pecado maior foi abusar dos esquemas que engendrava e do poder que detinha. Fatos graves alcançaram o ouro negro – a riqueza maledita da nação que brota das profundezas da terra. Interesses maiores foram feridos. Os valores surrupiados eram gigantescos, do tamanho da ganância do grande chefe.

    Delações, interrogatórios, campanas, quebras de sigilos, escutas, etc,…..e, pasmem!!! Descobriram que aquele “capo dos capos”, o mestre do cinismo e da dissimulação, o suposto malfazejo dos Apeninos……era, na verdade, de uma pequena cidade de “cabras machos” no nordeste de um país situado abaixo da linha do Equador, onde mantinha suas bases. Naquelas bandas, o “chefe dos chefes” era quase um santo.

    Naquele país pouco civilizado – onde imperava o crime e a impunidade; onde o futebol corria no sangue; onde a folia profana e a bunda das mulatas eram o cartão de visitas; onde ir à padaria da esquina e voltar são e salvo era uma aventura – as organizações criminosas no meio político, empresarial e jurídico faziam a Camorra e Cosa Nostra parecerem conventos de freiras. 

    No curso das investigações, todas as evidências e provas eram irrefutáveis. Enfim, o grande molusco, o chefe dos chefes foi desmascarado, além de um grupo poderoso de políticos. Após um longo processo, malas pretas, rezas brabas, receitas de Rivotril e o “rigor” dos “capas-pretas” da cúpula da giustizia, muitos deles nomeados pelo próprio capo, ninguém foi punido,  tudo terminou numa grande Pizza. E o pior: o maledito continuou sendo idolatrado.

    Mas o curso da história e as novas gerações foram implacáveis com o “capo di tutti capi” tupiniquim, conferindo-lhe apenas algumas notas de rodapé no livro das personalidades, colocando-o no seu devido lugar: no rol dos grandes mafiosos.

     

  53. Ainda acredito

    Ainda tenho muita esperança de um Brasil melhor, mas para isso acontecer temos que começar por nós mesmo, mudar as atitudes do dia a dia, mudar a “cultura” de sempre querer levar vantagem em tudo, o maior problema do país, na minha opinião é a hipocrisia!

     

     

    1. Perfeito, Danilo!
      Jamais

      Perfeito, Danilo!

      Jamais conseguiremos quaisquer mudanças se não mudarmos nossos hábitos, esta ferida cicatriza de dentro para fora. O grande problema da nossa sociedade é o grande potencial para fazer crítricas ao invés de arregaçar as mangas e lutar por melhorias para todos, sem exclusão.

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