Zambelli pode ter pago hacker com dinheiro público, indica PF

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Contrato obtido pela PF levantou suspeita. A deputada nega

Carla Zambelli
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Um contrato do gabinete da deputada Carla Zambelli (PL-SP), apreendido pela Polícia Federal (PF), levantou a suspeita de que a parlamentar usou dinheiro público para pagar o hacker Walter Delgatti.

A corporação já comprovou que pessoas próximas a deputada fizeram pagamentos via PIX ao hacker, que somaram R$ 13,5 mil. O hacker foi preso de forma preventiva durante operação da corporação nesta semana.

Em depoimento, Delgatti afirmou que foi contratado por Zambelli para prestar serviços que resultaram na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de alvarás de soltura falsos.

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Após a operação da PF, Zambelli afirmou que os pagamentos feitos ao hacker foram para manter o próprio site e negou que tenha usado a cota parlamentar – dispositivo que destina verba aos deputados para custeio das despesas do mandato.

Os pagamentos foram sempre relacionados ao site, para fazer melhorias no site. Não foi da minha cota. Todo dinheiro foi de empresa que eu subcontratei, e essa empresa pagou, mas do meu bolso, não da cota”, disse Zambelli.

Contudo, os dados de transparência da Câmara dos Deputados revelam que Zambelli pagou um total de R$94 mil, entre outubro de 2022 e abril deste ano, por um serviço de divulgação parlamentar.

O que chama atenção é que dona dessa empresa é Monica Romina Santos de Sousa, esposa de Jean Hernani Guimarães Vilela, assessor da deputada e responsável por parte do pagamento ao hacker.

Ao todo, foram cerca de sete pagamentos no valor de R$ 9 mil em cada mês. Ainda, vale ressaltar que, como Delgatti teria invadido o sistema do CNJ em janeiro deste ano, em dezembro – um mês antes dessa ação -, houve mais um repasse de R$ 31 mil a esta suposta empresa.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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