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Trabalho no Planetário de minha cidade e possuímos dois focos. A divulgação de Ciência&Tecnologia e na formação continuada de professores (metodologia ainda nova no país e que vem ganhando espaço).
No debate sobre o tema que ocorreu no Brasilianas.org esta semana, um dos participantes falou brevemente da importância de mostrar e estimular os jovens sobre Ciência&Tecnologia como o fazemos com o futebol. Quanto a isso um dado. Só recentemente passou a existir edital específico para isso no país. Algo, tão incipiente e pouco valorizado quanto a pesquisa e que possui a importante tarefa de reforçar o conhecimento e qualificação de professores de séries iniciais e ao mesmo tempo despertar o jovem, de todo o espectro social, para esta área do conhecimento.
Atualizando um aforismo já antigo, é mais fácil encontrar um gênio em uma favela que em uma mansão. Mas, indo além do apego a um conceito de genialidade, precisamos criar uma cultura científica e tecnológica. A população precisa entender como é, e sua importância para o futuro do país.
Hoje, quando alguém fala que vai fazer física ou matemática ou biologia, imediatamente lhe falam com ar desdenhoso, “Hummmm! Vai ser professor!!!!”. Visão que evidencia, no mínimo, dois preconceitos. Preconceito à docência, como algo desvalorizado, e à pesquisa, como algo impossível de ser realizado no Brasil (isso é coisa de país desenvolvido).
Pareço querer puxar a brasa para minha sardinha, mas essa visão preconceituosa em relação ao estudo de ciência e à pesquisa no país atinge do cidadão comum ao grande empresário. Tanto daquele que paga impostos e quer ver realizações mais próximas ao seu entendimento e realidade, quanto aquele que teria condições financeiras de financiar diretamente a pesquisa. Algo em que pensar!
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