Número de inscritos no Revalida supera edições anteriores

Jornal GGN – O Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedido por Instituição de Educação superior Estrangeira) contabilizou até terça-feira (23), 1.017 inscrições. O número foi divulgado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O período de inscrição vai até terça-feira (30). Os candidatos ao exame devem pagar uma taxa de R$ 100 para participar da primeira fase.

O número de inscritos até o momento já é maior do que o registrado no ano passado (884) e em 2011 (677). Criado em 2011, o Revalida é aplicado uma vez por ano, em duas etapas. Da primeira, consta uma avaliação escrita, composta por uma prova objetiva, com questões de múltipla escolha, e por uma prova discursiva. Na segunda etapa, avaliam-se as habilidades clínicas.

No ano passado, o índice de aprovação do exame variou entre 6,41% de aprovação entre estudantes bolivianos e 27,27% entre os venezuelanos. Os brasileiros com diploma obtido no exterior também são obrigados a fazer o exame para trabalhar no país – o índice de aprovação desse grupo, no ano passado, 7,5%, foi inferior ao de 2011 (7,89%).

No exame são avaliadas cinco áreas de exercício profissional: cirurgia, medicina de família e comunidade, pediatria, ginecologia-obstetrícia e clínica médica. Além disso, o exame estabelece níveis de desempenho esperados para as habilidades específicas de cada área.

Municípios

Até segunda-feira (22), o programa Mais Médicos já havia registrado 1.874 municípios inscritos (para receber os profissionais), o que corresponde a um percentual de 33% do total dos 5.564 municípios brasileiros. As inscrições seguem abertas até 25 de julho. Entre os 1.290 municípios prioritários, 671 já aderiram. A prioridade são municípios e regiões metropolitanas com alta vulnerabilidade social ou Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que tiverem se inscrito no programa.

Chuva e frio espantam médicos de manifestação em SP

A Avenida Liberdade, localizada no centro da capital paulista, foi palco de uma manifestação contra o programa Mais Médicos na última terça-feira (23). Entretanto, diferentemente das grandes projeções obtidas pelo MPL (Movimento Passe Livre), que ficou conhecido em todo o país por levar milhares de pessoas às ruas, a manifestação foi divulgada na mídia pela baixa adesão.

O ato, que contou com 15 manifestantes, aconteceu em frente à Casa de Portugal, local que pouco antes havia servido para anunciar o programa aos prefeitos de São Paulo. Os organizadores da manifestação relacionaram o baixo número ao frio e à chuva – de acordo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), na hora do protesto fazia 10º C.

João Ladislau Rosa, diretor de Comunicação do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), criticou a criação do segundo ciclo do curso de medicina, uma das medidas do programa. Para ele, a obrigatoriedade do trabalho no serviço público está “criando um serviço civil obrigatório”. “Nós entendemos que temos em torno de 400 mil médicos no Brasil. O que falta é uma distribuição adequada desses médicos”.

Mesmo com o número baixo de manifestantes, o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão, avalia que a mobilização contra a medida provisória que cria o Mais Médicos está obtendo resultados positivos. “Nós estamos conseguindo transmitir para os deputados e senadores os riscos existentes nessa proposta. Porque essa proposta é extremamente prejudicial para a população, em especial para a população mais vulnerável”, avaliou.

Com informações da Agência Brasil e do Portal da Saúde

Redação

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